segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

EXPLÍCITO

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O meu amor é explícito
Grita sem pudor e sem julgamentos
Eu quebrei o meu filtro
Que se danem os que não dão vazão aos seus sentimentos
O meu amor é sem limites
Explícito como o sexo implícito
Ilícito é viver sempre procurando nexo
E sentido para as coisas que não precisam de razão
Amor que não contamina
Que não transborda e reluz na retina
Nunca deixa de ser pura invenção
Hoje sei onde a alegria e a tristeza dão as mãos
É no sexo de dois amantes
Que se entregam sem se importar com as paredes
Amar tem que ser explícito como a sede
Como a fome que não nos deixa calar
Percebo que o amor conhece caminhos
Que eu ainda não consegui enxergar
Mas tenho a intuição de que ser explícito
Ampliará o meu desejo
Fará encontrar a loucura que ainda não vejo
Mas que se prenuncia quando nos entregamos descompensadamente
Todo dia o amor me mostra uma face
Estou sentindo agora o seu melhor disfarce
A sua mais plena aparição
Que mistério é esse que às vezes demora tanto
E noutro instante chega tão sorrateiro como a beleza furiosa de um vulcão?
Quero explicitar o meu querer pelos ares
Hoje o meu amor passeia pelos sete céus
Saiu das profundezas dos setes mares
É aéreo, etéreo, com listras verticais
Salta pelos poros, pelos sentidos, supera as dúvidas convencionais
É santo ainda quando o inferno chega sem prenunciar
Do céu para o céu sem se tornar decaído

É tão cedo e tanto
Um adocicado manto perfumado à francesa
Que me faz ainda mais explicito do que já sou por natureza
Torna-me ainda mais convicto de que o amor é a única coisa que nunca vai acabar
Será sempre o meu tema preferido
Todo dia dito, lido e relido sem nunca se ter conclusão
A única bebida inebriante que consegue me desnudar
E tornar explícita toda a dimensão oculta do meu coração






NÃO BASTA SER AMOR, TEM QUE EXPLICITAR!!!!






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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O HOMEM DE LATA

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- Deixa eu ficar quando esta noite acabar...



- Ainda há mistérios na cidade dos sonhos que você não pode conhecer...





- Eu não gosto de acordar todo dia para o meu mundo de gente Falcão Dourado, grande pássaro dos sonhos.





- Eu já violei demais as leis deste lugar imaginário, se quer mesmo ficar, terá que abrir mão dos teus olhos. Ainda não é o tempo de ver aquilo que temos de mais precioso.





- Eu faria qualquer coisa para permanecer aqui.



- Qualquer coisa? É preciso ter cuidado com o que desejamos. Lembre-se somos donos apenas do nosso desejar mas não dos nossos desejos!



O Falcão dourado bateu as suas asas e delas saiu uma nuvem cintilante de paz que envolveu todo o corpo do menino-gente e o fez flutuar... A nuvem era agora a projeção da sua mãe... Ela o embalava no colo e assim ele adormeceu.



Foi a primeira vez que ele não retornou para casa... Aquele seria o seu primeiro despertar na cidade onde tudo o que nos inunda de noite ganha a dimensão da nossa fantasia.


- Menino! Menino-gente!




- Quem está aí?


- Sou um HOMEM DE LATA


- O que acontece com os meus olhos? Por que não consigo enxergar?


- Eu vi quando o grande pássaro dos sonhos engoliu os seus olhos. Acho que ele fez isso para que você não ficasse cego com as coisas incompreensíveis deste mundo... É preciso tempo certo para enxergá-las.


- Como então posso eu existir sem ver?


- Pior seria viver sem amar.


- Do que está falando... Eu trocaria os meus olhos por um coração.


- Mas como poderia amar sem enxergar o objeto do seu amor?


- Eu não sei... Pensei que você pudesse me ajudar. Dizem que no seu mundo todos os homens tem coração.


- É verdade todos possuem um coração, mas poucos sabem para que serve um.


- O que recebi em OZ nada mais era do que uma ilusão e logo foi dilacerado.


- Realmente ilusões levam pouco tempo para desaparecer. Quer dizer então que foi a desilusão que o despedaçou?


- O que aconteceu foi apenas uma falta de cuidado... Eu tive um coração e nunca soube como usar... Disseram-me muitas coisas sobre o manuseio dele, falaram-me que o amor ajudaria a deixá-lo sempre belo e vívido... Mas eu nunca entendi ao certo o que era isso. Responda-me você o que é esse tal de amor.


- Eu sou muito pequeno para dizer qualquer coisa sobre esse sentimento tão antigo... Mas penso que amar seja algo como o desejo de querer sonhar todos os dias. Como se fosse preciso abrir mão dos olhos e enxergar com o restante do corpo, algo como o que sinto agora... Eu não consigo te ver, mas posso tocar a sua lataria e perceber que existe algo aí dentro que não precisa pulsar para mostrar que é grande, entende?


- Entendo... Eu passei muito tempo procurando a beleza das coisas, das criaturas... Acreditando que o belo reconstruiria o meu coração. Agora vejo que o problema está justamente em não enxergar da maneira correta tudo o que existe.


O menino-gente tateia o corpo do Homem de lata, começa a bater suavemente em seu peito e ouve um som oco. O abraça fortemente.


- Existe muito espaço aí dentro... Ainda está vazio. Algumas pessoas trocariam um coração por um rim, pois esse tem filtro e conseguiria eliminar o que não é bom. Mas se quer construir um coração, imagino que o primeiro passo seria não filtrar nada. Deixar ser inundado até que o amor possa transbordar por entre os seus olhos... Não é um coração que nos ensina a amar, são os acúmulos que deixamos transitar livres dentro de nós que constroem a nossa sensibilidade...


