sábado, 29 de dezembro de 2012

SORRISOS DE FOTOGRAFIA

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Tenho forjado sorrisos de fotografia
A tristeza dos olhos encolhida por detrás de óculos escuros
A água dos rios me lembra você
As paisagens tem o seu jeito
Qualquer viagem traz a sua essência
Você que me ensinou a voar
Te vejo nos pássaros
Na cachoeira que desliza pelas pedras
Te sinto na minha solidão
No beijo dado nas ruas
Nessa saudade que remexe minha memória
Procurando não sei o quê...
As fotografias não captam meu verdadeiro estado interior
Nem a estrada me distancia de você
Em todo lugar
Nas canções que me encontram nas ruas
Na noite que chega sem a sua companhia
Tenho forjado alegria
Para não afastar minhas ilusões
Nem mesmo desencorajar o meu amor
Falta você aqui comigo
Só serei uma fotografia sincera
Se comigo você sempre for...
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FLOR NO ASFALTO

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Será que essa flor sente alguma alegria em meio ao asfalto?
Será que sente saudade de algo?
Será que algum dia pensou em desistir de ser flor?
Será ela entende a sua beleza?
Será que já amou?
Será que se sentiu amada?
Será que uma flor sozinha na estrada tem perfume?
Será que essa flor do asfalto sonha?
Será sente felicidade com o vento?
Será que sente o tempo passar?
Será que algum dia foi deixada por outra flor?
Será que o asfalto é uma boa companhia?
Será que é vida a vida de uma flor sozinha?
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

É HORA DE PART.IR

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É chegada a hora de ir
Ou seria fugir...
No fundo as duas coisas apontam para o mesmo sentido
Foi bom o tempo que aqui estive
Com vocês, sem vocês, comigo e sem mim...
Mas dizem que a gente de uma forma ou de outra sempre volta
Seja como uma flor, um pássaro ou até mesmo na condição pior:
-Volta como gente!
Acho que todos os homens deveriam voltar como formigas
Para verem o mundo pela perspectiva menor
Dos que precisam vivar juntos
Criar defesas e forças absurdas
E um dia sem mais nem mesmo ser pisado
Sem nem mesmo ter feito nada pra ninguém
-Talvez como formigas houvesse maior chance para todos.
Falo da chance de ser realmente criatura da natureza
Com propósito e capacidade de ver o mundo grandioso como ele é.
Eu vou porque a minha carcaça
Isso que sou quando na vida me encontro triste
Precisa descansar...
Precisa do Deus que existe por aí
Na natureza das coisas
Não na dos homens, esse já sucumbiu há muito tempo
Dizem por aí que de uma forma ou de outra a gente sempre volta
Eu queria voltar não como ser
Mas como sentir
Quem sabe eu não volte como pensamento
E quem sabe eu fique
E nunca mais tenha que partir.


EWERTTON NUNES


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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

VEM BUSCAR A SAUDADE

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Ei! Você esqueceu toda saudade comigo
Não sei se darei conta dela sozinho
Por isso reparto na mesa com amigos
Essa saudade que está na casa toda
E até nas ruas transborda
Tenho dado de esmola pra mendigos
E até para as crianças nos semáforos
Já não tenho braços para carregar
Se quiser envio pelo correio
Se caber num e-mail posso enviar
Vou jogar um pouco no mar como oferenda
E para os pombos nas praças
Na estrada em viagem deixarei nas estações
Esquecer algum bocado nos poemas que escrevo
Já tentei jogar na privada do banheiro
Deixar escorrer com a água da chuveiro
Abandonar num terreno baldio
Já tentei de tudo...
Só não dá pra cuidar sozinho dessa saudade
Que incomoda e não deixa ninguém dormir
Os vizinhos tem reclamado o volume dos gritos
E dos passos noturnos no piso de madeira
Não é justo que tenha ficado sem nenhuma parte
Eu sei faz parte dessa partilha
Mas se tiver sentindo falta
Vem buscar essa saudade
Que por mais que eu distribua não para de parir
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OS PLANOS TODOS

