domingo, 28 de novembro de 2010

MÚSICA EM CONSTRUÇÃO

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O mundo vai e junto eu vou
em sua direção
Uma voz aqui dentro diz
Que eu preciso ouvir mais o meu coração
Esse grito, então, que não pára de clamar
Diz que pra eu ser feliz devo aprender a amar
Que contradição vem dissociar
Loucura e sanidade não param de dialogar
Se os caminhos do amor só me fazem desacreditar
As procuras me fazem descrer
O meu corpo quer
A minha alma não
Existe algo errado indo na contramão
A quem devo ouvir
Quem vai me encontrar perdido nessa confusão
Talvez só o silêncio em mim
Pode me ajudar
A decifrar
Aquilo que eu não consigo entender
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"ESCUTA..." (Letra em parceria com Everson Vimes) AINDA EM CONSTRUÇÃO

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Eu acreditei que o melhor seria disfarçar
Mas eu bem sei que os olhos não deixam enganar
Escuto o meu silêncio e o meu corpo inquieto logo diz
Que viver é buscar o tempo todo pequenas razões de ser feliz
Escuta agora a dor dessa canção...
Tão suave apelo do meu violão
Silenciosa vontade que vai além de mim
Pois amar em segredo impede a dor que chega sempre no fim


Dasafinei o tempo da minha solidão
Cerrei os ouvidos e fiz essa canção
Escutar é ouvir o que não pode ser
É esquecer que eu existia antes de você
O silêncio é o som mais agudo que penetra a razão
O teu sussuro é ensurdecedor
Nesta estrada ruidosa que nos silencia o amor


Letra em parceria com o EVERSON VIMES (músico sensível e entregue)
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sábado, 27 de novembro de 2010

POR AÍ...

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É PRECISO se fazer VIAGEM todo dia


PROJETAR a poesia do MUNDO para DENTRO


Pois a única coisa que nunca ENVELHECE


São as LEMBRANÇAS do que VIMOS por aí...


A BELEZA recompensa qualquer SACRIFÍCIO


Quando desCOBRIMOS O BELO


MORRER se torna INSIGNIFICANTE


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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ALMA DE PAPEL

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Eu fui me abandonando e me fazendo barco

Um menino brincando com a sua alma de papel

A construção de nós é muito difícil

Ela é feita a partir de tantas coisas que devemos assumir

Muitas partes do que somos é de difícil dobradura

Ver que sou um barco construído com inúmeras falhas


Fez-me pensar se ofereço uma navegação segura...

Fazer escolhas tendo como carrasco o tempo

É constatar que por mais que O MAR seja imenso

A MAR é pequeno demais...

Poucas seriam as pessoas a quem salvaríamos

Quem realmente resgataríamos?

A pior decisão sempre independe de nós

O tempo virou... A ideia de retorno abalou a estrutura da minha embarcação

Eu não queria regressar de onde parti

Quando essa foi a única solução oferecida

Entendi que o egoísmo que vem em mim

Na verdade é o otimismo que rege o meu olhar

A confiança de que sei o melhor caminho para chegar seguro

Mas eu não posso querer que outros embarquem na minha viagem


Cada barco deve navegar sozinho


Com suas marcas, suas construções...


Eu retornei, já que não fui sozinho


Voltei pelas pessoas que acreditaram na minha habilidade de flutuar apesar das tormentas

Excessões que por vezes sobem em mim e me deixam conduzí-las


Nossos sentimentos se fizeram vento forte e nos trouxe novamente à margem


À margem da vida... Onde pude ver os danos dessa partida

O meu barco não se desfez completamente nesse mar que nos sacode de uma lado para outro


Esse mar revôlto que é a existência...


Pedaços ficam nas águas todos os dias


Enquanto não me dissolvo por completo vou tecendo outras possibilidades


Para que eu possa ser uma coisa nova a todo instante

Modelar o meu íntimo a tudo o que os meus pensamentos desejarem

Não há fúria natural que nos destrua quando ficamos fortalecidos por dentro

Agora mesmo pego o que ainda resta da minha alma de papel e faço uma coroa

Coloco na cabeça e penso que sou um REI!