Neste momento eu pude sentir a carcaça fria daquele homem de lata se encher de calor, como se por dentro algo tivesse sido aquecido. E algo começou a reverberar... Com uma pulsação tímida, porém, marcante.


- Os boatos sobre o sábio menino-gente com olhos de poema eram verdade... Eu agora sinto algo voltando a ter movimento aqui em meu peito... Ao menos o caminho não é tão longo quanto eu supunha...





- Os corações do meu mundo não serviriam para você. Eles se machucam e dificilmente se abrem depois de uma queda dolorosa. Há ainda os corações que não querem mesmo apreciar os melhores sentimentos do mundo. Eu acho que você tem um coração, sempre teve, precisa apenas fazê-lo perceber que ainda está vivo.


E sem dizer mais nenhuma palavra, eu pude ouvir os seus passos se distanciarem de mim. O ranger do seu corpo de lata ia ficando cada vez mais distante... E logo eu estava de novo em silêncio. Extasiado com a certeza de que ter olhos é irrelevante quando se enxerga tão claramente com o coração.



POEMA DEDICADO A ANDRÉ BONFIM. CADA UM COM A SUA PROCURA... ACHO QUE A SUA NÃO ESTÁ EM OZ E MUITO MENOS NA CIDADE DOS SONHOS.





-

























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DO CÉU AO INFERNO NUM SEGUNDO

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Que amor é esse que nos leva do céu ao inferno num segundo?
E me faz desaguar em um pranto profundo
Revelando as fraquezas que eu pensei não mais conter
Então amar não é o suficiente?
Se nos encontramos no mesmo ponto de partida
Por que então dificultamos tanto a felicidade adquirida
Neste acaso que nos pôs frente à frente?
Eu sinto uma vontade sem razão
de colocar você num cantinho intocado do meu coração
Onde não mais pudéssemos nos machucar
Não sei o porque deste desejo encantador
Que me faz pela primeira vez explicitar todo o amor recém descoberto
Nunca senti tão cedo a vontade maluca de assumir
Um sentimento que pudesse me desarmar
Eu sei que quase nada sei dessa procura infinda de amar
Mas agora me sinto mais perto
Como se não houvesse o temor do deserto interminável de nossa ilusão
Sinto como se pudesse cantar por dias e dias sem fatigar a voz e os ouvidos a mesma canção
Há algo estranhamente bom neste instante em que encontrei você
Precisamos apenas equilibrar as forças que temos para não nos deixar desaparecer...
Somos iguais na dor e no medo de querer
Mas precisamos renunciar os nossos instintos para que o nosso amor possa todo dia renascer
Leve, divino, adocicado
Do jeito que eu sinto a vida toda vez que penso em passar os dias junto a você


TE AMO! ASSUMIR ISSO É NOVO PARA MIM.
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IN.TENSO

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Trago dentro de mim


O complexo da vida


E o desconexo do tempo


Carrego a fúria do mar


O seu desconhecido e todo o seu deslumbramento


Sopro em ventania


Uma brisa de ventilador


E tenho por dentro o vento da poesia


Que ás vezes me esvazia e noutras me faz avassalador


A força do amor que carrego


pode ser esmagadora ou sublime


Está nas mãos de um destino que não se define


O amor que sinto tem faces e disfarces


Se constrói e se destrói


Em fases e desfazes


Sou intenso


Aprendendo a conviver com essa condição


De ter no íntimo uma "inabarcável" imensidão de sentir


In.tenso


É um estado permanente de tensão por dentro


Tudo é limite e nada o suficiente


Transbordar é uma rotina inconsciente


Que me arrasta para dentro


Cada vez mais fundo e sempre além


Como se nunca conseguisse chegar ao centro


De uma condição da qual sou um frágil refém


Nunca devo chegar ao meu controle central


Não tenho a chave dessa dimensão em mim


Que por hora me deixa completo


E noutra me precipita ao caos


Enquanto isso cavalgo em descontrole sobre a minha emoção


Sinto o prazer e a dor de ser mar revolto pela fúria de um vendaval


De ser intenso sem intenção.

SER EM DEMASIA É DOM OU SINA?
NÃO TENHO RESPOSTA E NUNCA TEREI
MAS ACHO QUE NÃO SER ASSIM DE NADA VALERIA...

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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AMELHINHAS (Nada mais do que um pedido de me AME nas entreLHINHAS)

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Essa não é Amélia a verdadeira mulher...
É uma mulher de mentirinha
Uma farsa inventada
Uma história contada sem nenhuma maldadezinha
É o inverso, controverso e invertido reverso
Um universo de menininha
Que desconhece a condição de viver sozinha
Que inventa amores de brincadeirinha com pessoas que não sabem brincar
E ler o pedido simples e discreto de me AME nas entreLHINHAS
É o verso saltando sempre para a outra linha
Aprendendo com a maturidade que chega sorrateirazinha
Para machucar o seu peito
E revelar que a vida é muito pouco, quase nenhuma coisinha
É o abandono do aumentativo
Da condição de rainha a de eterna princesinha
Incompreendido livro de contos de fadas
A moral da estória será sempre compreendida de forma errada
É como o mundo inteiro numa pequena caixinha
De riso nada tímido e voz rouquinha
Há algo embargado na sua almazinha
Que não deixará nunca a gravidade
Ocultando os agudos, ocultando sempre a sua suavidade
Como uma vontade abafada de querer dizer tudo e não conseguir dizer nadinha
Recebe o nome doce e complexo em significante e significado,
E todo o paradoxo de não ter nascido para ser AMÉLIA
E não saber ainda o que é ser AMELHINHA.