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Não vista essas desculpas esfarrapadas
Que o armário está cheio de bons motivos de cetim
Apare essas culpas cabeludas e descuidadas
Faça essa raiva mal-feita que lhe cobre o rosto
Vê os planos todos que lavei na pia
E estendi para secar no desejo livre que sopra
Estão todos alvos de verdades alvejantes
Embrulha todo essa natureza estragada que a validade venceu
E eu vou ajudar a jogar na lixeira
Forra esse drama ao levantar
Abotoa essa vida para melhorar a aparência
Apaga a luz da saudade que deixou acesa
Economiza nostalgia que a conta está cara
Pinta esse amor de vermelho
Que a maresia já corroeu
Varre a ilusão antes de sair
Que a poeira do adeus sopra da praia
Assume os teus brancos apelos
Fecha a janela que tem paixão querendo roubar
Espreitando os descuidos, os vacilos
E não esqueça o coração que preparei pro almoço
Volte cedo, passe na padaria e traga sonhos
Que estou cansado de jantar desgostos

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

ENSAIO PARA UM ADEUS

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ENSAIO PARA UM ADEUS...

 

 

 

        Hoje sinto a necessidade de dizer um tanto de coisas que talvez não façam sentido no tempo que virá. Há quase três anos, mais precisamente três natais eu tive um encontro inesperado com alguém que tem a capacidade de motivar todos à sua volta para lutas que parecem perdidas... E é por isso mesmo que luto agora acreditando que esse é um bom momento para pôr em prática aquilo que é tão pregado.

        Nesse tempo fiz um vôo de autoconhecimento por sobre essa extensão daquilo que sou. Eu que sempre temi mergulhos em águas desconhecidas, deixei o amar me cobrir por inteiro. Eu de fato tinha medo do amor como tenho do mar, porque ambos podem nos inundar. Mas isso acontece com quem deseja que as coisas sejam iguais, leves, boas e seguras para sempre. Eu que sabia que fatalmente amaria demais, amei...

        Foi nesse encontro que eu conheci e reconheci pessoas muito especiais, com as quais eu aprendi a dividir momentos sempre renovados. Essas pessoas tentam mander a ordem das melhores coisas que nos traz a vida seguindo a palavra de Deus. Tão difícil palavra de seguir. Principalmente no que diz respeito ao amor verdadeiro ao próximo.

        Sei que fui abraçado por todos, porque sou de abraçar também. Quem vive para ser melhor todos os dias e luta para manter o mundo um lugar melhor também se reconhece e acaba por criar uma pequena aldeia. Infelizmente alguns chegam na  vida da gente e não possuem a coragem de permanecer... Eu que não sei quanto tempo terei todos os que aprendi amar ao alcance da minha visão, essa que é limitada e de território menor do que o do coração e da memória, ensaio a minha partida.

        Se os nossos desejos fossem o suficiente para nos fazer ficar, eu os teria pela vida toda, afinal, eu tenho fôlego e amor para ficar dessa forma ao lado de alguém. Porém, somos homens e para nós vida=escolhas. E quase sempre escolhemos a incerteza, a procura, a fuga, o abandono. Parece mais fácil jogar do que reconstruir. O que é irônico, uma vez que pensamos ser a paz, a felicidade, o amor a principal razão de existir. Gostaria que soubessem que acredito na capacidade de cada “sub-família” que compõe essa grande família. Eu creio no proósito do amor, da tolerância, do respeito, da reconstrução diária, do perdão e acima de tudo, acredito no exercício real da partilha.

        Faço um último pedido, exercitem o perdão com total desprendimento das memórias que nos magoaram, os erros precisam ir, se ficarem serão outro erro. Abracem ainda que a vontade seja contrária, um abraço salva! Mas quem sou eu pra ensinar a cristãos àquilo que lhes deve ser natrural? Nesse momento eu não posso deixar de dizer o que sinto que pode ser a salvação de tudo o que é realmente importante para nós mortais que vivemos em coletividade e temos que suportar uns aos outros.

As escolhas de outros muitas vezes não são as nossas e cabe aos outros que nos perdem nos resgatarem a tempo. Complexo? Acredito que não, nós seres falíveis nos entendemos em nossa complexidade.