Sou um re/I/nventado... re/IN/ventando sonhos

Que se fazem e se desfazem em minhas mãos o tempo todo.




POEMA FEITO NA AULA DE DIREÇÃO TEATRAL COM A PROFESSORA TÂNIA MARIA/BA.









25 de Novembro de 2010
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

MARCAS

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Nunca renegue as suas marcas
Elas são a escrita do tempo em nossos corpos
Linhas sobrepostas tantas e tantas vezes com as experiências que nos inundam
Há uma poesia oculta em cada traço que o existir deixa sobre a pele
E o sublime desses versos de vida, somente olhos privilegiados conseguirão revelar...
Um corpo sem marcas reflete a pobreza de viver sem registros
Cicatrizes nos ensinam os caminhos para evitar as quedas
Os cortes para além da epiderme
Feridas que ficaram no além de nós
Com elas lembramos o quanto é desesperador ver nosso sangue jorrar...
Por inconsequências e imaturidade
Arranhões desaparecem, mas cortes profundos estão sempre a latejar
As rugas que trazemos no rosto nada mais são do que os dias de luta reais
Tatuagens das batalhas que travamos por dentro tentando sobreviver Das horas em que sentimos o peso dos sentimentos humanos
Nenhuma marca pode ser apagada
Nehuma linha escrita pelo destino deve nos constranger
Afinal todo espelho é enganador e todo olhar uma miragem
A única coisa real e inquestionável
É que toda a história da nossa alma está documentada no nosso corpo
E história nunca deve ser esquecida
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domingo, 21 de novembro de 2010

O PECADO DIVINO

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Existe no pecado algo de pueril... De subliminar
Por que não dizer santo?
Existem no olhar vultos inquietos que espreitam e disfarçam
Tudo o que começa nos olhos queima no inferno interior
O pecado é solene, doce, discreto como um padre...
É preciso vigilância fingida, dissimulada...
Existe no pecado algo... Tudo de humano
Há nos olhos que de quem observa (não muito distante) a inconivência...
Ração perfeita da hipocrisia
Todos odiamos espelhos que reflitam o mal
Mal? Reflexo?
Existe no homem qualquer coisa de todos os outros
Ampliem a vida, a imagem e semelhança...
Não existe no pecado nada de Deus

Poema do meu livro (OLHOS DE POEMA) /ainda um projeto/

O QUE É O PECADO?
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A FONTE DO ESQUECIMENTO

