sábado, 30 de março de 2013

SOBRE PÁSSAROS, CAVALOS E LIBERDADES

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Talvez tenha chegado o tempo de aprender sobre liberdades
Falo "liberdades" por acreditar que ser livre é uma condição plural
Quero aprender como levar algo para dentro de mim que dance sem "AMARras"
Pleno e leve como um pássaro aprisionado no céu
Porque afinal de contas, o céu também tem fronteiras
E o meu corpo não seria uma prisão para qualquer sentimento?
De fato pele é algo fronteiriço
Que se encerra na sua dimensão mortal
Quem sabe seja no espírito que voe essa liberdade
Como na dimensão invisível do espaço
Que não tem fins paupáveis
Sinto que é chegado o tempo
De enteder sobre libertAÇÃO
Ou no caminho contrário da palavra, aprender sobre a AÇÃO LIBERTA
Liberdade de vidas que são aspiradas para dentro
Roubadas da respiração diária das paixões
Que tende a seguir o caminho comum
Daqueles que se arriscam em buscar no outro um pouco mais de si
E que nunca se confunda a ampliação do terrítório
Com o espaço para a libertinagem ser semeada
Manuel Bandeira entenderia o medo de tal confusão
Sei que todo ato libertador é arriscado
Ainda mais quando se quer chegar a um amor consistente
Há que se pensar que amor e liberdade são antagônicos
O desafio é irmaná-los... Torná-los sinônimos
E é justamente aí que sinto que é chegado o tempo
De provar para quem projetou o coração
Que liberdade , por mais controverso que pareça, é um cavalo domável
Pode correr pelos campos, mas sem nunca esquecer do cavaleiroa
Pássaros e cavalos selvagens só precisam correr
Por céus e campos que pareçam outros
Mesmo que por ilusão
Afinal, céus e campos são feitos da mesma natureza
Sinto que hoje quero trocar liberdades
E criar um espaço sem limites dentro desse universo que sou
Para que todas e quaisquer froteiras também possam desaparecer

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sábado, 23 de março de 2013

ADEUS A UMA AVE SELVAGEM

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O que acontece quando se tenta aprisionar uma ave selvagem...

Que possui instintos maiores do que qualquer entendimento?

Corre-se o risco de aprisionar naturezas

Ainda que as gaiolas criadas por você sejam feitas dos melhores sentimentos
Dos mais nobres motivos...

Por detrás de toda proteção em demasia

De toda necessidade de contemplação isolada da beleza

Há a sombra de um egoísmo

Que se esconde tão bem nas frestas do amor, da dedicação...

É quase invisível o mal intrínseco em toda benevolência

O fato é que cedo ou tarde você precisa fazer uma escolha

Ou deixa que a natureza dos pássaros selvagens seja a regente do destino deles

Ou você continua aprisinando até que eles se percam, definhem no caminho ilusório do seu amor

Esse é um poema feito em despedida

As aves chegam, pousam em nosso ombro...

Encantam-nos com a sua liberdade...

Mas precisam retornar ao primitivo ancestral da sua gênese

Quero apenas que leve em seu bico esses últimos versos

Tão cheios ainda de esperanças desnecessárias

De acúmulos e viagens lindas por tuas asas

É chegado o tempo de te ver sumir no horizonte

De olhar para o céu e enxergar apenas revoadas

Porque todos os pássaros juntos são iguais

Um conjunto belo, porém, sem individualidades...

E eu amo seres vivos que me deslumbram por seu voo único

Todo último poema à memória de algo tem sempre um tom triste de partida

Quase fúnebre, doloridamente silencioso...

Os meus olhos passarão um tempo sem procurar no céu

A imagem de um momento refletido em nuvens

Sem querer nada além da paz que existe num horizonte aberto

Quem sabe um dia um pássaro qualquer pode pousar em minha janela

E sentir alegria ao me ver dormir

Nesse instante eu também sentirei o som novo de um canto

Um espanto doce de ser observado

Por quem hesita em se aproximar dos homens

E dessa vez eu não criarei gaiolas

Muito menos armadilhas para beija-flores

Deixarei apenas que venha quando a minha janela for a que melhor
A que mais se enfeita e alegra para receber visitas inesperadas...

Infelizmente, assim como os pássaros, os poetas não conseguem viver sem pouso seguro

E tão logo esse poema de despedida se encerre

Um novo tempo para as aves e os sonhos começará

E eu não mais sentirei a presença de um passado

Que me pegava pelo bico e me fazia horas feliz

Noutras horas a confusão sem controle

Tudo ficará longe... Como a ave que some...

Que fica pequena, até não ser nem mesmo um ponto nas cores de um entardecer

Para mim toda história começa e termina com palavras

Elas são a areia que jogo para cobrir o que morreu ou deve morrer

Pássaros... Passararão

Então, vou adormecer agora...