         Deixo um simples apelo: nunca deixem de olhar verdadeiramente o outro, o próximo que está mais próximo de cada um de vocês. De reconhecer o quanto ele é bom, ainda que às vezes os tropeços aconteçam. E mesmo aquilo que chegar com textura incômoda traz amor, é real. No fim das contas amor é um punhado de coisas boas e ruins, leves e pesadas, mansas e revoltas. Não sei quanto tempo terei vocês ao alcance da minha visão, não sei se o resgate chegará a tempo... Nem sei se ele chegará. Para salvar é preciso humildade que às vezes a gente só tem em discursos e com desconhecidos. E independentemente de qualquer seja o destino nunca esqueçam que são as nossas escolhas que determinam o nosso amanhã e que todo dia a gente escolha nunca perder o que realmente importa para o resto do nosso tempo.

 

 

Ewertton Nunes (em despedida)
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QUEM SABE, UM SAMBA DE RESGATE

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Cortinas de solidão
Não deixam a luz entrar no quarto escuro do meu coração
Saudade é poeira de chuva "ventada" nos olhos
E faz lágrima correr
Fiz um samba sem SOL
E com DÓ de mim
LÁ se foi a alegria
Quando a gente canta só
É porque algo chegou ao fim

Ai! Sina triste de buscar o amor
Diga qual o caminho certo quem o encontrou
e mais do que chegar
Conte para um pobre sonhador
Como fazer para ele não nos deixar...

Por que o amor foi embora?
Não sei, escorreu por entre desculpas
Não sei o motivo
Desconheço a culpa
Acordou disposto a partir
Sem levar nem consideração
Vai lá entender a loucura dos que fogem
Quem vai julgar os insanos sem razão?

É o amor foi embora
Ele foi e não sabe voltar
Perder egoísmos enfraquece
Aquele que desaprendeu a resgatar
Reconhecer a importância
É pobreza para alguns
Melhor ser rico sem ignorância
a perder desejos em comum

Quem sabe um samba me resgate
E te faça voltar
O amor é cadência
É estrela ascendente
Que só cai se a gente deixar
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domingo, 23 de dezembro de 2012

DE REGISTROS E AGENDAS

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Eu que aprendi sobre os registros
Esqueci de registrar como é viver em ausências
Eu conheci agendas...
Esqueci de programar o dia de partir
Sinto falta das burocracias particulares
Dos mesmos bons hábitos que se repetem
Que deixam a vida com uma rotina especial
Eu que respirava com felicidade as palavras de ordem
E as idiossincrasias de uma natureza rústica
Vejo a sensação estranha de buscar outras alegrias
Eu que saboreava todos os direitos bradados por sua alma
Vejo-me privado do direito mais urgente que tenho
O de viver onde sinto felicidade
Como o podemos derramar um copo cheio de boa água
Vivendo num mundo onde há tanta sede
E muitos bebem lama
Tantos querendo um encontro especial para a vida inteira
E outros abandonando corações entregues a amores e verdades
Eu ainda preciso registrar muita coisa sem sentido
Para tentar compreender em que momento se acaba a procura humana
Em que instante se decide deixar de olhar somente para si
E enxergar a vida de outros querem nos dar
Logo todo mundo deve ter as respostas
Porque a existência nos dá ultimatos
E quase nunca dá tempo da gente agendar
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MÚSICA DE VENTO

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O vento que chega vindo do mar
Traz a brisa da saudade
De todo o amor naufragado
Que um dia nos navegou
Deixa o coração temperado
E a lembrança do gosto salgado
De uma vida que o mar levou

Leva mar, leva o amor...
Porque tempo é areia que já passou
Leva mar, leva a saudade
Leva meu coração
Leva tudo, leva embora
Deixa apenas a solidão

Quero música de vento
Feita com saudade e acordes de maresia
Ter da vida o deslumbramento
E a quietude que suaviza pelos dias
Quero a vida a soprar tudo
Para onde não se procure o amor
Ser lançado em contratempo
Para tirar beleza do sofrimento
E esquecer que a saudade me naufragou



