quarta-feira, 27 de julho de 2011

CUIDE DA SUA MEMÓRIA!

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Sabe qual o melhor exercício para a memória?
Lembrar todo dia de não esquecer
E esquecer aquilo que não serve para lembrar
É mais ou menos assim... A gente acorda pensando no que sentimos pelos outros
Mas esses outros são, acima de tudo, as partes importantes de nós mesmos
Outros que nos ajudam a sermos mais significantes na vida
E essa lembrança se torna forte
Daí a gente pensa nas coisas boas que devemos dizer aos que amamos
Contrariando essa sensação injusta de sempre dizer o pior a quem tanto nos quer bem
O pior que pensamos delas a gente esquece
Até porque esse pior pode ser uma projeção maldosa dos nossos olhos
E de nada serve para melhorar a memória das coisas
Temos que dar frescor à presença dos amigos fazendo vir ao peito a saudade deles
Nesse exercício de saudade, a gente lembra o primeiro sorriso da pessoa amada
Da primeira sensação de nervosismo ao vê-la
E logo a gente lembra que ainda é apaixonado, lembrar da paixão é aquecer sempre o que nunca pode esfriar
E se lembrar de tanta coisa parecer impossível... Se isso for um grande esforço para a memória...
Pense simplesmente no outro. Oferte-lhe um pensamento generoso
A nossa felicidade depende da capacidade que temos em conservar a nossa memória
Conservar é acima de tudo manter vivo aquilo que nunca pede para morrer...
O amor.
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Quem quer ser lembrado nunca deveria “esquecer”. (EWERTTON NUNES)
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

UM PENSAMENTO CONTRÁRIO

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Não acredito que falte ao suicida vontade de viver





Contrastando essa ideia de "desistência", tenho a crença de que um suicida é inundado por uma genuína vontade de ter a vida





Mas uma vida que o contemple, opositora a uma que em nada preenche os seus anseios





Ainda nesse caminho contrário de raciocínio





Penso que a fraqueza não é a maior característica de quem antecipa o término de tudo





Pensar nisso o faz um grande corajoso





Sim. É preciso ter muita coragem para abdicar da vida





Da mesma forma para lutar pela permanência numa realidade insuficiente





Incoerente com os que desejam mais de tudo





Partir é um ato que precisa de capacidade





Quam desiste da vida não cria canções e as canta para o mundo





Não encontra motivações para dançar





Se presta a viver outras vidas





Nem constrói poesia... Não procura outras formas de transbordar





Quem desiste vegeta





Criar coisas belas a partir do caos é uma tentativa de ficar





E adequar a injustiça do que se tem à satisfação do que se poderia ter





É saber que tudo o que amamos de verdade





E nos importamos com sincera disponibilidade





Vai receber súplicas de atenção o tempo todo





Que diz o que precisa quer remediar e não fugir





Eu, por exemplo, ainda não sou corajoso o suficiente





Vou construindo súplicas à vida e a tudo o que amo





Até que chegue, quem sabe um dia, a coragem.










P.S: Não estou pensando em antecipar nada, ao menos nesse momento. Tenho grandes razões para viver. Esse texto surge para refletir sobre a morte prematura de grandes talentos. Que se querer, perdem a oportunidade de contribuir para um mundo melhor.















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sexta-feira, 22 de julho de 2011

A PSICOLOGIA-MATEMÁTICA DA TRAIÇÃO

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-Amor, eu tenho uma coisa muito boa pra te contar.





- Diz amor.





- Eu descobri que amo muito você.





- Pensei que você já soubesse isso.





- Na verdade eu ainda não tinha tanta certeza, eu sabia mas precisava de algo que fosse definitivo. Sabe o que acontece... É que quando eu percebia umas coisas em você, seu egoísmo, a forma como você olha quando outras mulheres passam... Além de outros pequenos detalhes que você possui e não percebe que me incomodam... Eu duvidava, porque eu sentia uma raiva tão grande, uma vontade de jogar tudo pro alto.





- Poxa... Não sabia que você tinha tanta queixa sobre mim.





- Não são queixas... Quer dizer, são. Mas não são coisas de fato ruins.





- Não vou tentar compreender a psicologia disso.





- É melhor não, afinal não sou um dos seus pacientes.





- Mas o que foi que te fez descobrir o grande amor por mim?





- Eu dai com outro cara.





- O que você disse?





- Exatamente isso, mas não importa meu amor, o que importa é que o meu amor é real. Eu tenho certeza agora que você é o homem que quero pra vida toda.





- Você me traiu?





- Não olhe as coisas por essa perspectiva.





- E por qual perspectiva um corno deve olhar isso?





- Pela perspectiva de que somente através de coisas loucas a gente encontra a sanidade.





- Pare de falar como se fosse psicologa.





- Desculpa, deve ser a convivência. Mas agora a gente esquece isso e vai ser feliz pra sempre.





- A gente vai ser feliz? Daqui pra frente eu vou lembrar disso todos os dias.





- Meu amor, eu só deitei com outro homem por sua causa.





- Agora a culpa da sua safadeza é minha.





- Se você não tivesse tanta coisa que me deixasse confusa eu não teria dúvidas do meu amor.





- Quer saber de uma coisa, eu também dormi com outra mulher. Aliás outras mulheres.





- Como assim outras?





- Outras. Uma mais de uma que diferença isso faz.





- Faz toda a diferença...





- Quantas?





- Isso não vem ao caso.





- Quantas?





- Não sei... Umas 4





- Eu não preciso mais dormir com homem algum pra ter certeza do que sinto.





- Traição é traição não importa a matemática. Não segue a lógica da sua profissão, professorinha.





- Importa sim. O homem amado menos o homem amante, noves fora, a certeza do amor.