AMELHINHA TEM A MAIOR VAIDADE
AMELHINHA É UMA MULHER DE VERDADE?
rsrsrsrsrs

ACHO QUE AMELHINHA É UMA MENININHA rsrsrs
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O FALCÃO ENCANTADO ( O PÁSSARO DOS SONHOS)

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Era dia e eu estava descrente de poder à cidade dos sonhos retornar

O sol que ardia lá em cima em nada aquecia a minha realidade

Eu estava com os olhos cheios de desesperança

Um pequeno corpo cheio de grandes e ininterrupas necessidades

Transbordando lágrimas de menino-gente que chora por desejo

Olhava para o céu pensando que a dureza que o tempo trazia ao meu coração

Estava impedindo o meu regresso ao meu mais precioso lugar...

Eu fazia uma súplica singela ao universo... Eu precisava ao incompreensível voltar
O mundo de gente estava frio demais e gelando o que ainda sobrava da minha bondade

Eu estava sentado em prantos, olhando para o céu enquanto o meu desencanto irrigava o chão

E entre lágrimas, pensamentos e vozes que nunca silenciam para escutar a si...

Eu ao profundo sono me rendi...

adormeci embalado com o balanço da minha ingênua dor

Há algo no choro de uma criança que leva onde um adulto jamais chegou

Era dia ainda quando eu despertei... Eu estava no bico do grande pássaro dos sonhos

E pela primeira vez eu pude observar

Tratava-se de um Falcão dourado com um olhar capaz de transfigurar tristeza em paixão

Era a primeira vez que o portal da cidade dos sonhos se abriu à luz do dia

E eu sabia que a responsabilidade era dos olhos encantados daquela ave que emana luz

Era como se através dos seus olhos eu pudesse me ver

Mas eu não me via como agora... Eu me via como se a eternidade pudesse acontecer

Sobrevoei toda a cidade dos sonhos e as minhas lágrimas continuavam a cair

E em cada lugar que tocavam, uma árvore azul rapidamente emergia

Nelas não haviam frutas, as flores eram papéis rabiscados com poesias

O cheiro de verso guardado por anos em um armário

Aroma inebriante que tanto traz nostalgia ao peito

E afaga a certeza de que algo sobre nós já foi registado para o além

O Falcão dourado me pôs num ninho seguro

E logo se transfigurou, passou de grande ave de resgate à um homem maduro

E me olhava em silêncio sem nada me dizer... A sua boca não proferiu uma palavra

Mas era do seu peito que saia a sua voz...

- Então esse tempo todo você não era um pássaro?

- O tempo todo somos pássaros e homens... Estamos sempre a voar em busca da verdades que não são tão reais assim. A sua verdade me fez ultrapassar as leis da cidade dos sonhos e te resgatar.

- Quer dizer que não existe tanta verdade assim no meu mundo?

- Eu pensei que você tivesse todas as respostas...

- Sou apenas um menino-gente que respostas eu posso ter?

- As respostas que te fizeram o único capaz de entrar nesta cidade feita de sonhos... Aquelas que estão guardadas um pouco atrás da sua retina, essas que exala com olhos de poema.

- Mas onde você estava que não me resgatou antes

- Quem disse que foi eu quem o fez? Acho que foi você quem me resgatou

- Como assim?

- Eu tinha o desejo de retornar à minha condição de homem, mas isso só poderia ser feito através do amor. Quando você jogou a sua procura em minha direção, lembrou da sensação suave que temos com a felicidade...

- Sim. Eu queria muito voltar a me sentir livre novamente... E você me faz viagem, toda vez que cavalgo pelo céu contigo, sinto que não há nada que eu não possa realizar.

- Eu era um Falcão solitário, regido pelo ímpeto de um condição maior... Sustentado no ar pelo vento forte da minha humanidade.

- Mas você é um Falcão , belo, veloz, encantado... Perfeito aos meus olhos.

- Você que possui o maior encanto... Herdeiro do precioso dom de transformar a coisa mais imutável do homem, a sua natureza. Você me olhou e a minha outra metade voltou, essa que revela o quanto eu sou imperfeito.

- A sua imperfeição é a perfeição que eu quero ter. Não quero ser perfeito como os pássaros que estão sempre presos ao céu, nem tão pouco ser como os humanos e viver sem nunca saber o que é viver com leveza... Quero ser imperfeito como as criaturas que possuem a capacidade de estar no ar e na terra ao mesmo tempo, sem nunca perder a perfeita capacidade de reconhecer os seus defeitos e se transformar a partir da verdade.

E ali ficamos em silêncio a nos enxergar... E logo eu pude perceber que aquele FALCÃO encantado na verdade era eu mesmo, anos depois, eu havia encontrado uma forma mágica e segura que me faria, mesmo com o passar de todos os dias, à cidade dos sonhos sempre regressar.



ALGUMAS AVES CANTAM NO ANOITECER E NOS FAZEM DORMIR TRANQUILOS, ENQUANTO O DIA MAIS UMA VEZ PASSARINHO.
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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NO DIA EM QUE VOCÊ NÃO ME VIU

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No dia em que você não me viu


Alguma coisa olhava por nós


Eu sei você me sentiu


Apenas ouviu o som da minha voz


No dia em que conhecer


Ultrapassou a normalidade


Você olhou para mim


E pela primeira vez me viu de verdade




No dia em que você não me viu


A minha presença foi maior


Nascia o prenúncio do amor


E abandonava a condição de ser só


Alguns encontros marcados


Não funcionam tão bem


No dia em que você não me viu


Não marcamos nada também




No dia em que você não me viu


Acontecia alguma coisa silenciosa


De repente eu passei de poesia


A uma escrita renovada em prosa


Invisível eu fui não ao teu coração


Apenas ao seu trivial olhar


No dia em que você não me viu


Tudo então começou


Um voo suspenso no teu bico


para uma nova dimensão me levou

No dia em que você não me viu


No dia em que você me ouviu


No dia em que o universo fluiu


Eu fui presenteado com muito prazer...