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De tempos em tempos retorno a esta fonte
Este lugar só eu sei onde fica...
Meu segredo maior que nem a mim confio
Eu não sei como chego aqui, sei que fecho os olhos e o cansaço me traz...
Melhor assim! Caso contrário eu acabaria fazendo daqui o meu refúgio permanente
Toda vez que olho o meu rosto nesta água, vejo que o tempo me marcou muito
Somente aqui, através deste reflexo, eu posso ver tudo o que foi deixado em mim
É como se o interior pudesse ser visto com os olhos
E a pele não escondesse mais coisa alguma
Venho aqui mais uma vez com uma moeda na mão
Nela mais um rosto, uma lembrança que acho melhor esquecer
Esta eu não vou jogar no fundo por dor
Mas por cansaço... Uma fadiga de querer o que não me quer tanto
Emerge o som numa sucessão de silêNcios e eu já sei a rotina de tudo:
Está SACRAMENTadO que o querer nunca quer o suficiente...
Essa é uma moeda precioSa para mim
Mas ás vezes precisamos abrir mão dE riquezas que não queiram compRar a nossa felicidade
Consigo ver lÁ no fundo, na água que oscila com as minhas lágrimas, as outras moedas que joguei Vejo que o valor é tão fugaz Quanto a pobreza...
QUe o apreço precisa tEr o mesmo preço e medida
NÃO, não há arrepENdimento... Foi o que consegui comprar com o pouco que me deram
Era o nada ou o além do nada...
Esta moeda que agora TENho nas mãos eu não queria DEstinar à companhia das outras
Se essa fosse uma fonte de desejos eu faria um pedido ao tempo
- TEmpo "desentorta" as procuras humanas para que todos desejem em um único sentido... Acaba com a sina de cada um queREr uma coisa dIferente o tempo todo.
Quem sabe assim eU me surpreEnderia com um resGate antes do fim de mais uma memóRIa
Mas os desejos não nascem em fontes, eles são a fonte que nunca vamos encontrar
E hoje reTorno a este lugAR que tem cheiro de passado
Aqui diante desta fonte que não alimenta desejos...
Mas precipita lembranças ao esquecimento
Para abrir mão de um sonho possível que não quer ser meu
Abrir mão de coisas boas é mais difícil?
Mas sonhos também precisam nos abandonar ás vezes
- Oh, fonte que não alimenta mEUs desejos...
Leva mais uma tentativa de acertar... Oculta logo o meu QUERer mudO
LaVa! Que as águas dO pensamento guardem todos os medos...
Amnésia neCessária para os que se alimentam de memórias
VÊ sozinha o que deposito no teu manto límpido!
Eu não posso mais PeRsistir com nada que não se ponha em meu lugAr...
Fica com toda a leMbrança e o seu sinônimo que é tormento...
Que esta seja maIs uma possibilidade fracassada , que com cansaço, lanço ao mais prufundo lugar do esqueciMento!
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O AMOR NÃO É ESSA COCA-COLA TODA

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O amor e a coca-cola não precisam mais de marketing
Quem experimentou uma vez sabe que nada vai superar
A sua propaganda será eternamente espontânea
Ambos são produtos industrializados
O homem criou a COCA-COLA e a fez "coisa"
Mas foi amor que transformou o homem em "COISA"
A "coisificação" de tudo... Com promoção, preço e data de validade
Grandes sacadas de quem entende de necessidades humanas
Estão associados à sede
O constante desejo de saciar o que nos seca
Nada se compara ao primeiro GOLE DE COCA quando a boca está sedenta
Assim como NADA se compara a SENSAÇÃO DO PRIMEIRO BEIJO DADO COM AMOR
Pena o amor não ter acompanhado a evolução da COCA-COLA
E a gente poder comprar a proporção que quiser
-Dá aí 3 litros de amor! Não, não... Amor demais engorda! Vê então uma dessas garrafinhas pequenas de amor... Uma quantidade "MINI"... É só pra matar uma carência temporária mesmo.
Bem que o amor poderia vir em embalagens retornáveis
Transparentes...
Enquanto o amor não for retornável me acabarei na coca-cola!
Nada deveria se comparar ao sabor do amor numa garrafa de vidro
Transparente... Rara hoje em dia
Como seria ver o amor engarrafado?
A coca é vermelha por fora e preta por dentro
O amor seria preto por fora e teria a cor "VERMELHA" por dentro?
Se a gente bebe o luto, porque não beberia "SANGUE PISADO", não é mesmo?
Ai, ai... O amor não é então essa COCA-COLA toda
Ele não vende tanto assim...
Talvez tenha sido um erro REIFICAR o amor
Apostar num produto sem saída
É mais uma marca do que uma prática
A idéia certa numa realidade descartável
Amor tem conceito de mais e COCA-COLA de menos
Talvez seja esse o motivo do amor ser um produto de prateleiras cheias
Pena que eu não inventei nenhuma das duas coisas
Mas quem inventou mesmo?
? ?? ??? ???? ????? ?????? ???????? ????????? ????????? ??????????
Eu não sei... Sei que em cada fração de tempo há alguém investindo moedas no amor...
Ou numa COCA-COLA.
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O AMOR E A AGULHA

