Passeios entre nuvens
Corpo suspenso sem gravidade
Sem peso algum de pensamento
Mas às minhas noites retornam os cavalos alados
A me carregar pelos céus
Seguindo a extensão do mar que se faz espelho à luz do luar
Quando criança os pés não encostava no chão
E as mãos não alcançavam realidades
Era sempre um decolar em vôos rasantes
A passar mais tempo morando na lua do que em casa
Distante de qualquer jugamento ou invasão ao meu estado de fantasia permanente
Acordei triste por ver crescer o que há de terreno em mim
E passei a calçar pesadas sandálias de maturidade
De uma lucidez que não entendi ainda para que serve
Quando a incompreensão se torna tamanha
Eu simplesmente durmo...
Por vezes um sonho agoniado
Impossível de lembrar a sua existência incerteza de ainda poder sonhar...
Agora sinto a perplexidade da surpresa de boas visitas
Regressam os cavalos alados
Ainda tão belos e dóceis como a lembrança que deixaram
Os mesmos que debandaram quando cresci
Tão rápido que nem pude ver para qual direção
É bom sentir que algo nosso volta...
Que um dia regressa...
Nos fazendo sentir a indiscritível leveza de ser pequeno e inocente novamente
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