No dia em que você me sentiu


No dia que a razão partiu


Foi no dia que você não me viu


Que eu mais enxerguei você






ÀS VEZES SÓ PRECISAMOS QUE NOS VEJAM ALÉM... E VOCÊ NÃO ME VIU COMO TODOS ME VÊEM. OBRIGADO POR ME ENXERGAR!










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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

INSANO CORAÇÃO

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Quando o coração, insano, admite
Ser fraco para poder vencer
Revela ao desnudo ser
O que passa a ser limite.

Torna-se escravo da insatisfação,
Sem vistas a compreender
A força que faz viver!
Perda total da razão.

Limite é ter que admitir
O que só se vê com os olhos!
Cercando-se de mera razão.

Limite é sempre transferir
O peso de não querer existir
Por não saber ouvir o coração.

José Rafael.

POEMA FEITO POR UM AMIGO PARA MIM. (Ele disse que iria me denunciar na "APOIS"(Associação dos Poetas Ilegítimos e Sozinhos) mas vou correr o risco! rsrsrs

Obrigado por isso!
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MORANDO NUM POEMA

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Você me lê com pesar
Meu coração por ti só exala desejos
Com a carência dos beijos que não mais me dá
O amor está trancado no meu peito
Amarrado e mergulhado em desgostos
Com você pode finalmente se libertar
Te espancaria com as minhas palavras mais doces
Com a minha mais suave poesia
Carregaria o teu sorriso ao lugar mais distante que fosse
E nunca deixaria de te guardar
Escuta não os meus gritos
Mas os segredos não ditos pelo meu olhar
Existe um som mais intenso
Dentro do meu silêncio
Basta ficar quieto simplesmente ouvir
Nada deve quebrar
É só deitar o seu corpo sobre o meu tranquilo
E deixar chegar aos ouvidos as canções que escrevi
E em cada letra que escrevo te resguardo sem penar
Esperando ansioso o dia que dentro do poema possamos morar
Em um livro relido todos os instantes
Seremos infiéis amantes de nós mesmos
Todo tempo a nos flagrar
Fazendo amor com rebeldia
Enrolados em versos e fantasias
Sem nunca o corpo fatigar
Pois quando tudo aqui dentro silencia
É a ti que entrego os pensamentos
Ainda que em multidão e em face de algum tormento
Sentindo as dúvidas que sempre chegam com o vento
Tapo os ouvidos e me vem um sussurro feliz
É o seu nome que surge e me enternece
E chorando apaixonado eu fico extasiado
Com tudo o que meu coração sem peso algum logo me diz
Somos a estação e o amor passageiro
Mas com você eu me perderia em viagem
Sem destino, por inteiro.









LETRA DE MÚSICA. (DESAFIO PARA LÉO SILVA) rsrs

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

ENSAIO DE FELICIDADE

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Passamos a vida a ensaiar

E a felicidade parece nunca está digna de estreia


Na verdade muitas vezes nos preocupamos muito com a plateia
E esquecemos de apenas viver as verdades que nos chegam

Todos conhecemos o texto

Porém nos apegamos mais a pretextos que possam sempre adiar o grande dia

Quando mais distante parecer a hora de protagonizar o destino

Mais sentimos que longínqua será a hora de nos depararmos com o desatino
O problema maior está na inconstância dos papéis

Que de tempos em tempos passamos adiante

Enquanto nós, permanecemos sempre no papel de amantes

A fazer e refazer as mesmas cenas de encontro e partida que nos ensinaram a encenar

Não é nada simples entender a psicologia de uma ação

O que diríamos então dessa força insana que rege o coração
Esse impulso inconsequente que deixa bem pequena a razão da gente

E nos coloca o tempo todo em dicotomias?

Há algo mais psico do que lógico em todos os detalhes da nossa existência

Para construir um caminho certo é preciso mais do que paciência

Algo maior que a dimensão do sonho

É preciso pensar em não pensar nada e tão somente se abandonar por inteiro

Mas a nossa limitação não deixa

E as traiçoeiras querências humanas não nos esquecem

Querendo uma perfeição que nenhum de nós conhece

Mas mesmo assim vamos em busca como se soubessémos onde encontrar

Eu tenho ensaiado muitos instantes de felicidade

Estou cansado dos bastidores dos meus mais temerosos desejos

Quero enfim esquecer tudo aquilo que não vejo

E ser tão somente um AMATOR das minhas escolhas mais intensas

Fazendo temporadas de glórias, reconstruindo toda noite a mesma história

Sempre e tanto que chegue renovada todo dia

E assim com o corpo e alma saciados eu posso tornar-me passado
Com a certeza tranquila de que um dia a felicidade me tocou, ainda que de leve, e eu sorri.