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Algumas coisas são dotadas de sina e mistério
O que parece destino comum o é
E se mostra às vezes
Parece um aprendiz que não leva o "nada" a sério
Estou falando é claro do amor e das suas inquietações
Algo que todo mundo procura e rejeita
Essa contradição imperfeita que só deseja ter perfeição
Achar o amor é como procurar agulha em palheiro
Porém, achar agulha no palheiro não é tão divertido quanto achar um amor...
Procurando o amor a gente tem uma diversão dolorida
A intuição é que nos rege
No palheiro o tato é que nos guia
Ambos são carma e ninguém escolhe
E somente a necessidade nos coloca à caça
Para encontrar uma agulha precisamos de paciência
Encontrar um amor de persistência
Mas em ambos os casos não podemos ter medo da desgraça
As duas buscas podem ferir as mãos
No mais toda procura é incerta
Para encotrar uma agulha e um amor precisamos de sorte
Ou podemos pensar na morte e aceitar que todo encotro não nos leva muito longe.



Mais uma inspiração do ANJO ZAMIEL. Alguns DECAÍDOS vieram ao mundo procurar o amor que não encontraram no céu. (mas isso será um outro poema) rsrsrs



Fotos da INTERNET.
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

COM.TATO

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Brincando com o tato a gente descobre o invisível...
Com.Tanto que o In.Visivel seja verdadeiro e sensivel
Algumas canções nascem do silêncio...
Inesquecíveis danças emergem de encontros inesperados
Longe do tempo e do espaço da vida comum
Do olhar trivial sobre os corpos e as suas reciprocidades...
Silenciando meus berros cantantes dos corpos inseparaveis...
Canção que me faz ninar...
Sonhando com o "nunca em sempre" de ter encontros marcados
Mas para quê marcar encontros temporários?
A vida tem o seu tempo de procura e tudo é transitório
Sendo assim, constatei que o amor é exatamente como o tempo...
Perdura, mas a gente não vai ver quando ele for embora...
Por isso é preciso viver como o toque suave de dois corpos que dançam de olhos vendados
Que compreendem que logo serão apenas sensações incompletas
Momentos de agora que já não são mais no contato seguinte ...
Dança de almas enlameadas de pura sensação de prazer!
O prazer de dançar aos sons da natureza...
O momento se faz unico e perfeito, depende da forma como o conduzirá na dança
Um unico e inesquecivel momento registrado nas paredes do pensamento...
O que tenho agora ja não sao mais momentos, são pensamentos...
São sensações... São imagens para além do esquecimento...
Aquecimento em lembranças..... Sentidos aguçados...Lambança e bagunça... In.sã.nidade
Um improviso de versos em contato com a distância
A nossa memória dança numa jam de sincronicidades.

POEMA FEITO NUM CONTATO E IMPROVISAÇÃO DE PENSAMENTOS, ONDE AS PALAVRAS E OS SENTIMENTOS ULTAPASSARAM OS LIMITES DO ESPAÇO E DO TEMPO.
Franciele Ramires(SP) e Ewertton Nunes (SE)
17 de NOVEMBRO de 2010
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NÃO ENTRE NA FRENTE!

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Não entre na frente... Esta bala não é pra você!


A tua escolha é cega, com os olhos fechados não é possível ver nada com frieza


O seu sacrifício não será recompensado


Se morreres por outro não saberá nunca que foi uma escolha ridícula


Cada um recebe no peito o tiro que merece...


As balas perdidas não são tão acidentais assim


O destino não perde um pensamento oculto


Nem deixa escapar nenhuma ação dissimulada


Por mais obscura que pareça a minha intenção


Não cabe a você julgar a minha mão prestes a atirar...

Esta bala está predestinada a outro culpado

A arma que se ergue não sou eu quem a levanto


Mas são os motivos que despejei em prantos silenciosos


E as verdades que chegaram quando as lágrimas limparam a minha íris inebriada


Deixa que eu acerte em cheio o peito que quem amas por condição


Se a morte não ajudar nada o fará...


