segunda-feira, 31 de outubro de 2011

TEMPORALIDADE

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Temporal que a idade desaba sobre nós
Tudo fica à mercê dessa chuva forte que são os anos
Molhada fica a pele, pois, tudo é dilúvio vindo do céu...
A gente sente tudo e tanto ao ponto de pensar que não sente coisa alguma
Eu gosto da sensação de chuva no telhado
Por isso gosto dos temporais que não nos devastam
Quando eles cessam surge um pássaro com galhos secos no bico
E a gente entende que os anos nos ensinam muito
Inclusive a permanecer seguro quando o céu desabar...
..........................................................................

Hoje o meu céu amanheceu claro e com nuvens espassas
Hoje eu acordei com o beijo do sol entrando pela janela
Sinal de que bons tempos vão chegar...
(EWERTTON NUNES)Ver mais
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domingo, 30 de outubro de 2011

UMA XÍCARA DE POEMA ANTES DE ADORMECER

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Estou preparando mais uma xícara de poema antes de adormecer
Esse é um poema quente ainda com vapor de euforia
Somente alguns goles dos mais intensos versos me fazem repousar tranquilo
Um poema preparado com leves sentimentos, acalenta os meus pensamentos
Expectora-me, descongestionando o acúmulo de paixões que carrego na carne... Deixando respirar sem dificuldades o meu espírito
Coloquei para apurar toda a saudade que sinto hoje, o cansaço bom do corpo, a alegria das poucas realizações...
Bebo agora, em goles, mais um dia
Que foi adocicado pela certeza de um amor que logo regressará
Que poema mais saboroso... Quase me queima os lábios
Prefiro-o assim: com um calor necessário para ter significado
Já sinto como se esse poema me colocasse na cama
O seu cheiro sinto forte na fumaça que se dissipa
É como se o sabor desse poema tomasse a mim e ao quarto ao mesmo tempo
Deixando brancas as paredes fora e dentro desse eu que bebe vagarosamente...
E também essa ausência branca que abandona a realidade
Um poema degustado antes de adormecer
Absorve as sensações ruins que não se pode levar ao fechar dos olhos
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sábado, 29 de outubro de 2011

QUE REGRESSE...

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Tenho esperado que o amor regresse
Que pouse nos meus ombros com alegria
E cante nos meus ouvidos as andanças por terras distantes
Fico aqui empurrando os dias... Hoje tão pesados quanto os anos
Revisto-me de poesia para suportar o tempo
E vou conversando com as minhas convicções enquanto espero
Chegamos à conclusão de que é bom quando sentimos a falta do amor
Sinal de que ele existe, não é uma invenção da nossa vaidade
Essa sensação de andar com apenas uma das pernas
De ter o coração preso entre cordas firmes
a certeza do "AVIDAR "
Essa mania de ter a vida regida pelo amor, da mesma forma imprescidível que é regida pelo ar
Traz-me essa sensação de estar alerta ao céu
É de lá que o amor regressa
E por entre as nuvens que ele voltará
(EWERTTON NUNES)
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COM (A) SAUDADE!

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Dormir com saudade é mais ou menos como dormir com fome...
Necessidades tão parecidas que não se amenizam... São apenas adiadas
Um corpo sem comida reclama
... Uma alma com saudade também ronca
Clarice já disse que é preciso comer a presença
Eu diria que nem mesmo a presença sacia quem ama apaixonadamente
Seria preciso que o outro habitasse inteiramente dentro de nós
E estivesse sempre servido na mesa insaciável do nosso querer
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

IN.DEPENDÊNCIA

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A independência do corpo vale de alguma coisa quando temos a alma dependente?
Independência é para mim a capacidade íntima de depender de algo para estar pleno
Um corpo liberto regido por uma alma entregue é um corpo perdido...
E perdição nesse sentido, é a sublime condição da entrega
Apesar de às vezes caracterizar a falta de rumo preciso e felicidade límpida
Depender independe... No meu ponto de vista particular não existe uma independência real
Somos regidos por essa IN.dependência que nos faz partir de dentro para fora
Sempre a procura de estar dependente de algo que nos traga tranquilidade
Ainda que o meu corpo vague por aí revestido numa pseudo liberdade
O meu INterior fica preso na lembrança maior do meu presente
E penso eu que dessa forma não quero a liberdade
Por estar IN.DEPENDENTE desse contentamento que sinto agora
É muito mais compensador
Nesse estado de deslubramento, dependência e independência, são a mesma coisa.
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A FLOR ABERTA E A FLOR FECHADA

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Existe em cada flor uma dimensão de beleza
A flor fechada é o início de um aflorar
É onde se vê todo o potencial de um botão
... É a beleza presa em uma timidez sem pretensão
Há tanta ingenuidade numa flor fechada quanto numa alma recém tocada pela vida
A flor fechada é dotada de um encantamento sem ruídos
Silenciosa a flor que ainda não aflorou conquista o mundo
........................................
A flor aberta nos arrebata sem imposição
Ela é a beleza pronta para ser o que nasceu para ser
Há em uma flor aberta a desinibição das virtudes
O perfume é uma ideia intrínseca da sua forma
Que entra mais pelos olhos e pela pele
Uma flor aberta diz menos ao olfato e mais ao espírito
Descobri que amo as flores
As amo porque elas simplesmente são
E ninguém as julga por isso
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REENCONTRANDO O CAMINHO