OBRIGADO FALCÃO POR ME FAZER PENSAR SOBRE ISSO!!!
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domingo, 28 de novembro de 2010

MÚSICA EM CONSTRUÇÃO

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O mundo vai e junto eu vou
em sua direção
Uma voz aqui dentro diz
Que eu preciso ouvir mais o meu coração
Esse grito, então, que não pára de clamar
Diz que pra eu ser feliz devo aprender a amar
Que contradição vem dissociar
Loucura e sanidade não param de dialogar
Se os caminhos do amor só me fazem desacreditar
As procuras me fazem descrer
O meu corpo quer
A minha alma não
Existe algo errado indo na contramão
A quem devo ouvir
Quem vai me encontrar perdido nessa confusão
Talvez só o silêncio em mim
Pode me ajudar
A decifrar
Aquilo que eu não consigo entender
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"ESCUTA..." (Letra em parceria com Everson Vimes) AINDA EM CONSTRUÇÃO

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Eu acreditei que o melhor seria disfarçar
Mas eu bem sei que os olhos não deixam enganar
Escuto o meu silêncio e o meu corpo inquieto logo diz
Que viver é buscar o tempo todo pequenas razões de ser feliz
Escuta agora a dor dessa canção...
Tão suave apelo do meu violão
Silenciosa vontade que vai além de mim
Pois amar em segredo impede a dor que chega sempre no fim


Dasafinei o tempo da minha solidão
Cerrei os ouvidos e fiz essa canção
Escutar é ouvir o que não pode ser
É esquecer que eu existia antes de você
O silêncio é o som mais agudo que penetra a razão
O teu sussuro é ensurdecedor
Nesta estrada ruidosa que nos silencia o amor


Letra em parceria com o EVERSON VIMES (músico sensível e entregue)
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sábado, 27 de novembro de 2010

POR AÍ...

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É PRECISO se fazer VIAGEM todo dia


PROJETAR a poesia do MUNDO para DENTRO


Pois a única coisa que nunca ENVELHECE


São as LEMBRANÇAS do que VIMOS por aí...


A BELEZA recompensa qualquer SACRIFÍCIO


Quando desCOBRIMOS O BELO


MORRER se torna INSIGNIFICANTE


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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ALMA DE PAPEL

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Eu fui me abandonando e me fazendo barco

Um menino brincando com a sua alma de papel

A construção de nós é muito difícil

Ela é feita a partir de tantas coisas que devemos assumir

Muitas partes do que somos é de difícil dobradura

Ver que sou um barco construído com inúmeras falhas


Fez-me pensar se ofereço uma navegação segura...

Fazer escolhas tendo como carrasco o tempo

É constatar que por mais que O MAR seja imenso

A MAR é pequeno demais...

Poucas seriam as pessoas a quem salvaríamos

Quem realmente resgataríamos?

A pior decisão sempre independe de nós

O tempo virou... A ideia de retorno abalou a estrutura da minha embarcação

Eu não queria regressar de onde parti

Quando essa foi a única solução oferecida

Entendi que o egoísmo que vem em mim

Na verdade é o otimismo que rege o meu olhar

A confiança de que sei o melhor caminho para chegar seguro

Mas eu não posso querer que outros embarquem na minha viagem


Cada barco deve navegar sozinho


Com suas marcas, suas construções...


Eu retornei, já que não fui sozinho


Voltei pelas pessoas que acreditaram na minha habilidade de flutuar apesar das tormentas

Excessões que por vezes sobem em mim e me deixam conduzí-las


Nossos sentimentos se fizeram vento forte e nos trouxe novamente à margem


À margem da vida... Onde pude ver os danos dessa partida

O meu barco não se desfez completamente nesse mar que nos sacode de uma lado para outro


Esse mar revôlto que é a existência...


Pedaços ficam nas águas todos os dias


Enquanto não me dissolvo por completo vou tecendo outras possibilidades


Para que eu possa ser uma coisa nova a todo instante

Modelar o meu íntimo a tudo o que os meus pensamentos desejarem

Não há fúria natural que nos destrua quando ficamos fortalecidos por dentro

Agora mesmo pego o que ainda resta da minha alma de papel e faço uma coroa

Coloco na cabeça e penso que sou um REI!

Sou um re/I/nventado... re/IN/ventando sonhos

Que se fazem e se desfazem em minhas mãos o tempo todo.




POEMA FEITO NA AULA DE DIREÇÃO TEATRAL COM A PROFESSORA TÂNIA MARIA/BA.









25 de Novembro de 2010
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MARCAS

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Nunca renegue as suas marcas
Elas são a escrita do tempo em nossos corpos
Linhas sobrepostas tantas e tantas vezes com as experiências que nos inundam
Há uma poesia oculta em cada traço que o existir deixa sobre a pele
E o sublime desses versos de vida, somente olhos privilegiados conseguirão revelar...
Um corpo sem marcas reflete a pobreza de viver sem registros
Cicatrizes nos ensinam os caminhos para evitar as quedas
Os cortes para além da epiderme
Feridas que ficaram no além de nós
Com elas lembramos o quanto é desesperador ver nosso sangue jorrar...
Por inconsequências e imaturidade
Arranhões desaparecem, mas cortes profundos estão sempre a latejar
As rugas que trazemos no rosto nada mais são do que os dias de luta reais
Tatuagens das batalhas que travamos por dentro tentando sobreviver Das horas em que sentimos o peso dos sentimentos humanos
Nenhuma marca pode ser apagada
Nehuma linha escrita pelo destino deve nos constranger
Afinal todo espelho é enganador e todo olhar uma miragem
A única coisa real e inquestionável
É que toda a história da nossa alma está documentada no nosso corpo
E história nunca deve ser esquecida
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domingo, 21 de novembro de 2010