Afaste-se e assista tudo com a fria certeza de que será melhor assim


O que está perdido só encontra rendição próximo ou depois do fim de tudo


O caminho escolhido foi mudo... O seu silêncio precisa gritar....


Então sai da frente... Você não entende, precisa olhar além da dor...


Se a melhor proposta nunca foi o amor...


Deixa então que a bala da guerra vai retificar!
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ESCUTA...

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A gente sempre está em trânsito


E no meio desta avenida movimentada e caótica da existência


Somos quase atropelados todos os dias...


Viver é estar sempre por um triz


Ruidosa e tumultuada é a atmsofera que nos precipita ao esconderijo


Quando em meio ao caos tapamos os ouvidos e o barulhos se extinguem...


O silêncio nos diz as coisas que não gostaríamos de ouvir


Pois eis que surge o diálogo mais difícil de estabelecer...


A conversa transparente com a nossa solidão


Um papo reto e sem rodeios


Alfnetes de constatação nos inquietam o peito


Pois a verdade que antes gritava em meio ao tráfego barulhento das nossas criações


É agora um sussuro ensurdecedor


O silêncio é o som mais agudo que nos penetra o ouvido


Escuta...


Se queres medir o volume o qual está ouvindo a sua vida, põe-se em silêncio...


Neste instante o teu corpo dirá a violência que tens causado a ele


E os anos prenunciarão os riscos das tuas escolhas


Escuta além da tua natureza... Essa é enganadora


Herança do Éden, condição traiçoeira que nos foi deixada para inebriar


Um castigo pela nossa fraqueza perante as tentações


Amplia o teu ouvir... Escutar é não ouvir absolutamente nada do que se deseja.






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domingo, 14 de novembro de 2010

CANÇÃO DA MADRUGADA

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“Veja você...”
Não me incomoda a voz que invade o meu sonho
“Arco-íris já mudou de cor...”
Pois a vida me chama a ver poesia, inesquecível poema de memória.
O espectador na madrugada registra a mais bela fotografia do adeus
“Uma rosa nunca mais desabrochou...”
A imagem formava a triangulação perfeita de um filme em preto e branco
A moça recostada na porta possui uma voz que me toma como as velhas canções que arranho nos discos...
Canções que ouço todos os dias com melodias renovadas
“E eu não quero ver você com este gosto de sabão na boca...”
A luz que saia do quarto iluminava a face da protagonista ideal do encontro-partida
Não sei se era a solidão que a escolhia para o papel ou o contrário
“Veja meu bem... Ou é começo do fim, ou é o fim”
Tinha o olhar etílico dos que sentem demais as coisas da vida
Cantava com a suavidade que pesa no coração de quem parte mas queria ficar
“Eu vou partir pra cidade garantida, proibida...”
Uma canção purifica os encontros que demoram a acontecer
E profetiza a eternidade temporária de um vão de instantes
“Arranjar meio de vida, Margarida... Pra você gostar de mim...”
Está no lugar intocável da alma a poesia que senti na véspera do recomeço
Não importa quanto tempo leve até um reencontro, tudo se reconstrói...
Está preso na canção que ouço todo dia como se fosse a primeira vez.
“Essas feridas da vida, Margarida... Essas feridas da vida amarga vida... Pra você gostar de mim”.

Poema feito após o FESTIVAL NORDESTINO DE TEATRO DE GUARAMIRANGA no CEARÁ. Feito com a SAUDADE de uma pessoa linda JULIANA VERAS (Alma intensa, voz doce e melodiosa... ATRIZ encantadora)A sua voz me acordou na madrugada... E eu me fiz FELICIDADE.

