quinta-feira, 28 de abril de 2011

PODE BEBER... EU JÁ FILTREI.

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Eu começo este poema filtrando tudo
Uma enxurrada de sensações engolidas
Está tudo descendo misturado aqui dentro

Tudo o que eu queria dizer

Liquidificado com uma certa dor, decepção, arrependimento, amor, compreensão, incompreensão, ira, paixão, tristeza...

Passando por um processo lento de purificação
Não quero ferir mais ninguém com os estilhaços desta noite

Que se foi ao chão por inteiro
Ficando apenas pequenos pedaços de uma série de sentidos

Basta a ferida que se abre no meu peito toda vez que o egoísmo é lançado na minha frágil vidraça de crenças

E as marcas avermelhadas de uma carícia dada com força na face

Já aconteceram agressões demais à minha carcaça esperançosa de boas surpresas

Tenho que deixar o pensamento peneirar as cruas vontades que tenho

Separando razão e impulsos reais, pois sei nunca haver respeito ás minhas mágoas

Ainda que qualquer desabafo que faça no papel seja apenas para poupar os outros
não há entendimento para as minhas palavras

Muito menos para a minha consciência dolorida

Melhor não deixar correr através torneira desse filtro que há em mim, com sua força letal, o veneno que contaminou o meu sangue

E me pôs a agonizar mais uma noite

Num contorcer de febre que eleva o grau de fragilidades nas coisas cotidianas

Sem culpa sempre me matam

E eu devo morrer silencioso, segurando forte na honra dos que sabem quanto lutam por dentro

Tentando vencer o pior inimigo que há para qualquer um... O "Eu real"...

D... M... P... A... F... M... E... S... Q... S... M...

Agora pode beber da água limpa

Que eu já purifiquei na insônia da noite o que poderia ser ruim para qualquer organismo

Nada há nada que camadas sobrepostas de lágrimas, pensamentos e palavras não consigam filtrar

Se a minha sina é aceitar o mal que vem dos outros que eu pague então a sentença
Se fui criado para tolerar a natureza humana e perdoá-la pela sua pequena condição

Que seja feita a vontade do universo

É verdade que eu aprendi a filtrar a dor...

Só não sei ainda como eliminar as impurezas que se acumulam em mim
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quarta-feira, 27 de abril de 2011

TERMÔMETRO DA MINHA ALMA

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Muitas vezes eu me pergunto de que serve a bondade
Por isso eu não condeno ninguém por insanidades
Eu sei que do meu jeito também já cometi muitas atrocidades
Cada um tem o seu jeito de lidar com os seus limites
Uns invadem escolas atirando no mal que os seus olhos detectam
Outros apenas atiram palavras no mais profundo da pele de alguém
Eu ainda não tive coragem de fazer nenhuma coisa nem outra
Mas entendo que isso não me torna menos cruel do que nenhum suicida
Muitas vezes gostaria de extrair de mim a sensibilidade resgatada
Sinto que fiz tanto sacrifício para tê-la comigo novamente
Uma tentativa vã... Como ter reposto um órgão que não serve pra nada
Sei que as minha poesia é o termômetro da minha alma
Mede o quanto de vida ainda existe em mim
O que queima em febre com o calor do mal
E o que gela no mais intenso frescor do que é bom
E quando estou áspero como uma mão calejada
É porque a vida teve uma parada
Suspendendo a circulação dos meus desejos
Das minhas mais sinceras batalhas pelo melhor de mim
E somente golpes contra o espelho podem me reanimar
Somente um mergulho para a transparência do que sinto verdadeiramente
Pode me ajudar a não destruir todos os castelos que ainda são significantes para mim
É tão ruim sentar-se defronte a sua imagem e constatar que o que se vê é tão frágil
Perceber que todo o esforço que se faz contra a nossa natureza é solitário
Ninguém entende a importância do flagelo para a libertação
O sacrifício daquilo que nos impede de ir além
A violência como uma possibilidade de prosperidade também
Ninguém enxerga nada pelos olhos dos outros
Mas eu ainda insisto em ter olhos e um espírito generoso
Onde me levará a minha bondade?
A adaptação me colocará cada vez mais consciente de uma batalha isolada
Eu sempre me adequo ao mundo e nenhuma simples tentativa de fazer diferente vem me presentear
Eu abraço as necessidades dos outros como minhas, deixando as que me ardem engavetadas
E nem o amor parece generoso com o que em mim é vontade
Mas como disse, cada um tem a sua forma de tocar o limite
Uns colocam nas mãos armas
Outros bombas pelo corpo
Aos que apenas jogam fora tudo
Eu preciso atirar palavras e engolir silêncio
Uma forma de me sentir igual a todo mundo