O PECADO DIVINO

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Existe no pecado algo de pueril... De subliminar
Por que não dizer santo?
Existem no olhar vultos inquietos que espreitam e disfarçam
Tudo o que começa nos olhos queima no inferno interior
O pecado é solene, doce, discreto como um padre...
É preciso vigilância fingida, dissimulada...
Existe no pecado algo... Tudo de humano
Há nos olhos que de quem observa (não muito distante) a inconivência...
Ração perfeita da hipocrisia
Todos odiamos espelhos que reflitam o mal
Mal? Reflexo?
Existe no homem qualquer coisa de todos os outros
Ampliem a vida, a imagem e semelhança...
Não existe no pecado nada de Deus

Poema do meu livro (OLHOS DE POEMA) /ainda um projeto/

O QUE É O PECADO?
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A FONTE DO ESQUECIMENTO

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De tempos em tempos retorno a esta fonte
Este lugar só eu sei onde fica...
Meu segredo maior que nem a mim confio
Eu não sei como chego aqui, sei que fecho os olhos e o cansaço me traz...
Melhor assim! Caso contrário eu acabaria fazendo daqui o meu refúgio permanente
Toda vez que olho o meu rosto nesta água, vejo que o tempo me marcou muito
Somente aqui, através deste reflexo, eu posso ver tudo o que foi deixado em mim
É como se o interior pudesse ser visto com os olhos
E a pele não escondesse mais coisa alguma
Venho aqui mais uma vez com uma moeda na mão
Nela mais um rosto, uma lembrança que acho melhor esquecer
Esta eu não vou jogar no fundo por dor
Mas por cansaço... Uma fadiga de querer o que não me quer tanto
Emerge o som numa sucessão de silêNcios e eu já sei a rotina de tudo:
Está SACRAMENTadO que o querer nunca quer o suficiente...
Essa é uma moeda precioSa para mim
Mas ás vezes precisamos abrir mão dE riquezas que não queiram compRar a nossa felicidade
Consigo ver lÁ no fundo, na água que oscila com as minhas lágrimas, as outras moedas que joguei Vejo que o valor é tão fugaz Quanto a pobreza...
QUe o apreço precisa tEr o mesmo preço e medida
NÃO, não há arrepENdimento... Foi o que consegui comprar com o pouco que me deram
Era o nada ou o além do nada...
Esta moeda que agora TENho nas mãos eu não queria DEstinar à companhia das outras
Se essa fosse uma fonte de desejos eu faria um pedido ao tempo
- TEmpo "desentorta" as procuras humanas para que todos desejem em um único sentido... Acaba com a sina de cada um queREr uma coisa dIferente o tempo todo.
Quem sabe assim eU me surpreEnderia com um resGate antes do fim de mais uma memóRIa
Mas os desejos não nascem em fontes, eles são a fonte que nunca vamos encontrar
E hoje reTorno a este lugAR que tem cheiro de passado
Aqui diante desta fonte que não alimenta desejos...
Mas precipita lembranças ao esquecimento
Para abrir mão de um sonho possível que não quer ser meu
Abrir mão de coisas boas é mais difícil?
Mas sonhos também precisam nos abandonar ás vezes
- Oh, fonte que não alimenta mEUs desejos...
Leva mais uma tentativa de acertar... Oculta logo o meu QUERer mudO
LaVa! Que as águas dO pensamento guardem todos os medos...
Amnésia neCessária para os que se alimentam de memórias
VÊ sozinha o que deposito no teu manto límpido!
Eu não posso mais PeRsistir com nada que não se ponha em meu lugAr...
Fica com toda a leMbrança e o seu sinônimo que é tormento...
Que esta seja maIs uma possibilidade fracassada , que com cansaço, lanço ao mais prufundo lugar do esqueciMento!
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O AMOR NÃO É ESSA COCA-COLA TODA

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O amor e a coca-cola não precisam mais de marketing
Quem experimentou uma vez sabe que nada vai superar
A sua propaganda será eternamente espontânea
Ambos são produtos industrializados
O homem criou a COCA-COLA e a fez "coisa"
Mas foi amor que transformou o homem em "COISA"
A "coisificação" de tudo... Com promoção, preço e data de validade
Grandes sacadas de quem entende de necessidades humanas
Estão associados à sede
O constante desejo de saciar o que nos seca
Nada se compara ao primeiro GOLE DE COCA quando a boca está sedenta
Assim como NADA se compara a SENSAÇÃO DO PRIMEIRO BEIJO DADO COM AMOR
Pena o amor não ter acompanhado a evolução da COCA-COLA
E a gente poder comprar a proporção que quiser
-Dá aí 3 litros de amor! Não, não... Amor demais engorda! Vê então uma dessas garrafinhas pequenas de amor... Uma quantidade "MINI"... É só pra matar uma carência temporária mesmo.
Bem que o amor poderia vir em embalagens retornáveis
Transparentes...
Enquanto o amor não for retornável me acabarei na coca-cola!
Nada deveria se comparar ao sabor do amor numa garrafa de vidro
Transparente... Rara hoje em dia
Como seria ver o amor engarrafado?
A coca é vermelha por fora e preta por dentro
O amor seria preto por fora e teria a cor "VERMELHA" por dentro?
Se a gente bebe o luto, porque não beberia "SANGUE PISADO", não é mesmo?
Ai, ai... O amor não é então essa COCA-COLA toda
Ele não vende tanto assim...
Talvez tenha sido um erro REIFICAR o amor
Apostar num produto sem saída
É mais uma marca do que uma prática
A idéia certa numa realidade descartável
Amor tem conceito de mais e COCA-COLA de menos
Talvez seja esse o motivo do amor ser um produto de prateleiras cheias
Pena que eu não inventei nenhuma das duas coisas
Mas quem inventou mesmo?
? ?? ??? ???? ????? ?????? ???????? ????????? ????????? ??????????
Eu não sei... Sei que em cada fração de tempo há alguém investindo moedas no amor...
Ou numa COCA-COLA.
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O AMOR E A AGULHA