Imensa SAUDADE desta mulher, atriz, poetisa, cantora... JULIANA VERAS ! A SUA VOZ ME FEZ DESPERTAR NA MADRUGADA e me trouxe uma FELICIDADE que guardo comigo até hoje.
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

À FLOR DA RESILIÊNCIA

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A catástrofe é apenas a pespectiva nebulosa do nosso olhar


Tudo veio abaixo... Ilusão não é um alicerce seguro



Por muito tempo a sua beleza também havia se tornado entulho



O que num dia era a forma melhor no outro era menor do que o pó



Vagando pela névoa cinza de desesperança não via a glória em sobreviver



Sentia-se avarenta por não conseguir morrer um pouco



Mas frestas de luz também ultrapassam dor



E quando isso acontece a escuridão se surpreende com a capacidade de regeneração do tempo



No meio dos escombros um espelho intacto



Onde ela conseque se ver...



Neste instante os caláfrios percorrem-lhe o corpo como um vendaval...



Ela está viva! Ela está ainda mais forte!



A sua imagem decompõe-se ao passo que a sua pele se descama



O que veio ao chão foi a torre que ela escolheu



Quanto mais íngrime ficava, mais se predestinava ao desmoronamento




No momento em que o tudo se irmanou ao nada



O caos recriou a sua melhor condição





Era como se fosse a primeira mulher do mundo mordendo a maçã proibida




Redescobrindo-se perfeita para a vida e os seus prazeres



Despida do medo de construir o mundo do jeito que ela quiser ela renasceu



É físico o fenômeno que a deixa à flor da pele



Hoje ela controla os seus temporais


E agora ela entende que a adversidade é apenas a certeza de que o melhor vem depois


A resiliência é a flor que ela colhe em meio a um jardim de migalhas


E voluptuosamente coloca em seus cabelos enquanto passeia nua pela vida...


Recontruindo novos sonhos ...


Esquecendo aqueles que ficaram soterrados ali atrás.



Este poema eu DEDICO a CÉLIA TAVARES e o seu estado permanente de RESILIÊNCIA. Que seja essa a melhor palavra, a única que nunca deixemos desaparecer nos escombros da existência. TE AMO!
















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terça-feira, 9 de novembro de 2010

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O meu corpo possui uma sabedoria que refaz tudo o que sei sobre mim

E assim percebo que nada sei sobre o meu corpo

Ele possui as suas próprias vontades

A autonomia suficiente para me abandonar e se achar no espaço

O seu próprio tempo de memórias

Eu quis preparar o meu corpo para a liberdade

Hoje ele segue a palpitar sem mim

Ir em busca de sensações ancestrais fez romper a linha tênue que suspendia o meu espírito

E o afastava do meu corpo

Nesta dança nova que o meu corpo faz sozinho sou um mero observador

Surpreso com um encantamento de verdades

Verdades que não sei exatamente onde encontrei

E o meu corpo livre "só" sente... Sente tudo e tanto

Eu perdido em espanto não entendo como posso dançar sem mim

Mas a dança não precisa de entendimento e razão

Essa verdade a minha alma nunca vai assimilar

Mas o meu corpo não... Por isso, o meu corpo rodopia e se expande em total liberdade

Criando as suas nunces com entrega... Com riscos

Desenhando no ar sem precisar de rabiscos nem ensaios

Eu mero aprendiz de mim sigo atrás...

O meu corpo vai enquanto eu corro para seguir os seus passos



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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

LUIZ CARLOS "OLHOS DE" REIS

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Os teus "GRANDES"olhos se fecharam

Os olhos de homem apenas...
A cortina agora abre para eles em outra dimensão

Um palco novo erguido para os que buscaram na vida o sonho

Ribalta ideal para as emoção que sempre
transbordaram em face lágrimas sinceras

Fica tranquilo que um artista nunca morre


Quem viveu com tanta paixão não vira esquecimento
A altivez da sua memória é perpétua

O brilho de grandes almas se transfigura em vaga-lumes

Que vagam a espalhar luminosidade para nós

"AMATORES" que ainda continuamos a trilhar os caminhos escuros dessa esfera "INCONPREENVIDA"

A morte pode até enganar ao olhar comum

Mas àqueles a quem a arte ungiu e o invisível adotou ela não "INTIMUDA"
Nós inventamos a nossa fé, a nossa própria narrativa...

