domingo, 23 de outubro de 2011

O JARDIM QUE HÁ EM MIM

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Hoje eu tenho uma flor na boca




Vermelha como a paixão recém descoberta




Como se cada dia fosse de um vermelho urgente




Assim como quem não consegue deixar de querer...




E ela está perfumada...




Rubra rosa apaixonadamente quente




Abrasada pelo calor de um amor que é quente como o sol




Ela tem um aroma de saudade gostoso




Tenho outra flor no peito




Branca como a mais pura inveja




Ou como o mais tranquilo lutoUm botão dígno de adornar belezas antigas




E trazer paz aos olhos de quem tocar...




Se fosse falar de todas as rosas que carrego em meu peito




Passaria a eternidade mostrando o meu jardim




Esse jardim que floresce aqui por dentro




Um dia quem sabe eu abra meu corpo ao meio e me transforme em roseiral




E a quem desejar possa, deixar roubar meus botões




Alegro-me com a falta de espinhos nas flores que hoje dão beleza ao meu íntimo




Hoje sou um canteiro de primavera...




esperando que o amor volte para me cuidar




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