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Algumas coisas são dotadas de sina e mistério
O que parece destino comum o é
E se mostra às vezes
Parece um aprendiz que não leva o "nada" a sério
Estou falando é claro do amor e das suas inquietações
Algo que todo mundo procura e rejeita
Essa contradição imperfeita que só deseja ter perfeição
Achar o amor é como procurar agulha em palheiro
Porém, achar agulha no palheiro não é tão divertido quanto achar um amor...
Procurando o amor a gente tem uma diversão dolorida
A intuição é que nos rege
No palheiro o tato é que nos guia
Ambos são carma e ninguém escolhe
E somente a necessidade nos coloca à caça
Para encontrar uma agulha precisamos de paciência
Encontrar um amor de persistência
Mas em ambos os casos não podemos ter medo da desgraça
As duas buscas podem ferir as mãos
No mais toda procura é incerta
Para encotrar uma agulha e um amor precisamos de sorte
Ou podemos pensar na morte e aceitar que todo encotro não nos leva muito longe.



Mais uma inspiração do ANJO ZAMIEL. Alguns DECAÍDOS vieram ao mundo procurar o amor que não encontraram no céu. (mas isso será um outro poema) rsrsrs



Fotos da INTERNET.
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

COM.TATO

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Brincando com o tato a gente descobre o invisível...
Com.Tanto que o In.Visivel seja verdadeiro e sensivel
Algumas canções nascem do silêncio...
Inesquecíveis danças emergem de encontros inesperados
Longe do tempo e do espaço da vida comum
Do olhar trivial sobre os corpos e as suas reciprocidades...
Silenciando meus berros cantantes dos corpos inseparaveis...
Canção que me faz ninar...
Sonhando com o "nunca em sempre" de ter encontros marcados
Mas para quê marcar encontros temporários?
A vida tem o seu tempo de procura e tudo é transitório
Sendo assim, constatei que o amor é exatamente como o tempo...
Perdura, mas a gente não vai ver quando ele for embora...
Por isso é preciso viver como o toque suave de dois corpos que dançam de olhos vendados
Que compreendem que logo serão apenas sensações incompletas
Momentos de agora que já não são mais no contato seguinte ...
Dança de almas enlameadas de pura sensação de prazer!
O prazer de dançar aos sons da natureza...
O momento se faz unico e perfeito, depende da forma como o conduzirá na dança
Um unico e inesquecivel momento registrado nas paredes do pensamento...
O que tenho agora ja não sao mais momentos, são pensamentos...
São sensações... São imagens para além do esquecimento...
Aquecimento em lembranças..... Sentidos aguçados...Lambança e bagunça... In.sã.nidade
Um improviso de versos em contato com a distância
A nossa memória dança numa jam de sincronicidades.

POEMA FEITO NUM CONTATO E IMPROVISAÇÃO DE PENSAMENTOS, ONDE AS PALAVRAS E OS SENTIMENTOS ULTAPASSARAM OS LIMITES DO ESPAÇO E DO TEMPO.
Franciele Ramires(SP) e Ewertton Nunes (SE)
17 de NOVEMBRO de 2010
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NÃO ENTRE NA FRENTE!

| | 1 comentários



Não entre na frente... Esta bala não é pra você!


A tua escolha é cega, com os olhos fechados não é possível ver nada com frieza


O seu sacrifício não será recompensado


Se morreres por outro não saberá nunca que foi uma escolha ridícula


Cada um recebe no peito o tiro que merece...


As balas perdidas não são tão acidentais assim


O destino não perde um pensamento oculto


Nem deixa escapar nenhuma ação dissimulada


Por mais obscura que pareça a minha intenção


Não cabe a você julgar a minha mão prestes a atirar...

Esta bala está predestinada a outro culpado

A arma que se ergue não sou eu quem a levanto


Mas são os motivos que despejei em prantos silenciosos


E as verdades que chegaram quando as lágrimas limparam a minha íris inebriada


Deixa que eu acerte em cheio o peito que quem amas por condição


Se a morte não ajudar nada o fará...


Afaste-se e assista tudo com a fria certeza de que será melhor assim


O que está perdido só encontra rendição próximo ou depois do fim de tudo


O caminho escolhido foi mudo... O seu silêncio precisa gritar....


Então sai da frente... Você não entende, precisa olhar além da dor...


Se a melhor proposta nunca foi o amor...


Deixa então que a bala da guerra vai retificar!
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ESCUTA...

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A gente sempre está em trânsito


E no meio desta avenida movimentada e caótica da existência


Somos quase atropelados todos os dias...


Viver é estar sempre por um triz


Ruidosa e tumultuada é a atmsofera que nos precipita ao esconderijo


Quando em meio ao caos tapamos os ouvidos e o barulhos se extinguem...


O silêncio nos diz as coisas que não gostaríamos de ouvir


Pois eis que surge o diálogo mais difícil de estabelecer...


A conversa transparente com a nossa solidão


Um papo reto e sem rodeios


Alfnetes de constatação nos inquietam o peito


Pois a verdade que antes gritava em meio ao tráfego barulhento das nossas criações


É agora um sussuro ensurdecedor


O silêncio é o som mais agudo que nos penetra o ouvido


Escuta...


Se queres medir o volume o qual está ouvindo a sua vida, põe-se em silêncio...


