terça-feira, 26 de junho de 2018

VAGALUME

| | 0 comentários

Tenho sentido estranha a liberdade
Sinto parecido  com uma violência súbita que nos deixa inseguros só que sem dor
É como esse vagalume que há pouco entrou no quarto
Faz tempo não via vagalumes
Do mesmo modo que faz tempo que não sei o que é agenciar liberdades
Será que essa luz inesperada no escuro desse quarto que ainda estranho
Veio como uma metáfora de esperança?
Mas eu a matei com uma sandália... E isso não é uma metáfora
Foi estranha também essa minha reação de atacar o estranho visitante
Eu não sou soube administrar a liberdade que pousou perto
Hoje estou hóspede de mim
Sem entender ao certo onde posso estar sem causar desconfortos
Tento encontrar uma sensação de pertencimento que me foge todos os segundos
Tenho sentido estranhas as mesmas coisas que sempre estiveram perto
Talvez eu é que tenha ido para longe


Distante das sensações que tinham ganhado um aconchego silencioso em mim
Tenho sentido estranha a alma
Que subitamente quis versar o estranhamento que pulsa...
Não estranhe se esse poema acabar sem um grande verso elaborado
É porque estou tentando me acostumar novamente com a liberdade
E não quero me prender a regras para que ela não se sinta intrusa
Não sei... É estranho... Estou diferente
Não sei se por nascimento, morte ou ressurreição de alguma coisa em mim
Na verdade sei que o estranhamento é sinal de que algo está mexido
E que foi visto e experienciado de maneira transformadora
Então, melhor tentar manter a vida com estranheza
Quem sabe, desse modo, permaneça constante em mim o desejo de mudar

(Ewertton Nunes)











leer más...
Contador de visitas

Seguir

Inscreva-se

Coloque seu email aqui e receba as postagens desse blog:

Você vai receber um e-mail de confirmação

Nº de visitas

Contador de visitas
 
 

Diseñado por: Compartidísimo
Con imágenes de: Scrappingmar©

 
Ir Arriba