E para nós é apenas o fim do primeiro ato

Logo nos escontraremos e dividiremos a mesma cena

Enquanto isso reviva todos os personagens a quem se emprestou
Agora você pode criar o impossível... E ter a resposta merecida para cada palavra que proferir

Os anjos sabem reconhecer quando algo é dito com a divina verdade

Será sempre "Arquiteto e Imperador" de uma poesia inquebrantável

Agora entende que os caminhos vão além de "0 a N"

Que não há "Ordinária" que "Deus" não resgate
E até mesmo os "Ratos de Esgoto" conseguem ao final a redenção

O tempo da procura é cessado...

A espera por GODOT acabou... E GOD agora te pega nos braços

Pode ir tranquilo que o teu lugar encantado na história foi conquistado

É um trono digno destes olhos "GRANDICIOSOS"

Janelas da proporção digna da sua alma majestosa
Luiz Carlos "OLHOS DE" Reis

Teus olhos falaram e nenhum silêncio vai tirar isso...

Uma cortina trará a sua imagem enternecida à retina

E lembraremos sempre de Vosso "REISNADO" quando uma luz no palco se acender
E a arte nos levar para perto do céu.


FOTO: INFONET
POEMA DEDICADO AO GRANDE ATOR E DIRETOR DE TEATRO LUIZ CARLOS REIS.











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sábado, 6 de novembro de 2010

FUÇANDO PENSAMENTOS

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Estava aqui fuçando os seus pensamentos
E não encontrei a mim perdido neles
Pensei fazer parte dos recortes atuais da tua memória
A pasta atualizada das suas emoções
Estava aqui acalentando esperanças
E elas acabam de despertar e partir
São tantos versos e cartas guardados
Mas a quem se destinam afinal?
Os versos que leio não nasceram da minha imagem
As cartas não foram endereçadas aos meus olhos
Os rascunhos não guardam a intenção de me escrever
Quanta coisa arquivada encontro aqui dentro de ti
Lacradas com uma negra fita de frustração
Ao menos eu não sou parte destas reminiscências destinadas ao esquecimento
Perdoa a invasão que faço ao teu íntimo
Mas eu precisava saber do futuro da sua alma
A minha escreveu contos lindos para nós dois
Quase tropeço nas suas recordações vermelhas
Essas estão em caixas sem proteção
Expostas e ainda consigo sentir a pulsação delas
Que alívio ver que não estou nessas linhas psicografadas com sangue
Continuo aqui fuçando os seus pensamentos
Arbitrariamente, na tentativa de me encontrar...
Um momento... Vejo que há uma caneta renovada sobre páginas em branco
Espero ler nelas a vida que juntos podemos recomeçar.
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MOEDA JOGADA PARA CIMA

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Quando uma moeda é jogada para cima
É chegada a hora do tudo ou nada
O cronômetro vai ser zerado
A areia do tempo ocupará apenas um lado da ampulheta
O lado mais importante do tempo...
Aquele que impõe limite a tudo
O que determina a nossa capacidade de suportar
Em pouco tempo nada de cara ou coroa
Quando a moeda tocar o chão
Eu estarei livre de mais uma ilusão
Não quero prolongar fracassos
Estou novamente pronto para a solidão
Regressando à felicidade de um ser SÓ e SOZINHO
Quero a praticidade em cada passo que vier
O que quer ser meu que me acompanhe
Aquilo que não entende do que sou feito
Não precisa ficar atrasando o caminho
A moeda que agora lanço para cima
Logo se unirá as outras lançadas anteriormente
Completando a coleção de tentativas vãs
Nesta fonte que não alimenta desejos
Mas empurra memórias ao esquecimento
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