(Uns versos para EVERSON- Ele que É o VERSO em forma de SON ) rs
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sábado, 22 de dezembro de 2012

ESTOU EM CASA

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E de repente a pele voltou a sentir o toque do vento
Até o calafrio era tranquilo e bom
E a vida tinha toda a minha atenção
Logo a poesia voltou
Atendeu a porta quando bati
O mar tomava o meu olhar com total liberdade
Esse corpo era seu sem restrições
Sem medos, sem fugas
Tão sem pretensões eu estava
Que as minhas mãos redescobriram o caminho de volta à palavra
E a surpresa era mansa
Que mágico é sentir a tarde vazia
E a noite com ausências não é tão má
De repente as escolhas me regressaram
E as bagagens que trouxe eram leves
O que nunca foi meu ficou onde quis
E eu que nunca pertenci àquele lugar
Diversas vezes expulso do "paraíso"
Estou em casa...
Sentindo uma dormência sutil na alma
Como quando a angústia passa
E a gente percebe que a morte
Fez parte de um sonho inquieto
Recorrente de todos os desejos que jogamos no inconsciente
E que a vida não possui competência para realizar
De repente a pele voltou a sentir o vento
E eu a me sentir dentro de mim
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REPOvoaR

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O mundo não chegou ao fim
Mas algo findou
No dia em que a sorte me deu uma bicicleta
O destino me tomou o amor
De um só vez perdas e ganhos
Alegrias e a retirada de sonhos
Por um lado ganho a liberdade
No outro lado perco a partilha
Volto ao IN
Enquanto o DIVIDUO vai embora
Afinal, onde o equilíbrio de fato acontece?
Se o mundo tivesse a mesma capacidade do homem
E num acesso súbito, realmente pussesse um ponto final
Talvez eu tivesse ganho a oportunidade de não perder coisas
Eu não teria ganho uma bicicleta
Nem perdido o amor
Mas espera... Eu perdi o amor?
Não. Ele de fato está aqui e permanecerá
O outro é que me perdeu
E se perdeu sem perceber
E eu sei que outro igual a mim nunca ganhará
Porque a sorte ela acontece como um milagre
Ou como um meteoro vindo para destruir tudo
Por outra perspectiva,
Se o fim não fosse uma realidade
Eu não teria a chance de ganhar outras que estão por vir...
É... O mundo não acabou
Mas eu sim
Mas não devo acabar
Porque assim é todo apocalipse
Primeiro tudo se destrói
Para em seguida recomeçar
Chegou o fim do meu mundo
Então é hora de me "REPO-voaR"
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

DITA

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A natureza humana dita
Às vezes bendita
Muitas vezes maldita
Irremediavelmente dita
Por isso mesmo desdita
É essa natureza a maestrina
Orquestrando o homem às suas sinas
E como uma mãe sem tolerância
Uma esposa desmedida
É a esravidão sem alforria
A dita natureza humana grita
E abaixamos nossas cabeças
Ela escreve a vida
E a gente segue a sua escrita


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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

EU VI A LIBERDADE

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Eu vi a liberdade
E ela era de fato mulher
Mas não uma apenas
Era  a força de muitas mulheres reunidas
O encontro de várias histórias de sentença
De  particulares olhares sobre a vida
De belezas que afloravam
De felicidades que estavam adormecidas
A liberdade cantava, girava, dizia palavras que não eram suas
Mas que em sua boca se tornavam um desejo comum
A liberdade estava nas mãos e com ela se fizeram melodias
Ritmo e compasso no descompasso de destinos mediados pela justiça
A liberdade abraçou a esperança sem mágoas
Sem pensar no segundo seguinte
Porque a liberdade tem vida curta para alguns
E os pensamentos podem antecipar o fim
Por isso ela preferiu não pensar
E se entregou de forma desmedida
À poesia sem correntes
Sem cadeados, sem limites...
As celas ganharam flores
E o cárcere ganhou mais espaço
Ecos de vozes que cantaram unidas
Assim é a liberdade
A possibilidade mais fugaz que existe
É uma gota de açucar a suavizar
O gosto amargo de vidas contidas



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