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PACIÊNCIA

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Deus antes de me colocar na terra pensou quais virtudes seriam compatíveis com as histórias de vida que ele havia esboçado para mim. É isso, eu não me sinto vivendo algo acabado, mas um rabisco feito a lápis, como se não houvesse certeza do que se desejava escrever. Acho que sou sim um esboço de algo que não foi finalizado pela incerteza do que se pretendia dizer...
Mesmo assim, hipoteticamente, sinto que fez Ele uma escolha que não sei julgar ser acertada, colocou em mim uma única virtude: a paciência.
Como saber se isso é uma salvação ou uma sentença irremediável ao pior dos infernos, aquele que nos faz queimar em vida? Não sei, sei apenas que Deus me presentou com a paciência achando que com ela eu resolveria todo o resto.


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segunda-feira, 25 de abril de 2011

MILAGRES

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Não existe apenas um paraíso a ser alcançado






O paraíso na verdade é a projeção de uma série de coisas belas






Que deveriam gerar uma pluralidade de procuras




Eu acredito em "Milagres"




Por isso tenho sobrevoado "PARAÍSOS"




Almejar um paraíso apenas é pouco para o tamanho da eternidade que gostaria de viver




São tantas paisagens incríveis a serem projetadas para dentro




Que penso ter o corpo estreito demais para registrar tanta poesia




Ainda mais quando se está sendo carregado no bico pelo amor




Seguindo os encantos de uma "ave do mar"




Que ora se faz pássaro, ora peixe, ora se faz o humano mais perfeito aos meus olhos




Quem pensa que "o mar" é a mesma coisa




Não vai nunca saber que "a mar" é ver a todo instante a face renovada de um mesmo sentimento




O paraíso é mesmo uma experiência individual e intransferível





Mas viver "paraísos" a dois tendo a sensação de contemplá-lo por um par de olhos apenas




É ter um privilégio dentro de outro




O primeiro de se encontrar "paraísos"




E depois de partilhá-lo com quem se ama por uma perspectiva única




E há quem acredite que paraíso chega




Cai do céu ou o oposto disso




Mas eu que acredito na procura como a única porta de entrada para se ter qualquer coisa



Tenho conhecido vários paraísos para saber qual a melhor imagem quero projetar quando tiver que desenhar o meu




Uma coisa eu sei... Poder comentar sobre o sublime amplia o deslumbramento




Penso que Adão e Eva iriam me entender




Eu agora os entendo bem melhor




É muito bom pisar na perfeição tendo pousado nos ombros um pássaro lindo




Dessa forma eu consigo arquitetar melhor onde quero estar no fim de tudo






Em um lugar com rio-mar, pedras, muitos coqueiros e desenhos na areia






Sendo sobrevoado pela infinita força do amor






Unico e mais talentoso arquiteto de "paraísos"












..................................................................................................................................................................








"Enquanto eu acreditar no amor




Aceitarei a beleza como algo incapaz de controlar




Mas possível de se redescobrir






O amor é um milagre






Encontrar paraísos é um milagre




Tão essencial será ver o amor como se percebe as diferentes molduras do mar




Esse que parece tantos, mas não passa de uma nova possibilidade do mesmo encanto"








AMO TANTO VOCÊ ( E não preciso chegar ao fim para dizer isso todos os dias)



Afinal você é um milagre e eu acredito em MILAGRES!


Pensamentos após SÃO MIGUEL DOS MILAGRES/AL /ABRIL/2011















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domingo, 17 de abril de 2011

NÃO GOSTO!

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Tem um monte de coisa que eu não gosto mas sinto


"Mas se sente é porque gosta!"


Não é bem assim!