Neste instante o teu corpo dirá a violência que tens causado a ele


E os anos prenunciarão os riscos das tuas escolhas


Escuta além da tua natureza... Essa é enganadora


Herança do Éden, condição traiçoeira que nos foi deixada para inebriar


Um castigo pela nossa fraqueza perante as tentações


Amplia o teu ouvir... Escutar é não ouvir absolutamente nada do que se deseja.






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domingo, 14 de novembro de 2010

CANÇÃO DA MADRUGADA

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“Veja você...”
Não me incomoda a voz que invade o meu sonho
“Arco-íris já mudou de cor...”
Pois a vida me chama a ver poesia, inesquecível poema de memória.
O espectador na madrugada registra a mais bela fotografia do adeus
“Uma rosa nunca mais desabrochou...”
A imagem formava a triangulação perfeita de um filme em preto e branco
A moça recostada na porta possui uma voz que me toma como as velhas canções que arranho nos discos...
Canções que ouço todos os dias com melodias renovadas
“E eu não quero ver você com este gosto de sabão na boca...”
A luz que saia do quarto iluminava a face da protagonista ideal do encontro-partida
Não sei se era a solidão que a escolhia para o papel ou o contrário
“Veja meu bem... Ou é começo do fim, ou é o fim”
Tinha o olhar etílico dos que sentem demais as coisas da vida
Cantava com a suavidade que pesa no coração de quem parte mas queria ficar
“Eu vou partir pra cidade garantida, proibida...”
Uma canção purifica os encontros que demoram a acontecer
E profetiza a eternidade temporária de um vão de instantes
“Arranjar meio de vida, Margarida... Pra você gostar de mim...”
Está no lugar intocável da alma a poesia que senti na véspera do recomeço
Não importa quanto tempo leve até um reencontro, tudo se reconstrói...
Está preso na canção que ouço todo dia como se fosse a primeira vez.
“Essas feridas da vida, Margarida... Essas feridas da vida amarga vida... Pra você gostar de mim”.

Poema feito após o FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO DE GUARAMIRANGA no CEARÁ. Feito com a SAUDADE de uma pessoa linda JULIANA VERAS (Alma intensa, voz doce e melodiosa... ATRIZ encantadora)A sua voz me acordou na madrugada... E eu me fiz FELICIDADE.

Imensa SAUDADE desta mulher, atriz, poetisa, cantora... JULIANA VERAS ! A SUA VOZ ME FEZ DESPERTAR NA MADRUGADA e me trouxe uma FELICIDADE que guardo comigo até hoje.
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

À FLOR DA RESILIÊNCIA

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A catástrofe é apenas a pespectiva nebulosa do nosso olhar


Tudo veio abaixo... Ilusão não é um alicerce seguro



Por muito tempo a sua beleza também havia se tornado entulho



O que num dia era a forma melhor no outro era menor do que o pó



Vagando pela névoa cinza de desesperança não via a glória em sobreviver



Sentia-se avarenta por não conseguir morrer um pouco



Mas frestas de luz também ultrapassam dor



E quando isso acontece a escuridão se surpreende com a capacidade de regeneração do tempo



No meio dos escombros um espelho intacto



Onde ela conseque se ver...



Neste instante os caláfrios percorrem-lhe o corpo como um vendaval...



Ela está viva! Ela está ainda mais forte!



A sua imagem decompõe-se ao passo que a sua pele se descama



O que veio ao chão foi a torre que ela escolheu



Quanto mais íngrime ficava, mais se predestinava ao desmoronamento




No momento em que o tudo se irmanou ao nada



O caos recriou a sua melhor condição





Era como se fosse a primeira mulher do mundo mordendo a maçã proibida




Redescobrindo-se perfeita para a vida e os seus prazeres



Despida do medo de construir o mundo do jeito que ela quiser ela renasceu



É físico o fenômeno que a deixa à flor da pele



Hoje ela controla os seus temporais


E agora ela entende que a adversidade é apenas a certeza de que o melhor vem depois


A resiliência é a flor que ela colhe em meio a um jardim de migalhas


E voluptuosamente coloca em seus cabelos enquanto passeia nua pela vida...


Recontruindo novos sonhos ...


Esquecendo aqueles que ficaram soterrados ali atrás.



Este poema eu DEDICO a CÉLIA TAVARES e o seu estado permanente de RESILIÊNCIA. Que seja essa a melhor palavra, a única que nunca deixemos desaparecer nos escombros da existência. TE AMO!
















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terça-feira, 9 de novembro de 2010

| | 2 comentários


O meu corpo possui uma sabedoria que refaz tudo o que sei sobre mim

E assim percebo que nada sei sobre o meu corpo

Ele possui as suas próprias vontades

A autonomia suficiente para me abandonar e se achar no espaço

O seu próprio tempo de memórias

Eu quis preparar o meu corpo para a liberdade

Hoje ele segue a palpitar sem mim

Ir em busca de sensações ancestrais fez romper a linha tênue que suspendia o meu espírito

E o afastava do meu corpo

Nesta dança nova que o meu corpo faz sozinho sou um mero observador

Surpreso com um encantamento de verdades

Verdades que não sei exatamente onde encontrei

E o meu corpo livre "só" sente... Sente tudo e tanto

Eu perdido em espanto não entendo como posso dançar sem mim

Mas a dança não precisa de entendimento e razão

Essa verdade a minha alma nunca vai assimilar

Mas o meu corpo não... Por isso, o meu corpo rodopia e se expande em total liberdade

Criando as suas nunces com entrega... Com riscos

Desenhando no ar sem precisar de rabiscos nem ensaios

Eu mero aprendiz de mim sigo atrás...

O meu corpo vai enquanto eu corro para seguir os seus passos



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