Hoje eu tenho uma flor na boca
Vermelha como a paixão recém descoberta
Como se cada dia fosse de um vermelho urgente
Assim como quem não consegue deixar de querer...
E ela está perfumada...
Rubra rosa apaixonadamente quente
Abrasada pelo calor de um amor que é quente como o sol
Ela tem um aroma de saudade gostoso
Tenho outra flor no peito
Branca como a mais pura inveja
Ou como o mais tranquilo lutoUm botão dígno de adornar belezas antigas
E trazer paz aos olhos de quem tocar...
Se fosse falar de todas as rosas que carrego em meu peito
Passaria a eternidade mostrando o meu jardim
Esse jardim que floresce aqui por dentro
Um dia quem sabe eu abra meu corpo ao meio e me transforme em roseiral
E a quem desejar possa, deixar roubar meus botões
Alegro-me com a falta de espinhos nas flores que hoje dão beleza ao meu íntimo
Hoje sou um canteiro de primavera...
esperando que o amor volte para me cuidar
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