Eu não gosto de sentir raiva


Nem ciúmes, o que na verdade acontece sempre associado


Eu não gosto de ter medo


Quase nunca o tenho, mas não gosto quando acontece


Eu não gosto de me sentir idiota


Das coisas que não gosto essa é a que menos gosto


Torna-me uma pessoa ruim, destrutiva


Eu não gosto de lutar sozinho


Seja pelo bem ou pelo mal


Não gosto de rúcula e nunca vou gostar


Não gosto de futebol, na verdade já tentei gostar


Mas hoje eu odeio!


Acho que é a única coisa que eu odeio


Não gosto de ter caláfrios de mal estar fisico, emocional


Ou seja qual for a natureza


Não gosto de obviedades


Não gosto de mensagens de ex-amantes, namorados, amigos íntimos


Não gosto de intimidade que roube a minha


Não gosto de me incomodar com olhares curiosos


E se vierem com atração física aí é que não gosto mesmo


Não gosto de pensar que tive amigos que não são mais


Não gosto dos "fracassos" do passado


Não gosto de assumir que não gosto de um monte de coisas...


Não gosto!




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sábado, 16 de abril de 2011

SEU REGRESSO

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Eu sou a sua visão quando regressa de viagem

Depois dos vôos que faz por curiosidade

A fotografia estática que se contrapõe às paisagens efêmeras

Sou o seu olhar quando volta ao ponto de partida

Ao começo de uma percurso que não deveria buscar

Sou de toda coerência o desconhecido avesso

A razão que abandona a lógica para poder sonhar

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

A POESIA ME ENCONTRA

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Eu não posso perder aquilo que me encontra




E que nunca saberei exatamente onde está




Não posso deixar de ter poesia




Se você me traz todo dia um novo encanto ao olhar




Desculpas as minhas palavras mais doloridas




Elas são um grito que a dor rebate para não sangrar sozinho


É que por vezes me fere a cabeça com golpes de pensamento


E despejo como carícias fortes o meu intenso amor


Mas nunca deixe a dúvida transformar os teus olhos


Nada além de amor existe quando os versos usam o meu corpo para falar


Os maiores sentimentos às vezes confundem as coisas


E passam a deferir peso quando o real desejo é tão somente acariciar


Por isso mesmo entenda que não perdi a poesia que insiste em me encontrar


Ela é a minha perdição...


Neste instante da minha alma, todas as páginas talhadas, possuem o teu nome O cheiro da tua pele...


A essência de todo o prazer e confusão que viver com você me inspira


Ainda que eu não tenha aprendido a controlar o poder que fala por minhas mãos


Tenha a plena certeza de que quando a poesia se for eu não hei de aqui ficar


Sinta em toda a esfera que me reveste como uma roupa reluzente de vida


Que você é o meu complexo e imperfeito ideal motivo de escrever diferentes nuances de felicidade


Mesmo quando essa felicidade ganha um agridoce sabor de desabafo


A minha poesia existe!


E se mostra feliz quando reafirma a capacidade que você possui de me fazer sonhar.
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REGRESSO ALADO

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Há muito não sonho com vôos

Passeios entre nuvens

Corpo suspenso sem gravidade

Sem peso algum de pensamento

Mas às minhas noites retornam os cavalos alados

A me carregar pelos céus

Seguindo a extensão do mar que se faz espelho à luz do luar

Quando criança os pés não encostava no chão

E as mãos não alcançavam realidades

Era sempre um decolar em vôos rasantes

A passar mais tempo morando na lua do que em casa

Distante de qualquer jugamento ou invasão ao meu estado de fantasia permanente


Acordei triste por ver crescer o que há de terreno em mim

E passei a calçar pesadas sandálias de maturidade

De uma lucidez que não entendi ainda para que serve

Quando a incompreensão se torna tamanha

Eu simplesmente durmo...

Por vezes um sonho agoniado

Impossível de lembrar a sua existência incerteza de ainda poder sonhar...

Agora sinto a perplexidade da surpresa de boas visitas

Regressam os cavalos alados

Ainda tão belos e dóceis como a lembrança que deixaram

Os mesmos que debandaram quando cresci

Tão rápido que nem pude ver para qual direção

É bom sentir que algo nosso volta...

Que um dia regressa...

Nos fazendo sentir a indiscritível leveza de ser pequeno e inocente novamente
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