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Eu havia desaprendido o caminho que leva ao poema
Mas a saudade me viu tatear no escuro
Procurando a luz que me permite o verso
A saudade pegou a minha mão
Levou-me de volta ao mundo encoberto das sensações que não calam...
Escrever é única forma que eu tenho de me encontrar
Ainda que eu vague perdido e machucado
Mesmo que eu não visualize salvação
O poema me encontra
Pois um amigo de verdade conhece outro
E nunca o deixa "se" esquecer...
Eu deixei como testamento os acessos a mim
Para assegurar que quando eu achasse que não sabia mais o caminho
A saudade, minha herdeira maior, viesse me socorrer
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CONHECENDO ESTRELAS

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Preciso aproveitar o instante que tenho o coração leve
E os ossos cheios de ar para conhecer as estrelas
Elas que adornam a noite como brilhantes no colo de uma bela mulher
Eu que sempre quis voar
Aprendi que o céu nos encontra no momento certo...
O impossível é uma dimensão falida
Quando temos a alma inebriada
Pela suavidade de uma brisa de paz
A existência passa de suposição a fato consumado
Preciso ir longe para ver tudo distante
E perceber assim que os problemas viram poeira estelar
Que podemos soprar para o universo conduzir
Preciso manter esterelizados os meus olhos
Que hoje se enternecem com a simples realidade de uma flor aberta
Vou aproveitar esse instante de gravidade sem agravantes
Para ficar suspenso fora de mim
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

QUANDO HÁ AMOR

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O amor é a formação de um grito
A erupção anunciada de um vulcão
É a essência melhor de um coração aflito
A mais completa melodia de uma canção
É como sentir o mormaço que antecede a chuva
A fome que surge do cansaço
É a fadiga que chega depois da luta
Da nudez o total desembaraço
O amor é quando o mar puxa para dentro
E com a onda devasta o que tiver à margem
Essa ansiedade que nos empurra
O melhor pretexto para se fazer viagem
A coisa mais difícil de sair da boca
Por precisar de enorme certeza
O amor é a coisa mais fundamental da vida
E a mais complexa de toda a natureza
Quando surge nos faz pensar em esquecer tudo
Querendo o nada para melhor se ampliar
Só um verdadeiro amor mata
Somente um legítimo sentimento pode ressuscitar. (EWERTTON NUNES)
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

ParticulAR

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Usa a minha pele como um casaco
Cobre-se de mim para não sentir incômodo algum
Quero-te tranquilo sempre
Meus sentimentos mais idealizados são retalhos com os quais
faço um cobertor com texturas amaciadas e cores vívidas
Desejo-te transitando como um sonâmbulo
Embriagado pela forma clariceana de ser
Simplesmente indo... Entregue ao abandono de sonhar
Acreditando que acordar é um engano que não precisamos viver
Envolver-te pelas minhas palavras vagas
Que pouco dizem do que eu tenho por dentro
Deixar-te enternecido pela minha mão suavemente todos os dias
Retira essa camada que me reveste
Ela só faz sentido se te aquecer
Os meus pensamentos são servis aos teus detalhes
Aos teus mais generosos interesses
Usa cada PARTICULA de AR que sopro em sua direção
E toma-me para o seu PARTICULAR deleite
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

BEIJO VINDO DE LONGE

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Hoje senti a força de um beijo na boca dado à distância...




consegui tatear suavemente por todas as sensações que ele trouxe




Rememorar um beijo é tão desconcertante quanto a sua realidade




Ainda mais quando ele ultrapassa o tempo, o espaço, o físico...




O sensorial de um beijo na boca enviado de longe...




Desfalece-me, embriaga-me, incita-me a amar ainda mais




Condena-me como uma promessa que precisa ser cumprida




Dure o tempo que durar...
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domingo, 23 de outubro de 2011

O JARDIM QUE HÁ EM MIM

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Hoje eu tenho uma flor na boca




Vermelha como a paixão recém descoberta




Como se cada dia fosse de um vermelho urgente




Assim como quem não consegue deixar de querer...




E ela está perfumada...




Rubra rosa apaixonadamente quente




Abrasada pelo calor de um amor que é quente como o sol




Ela tem um aroma de saudade gostoso




Tenho outra flor no peito




Branca como a mais pura inveja




Ou como o mais tranquilo lutoUm botão dígno de adornar belezas antigas




E trazer paz aos olhos de quem tocar...




Se fosse falar de todas as rosas que carrego em meu peito




Passaria a eternidade mostrando o meu jardim




Esse jardim que floresce aqui por dentro




Um dia quem sabe eu abra meu corpo ao meio e me transforme em roseiral




E a quem desejar possa, deixar roubar meus botões




Alegro-me com a falta de espinhos nas flores que hoje dão beleza ao meu íntimo




Hoje sou um canteiro de primavera...




esperando que o amor volte para me cuidar




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sábado, 22 de outubro de 2011

CORAÇÃO ESTRANGEIRO

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O meu coração escondi numa mala


Clandestino ele parte para o estrangeiro

Partidas são sempre escuras, mesmo quando sabemos que não são para sempre


Deixando sem identidade esse espaço que fica aqui no centro do meu corpo


Sinto antecipadamente a ausência de dias ainda não vividos

Vívidas apenas as lembranças que acaricio com meu silêncio

Em meio ao tumulto das viagens, há felicidade, pois sinto que o meu coração vai leve

Torna-se na bagagem um necessário aconchego para dias de frio

E eu também me sinto aconchegado pelas mãos de um amor renovado

Enquanto o tempo fica suspenso em saudades

Vou pegar parte dos meus pensamentos e ocupar esse íntimo vazio que fica

Um vazio bom com sensação de vento em casa arejada

Aproveito para escrever poemas de regresso

E mostrar que o meu coração permacerá com o mesma sensação de vida

Ainda que ele esteja longe de mim
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