-Quatro vagabundas menos a mulher que te ama, o que resta?





- Você.-










- A resposta errada, eu estou indo embora. Acabou. Você não entende mesmo nada de psicologia.





- Entendo tanto quando você entende de matemática. Espera! E qual seria a resposta certa?





- A certeza de que me ama também.










(EWERTTON NUNES)





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domingo, 10 de julho de 2011

QUANDO A TRISTEZA NOS ABRAÇA

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Essa noite dormi abraçado à tristeza



Um abraço caloroso... Gostoso porque é dado com força




Prendendo-a firme entre as pernas para não sentir tanto o desconforto






Às vezes tateava de olhos fechados para sentir se ela havia despertado e partido






Pelo contrário, ela se aninhou ao meu corpo ainda mais...






Acariciando-me a face com lágrimas






Trazendo espasmos abafados ao meu peito machucado de silêncio






A tristeza muitas vezes é mais solidária do que os que dizem que nos amam






Ela amacia a cabeça quando nos recostamos nela









E suporta o nosso pranto sem achar descenessário transbordar






A melhor liberdade nos vem quando não somos julgados por nada






Faz um tempo não tenho tristeza legítima






Essa que é tristeza e só... Não há camada de rancor, ira, decepção, culpa... Nada






Tristeza com sabor de tristeza e som de um FADO






De certa forma isso me traz alegria



Pois sinto que estar triste é diferente de ser triste



E assim, aceito a tristeza como uma companhia válida quando todo o resto não se importar comigo.
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(Enquanto a maioria das pessoas não aceita a tristeza, eu a recebo como uma possibilidade de ser feliz)



















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sábado, 9 de julho de 2011

PENSAMENTOS FEREM

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Como me maltratam os pensamentos

Ferem mesmo... Ainda não havia me dado conta

De quanta agressão sofro ao pensar...

A toda frustração um pensamento, dessa vez penso: do que serve estar no paraíso carregando o inferno dentro de si?



Sei que são recorrentes em mim essas reflexões

Mais uma prova do aprisionamento das nossas virtudes pelas mãos dos vícios que herdamos.

Talvez por ser a dor contínua uma forma de alívio também

E uma predestinação

Os calafrios que em ondas fazem os pêlos do meu corpo reclamarem

Demonstram o quão tóxico são os meus mais endemoniados impulsos de memória

É exatamente isso, no instante em que injustiças, ingratidão e desrespeito invadem os meus sentidos...

Eu percebo o quanto de inferno habita em mim

É um queimar tão fétido de coisas por dentro que se fosse partilhado devastaria tudo

Impregnaria as camadas mais protegidas que possamos ter

Sou ao mesmo tempo tão propenso ao melhor quanto ao mais desprezível do ser humano

Uma dualidade sustentada por uma fina barreira de lucidez

Não sei até quando essa "lucidez" salvará os homens de mim

Ou o que é ainda pior, salvará "Eu" de "mim"

É muito ruim perceber que bondade não compensa

Que ficcionar a vida é impossível

O que se contrói nessa esfera de realidade machuca de verdade

E não nos transfigura no "bom"... Nos traz amarguras aos olhos

Que em doses rotineiras fazem desaparecer o doce

Essa condição de prazer que deveria ser uma premissa para existência de todos

Eu não gosto da fugacidade do meu olhar

De voltar a não consigar olhar para a frente

Procurar o refúgio do chão e do céu

Para ingressar na dualidade do meu íntimo

Ingressando doloridamente no mais sacro e profano dessa essência confusa que carrego

Quando vou por aí... Quando me colocam de volta ao meu começo

Até dormir se torna uma violência

E o silêncio me prende com força os braços

Falar se torna uma sentença, uma palavra dita será tão cortante quanto uma lâmina

Fico então preso entre escolhas que serão sempre erradas

Pareço ser um único portador do engano, da falha, do equívoco

Todos os erros parecem provir unicamente do que faço

Até das minhas tentativas de acerto

Descubro todo dia que não há compreensão para o bem ou para o mal

Para o bom ou o ruim

Enquanto o mundo girar em torno da lógica onde o "bem" é sempre uma obrigação

E a sua forma continuar indefinida e transparente

O mal será sempre uma opção mais visível e contundente

Por ele ter cor, densidade e energia...

Essa última tão efusiva em sua natureza

E por ser mais incômodo e consistente, será sempre a melhor opção para segurar firme e jogar em alguém.
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

DESCULPA...

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O ser humano é mais ou menos assim...



Não consegue ultrapassar algumas barreiras



O egoísmo é uma delas



Mas falo dessa condição de nunca ir além do conforto de se ver para permitir que o outro seja visto



Outra grande muralha é o exercício do perdão



Desculpar-se parece o maior fracasso de toda pessoa



Muitas vezes se inverte a culpa para não assumir fraquezas



Quando me deparo com essa verdade



Rendo-me à sabedoria cristã



O perdão é talvez a maior batalha humana contra a pobreza de alma



Ainda que queiramos buscar a libertação através dele



É em dois que reside o significado do que seja perdoar



Ainda pior quando o ofendido passa a ser ofensor



O perdão deixa de ser puro para ameaçar a paz



Sei quanta luta há por dentro



Como sofro nessa tentativa de derrubar as minhas muralhas mais desprezíveis



Mas assumo que preciso de ajuda



Toda ajuda que puder para entender como ser mais forte



Na verdade eu acredito já saber a resposta



É preciso sempre violentar



Mas não a muralha, a fortaleza, as duras pedras da natureza de todo homem



É preciso a violência da diferença



Do fazer diferente



Uma palavra salva e mata



Ela é o limite entre a dor e o alívio



"Desculpa" pode por abaixo qualquer rochedo.



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