Para quem sabe amanhã ter alguma surpresa cantando na minha janela.
Uma ave que queira aproximar a sua natureza selvagem
Da minha natureza...
 
Essa que está aprendendo a respeitar... Deixar partir...
 
O que de fato nunca nos pertenceu



 
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sexta-feira, 15 de março de 2013

VERSOS CORTANTES

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Perdoa-me por te ferir profundamente
Essa é a única arma que tenho para matar o que me faz mal
Outras armas derramariam muito sangue
E a hemorragia que quero é interna
Nos órgãos mais sensíveis e na consciência
Feridas externas cicatrizam
As que sangram por dentro
Ou nos matam de vez, ou nos ensinam a valorizar o melhor
Se te apunhá-lo no peito com as minhas palavras
É por incompreender motivos de partida
Não assimilar escolhas pobres
E a desistência de histórias plenas
Enquanto eu sangrar, nos teus olhos há de espirrar o vermelho
Se a minha paz não chegar
A tua não poderá se antecipar à minha
Continuarei usando as armas que tiver em mãos
Já que não tens humildade para resgastes
Muito menos para salvações
Não desfrutará um dia sequer da minha ausência
Ainda que na memória
Ouvirá o ecoar desses versos agressivos
De palavras cheias de vidro
Preparadas para cortar
O melhor de mim só aguarda um pedido
Um chamado, um reconhecimento...
Um perdão sincero
Mas enquanto você vai brincando de me esquecer em qualquer corpo
Em cada um diferente todos os dias
Explorando o vazio que fica depois da cama
Eu continuo sangrando papéis
A minha dor não pode existir sozinha

Ewertton Nunes

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PROMÍSCUA IDADE

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PROMISCUIDADE
PROMISCUA IDADE
QUE VAI DO COMEÇO DA PUBERDADE ATÉ QUANDO?
ATÉ QUE SE ESGOTE A LISTA?
QUE SE ACABEM OS GRATUITOS DA PISTA?
ATÉ QUANDO O SEXO EXISTA?
E O LIMITE?
ELE EXISTE?
A LIBIDO SE ENCERRA?
OU SOMENTE QUANDO O CORPO SE ENTERRA?
QUANDO A VIDA DER AINDA MAIS INDÍCIOS?
SEXO É DESEJO OU É VÍCIO PARA IDADES AVANÇADAS?
NESSA IDADE VALE MAIS O TUDO?
OU O NADA?
OU O QUE VIER É MUITO?
IDADE PROMÍSCUA
QUE NÃO CESSA A PROCURA
A PREENCHER AS LACUNAS
QUE OS HOMENS MESMO CRIAM PARA SI
PROMISCUIDADE É CARÊNCIA OU SOLIDÃO?
INCAPACIDADE DE USAR A PRÓPRIA MÃO
PARA PERMANECER FIEL A UM SÓ?
SEXO É SEDE OU FOME
SERÁ ALGUMA COISA QUE AINDA NÃO TEM NOME?
SER PROMÍSCUO É UMA VIRTUDE DO HOMEM?
SER PROMÍSCUO É UMA VIRTUDE DO HOMEM?
OU SERIA O SEU PIOR DEFEITO
NÃO TEM DE FATO JEITO
ESSE DESCONTROLE ANIMAL
QUE TRANSFORMA TODO HOMEM “MORAL”
NA IMORALIDADE BÍPEDE ENTRE QUATRO PAREDES
EM QUE IDADE ADORMECE A PROMISCUIDADE?
ELA VAI INTEIRA OU DEIXA SUA METADE?
VAI-SE DE VERDADE
OU NUNCA A DEIXARÃO PARTIR?
NUNCA AMARÁ DE VERDADE O HOMEM DO SEXO?
VIVERÁ SEMPRE RELAÇÕES SEM NEXO
TRAZENDO NOVOS CORPOS PARA SEUS TETOS
VIVERÁ SEMPRE ENCONTROS FEITOS DE TESÃO E NADA MAIS?
MAS A SOLIDÃO PEDE CARONA NA ESTRADA
E QUEM USA TUDO O TEMPO TODO
ACABA COM O ESTOQUE QUE TEM
NOVES FORA É VIDA SEM
SEM NADA DE VALOR REAL
PROMÍSCUA IDADE NÃO LEVA EM CONTA
SENTIMENTOS OU VIDA PRONTA
ESTÁ SEMPRE A PROCURAR
ATÉ QUANDO?
ATÉ QUE IDADE A VIDA É PROMÍCUA?
OH! PROMISCUIDADE!
QUANDO SE APOSENTA?
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