segunda-feira, 4 de abril de 2011

REGRESSO ALADO

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Há muito não sonho com vôos

Passeios entre nuvens

Corpo suspenso sem gravidade

Sem peso algum de pensamento

Mas às minhas noites retornam os cavalos alados

A me carregar pelos céus

Seguindo a extensão do mar que se faz espelho à luz do luar

Quando criança os pés não encostava no chão

E as mãos não alcançavam realidades

Era sempre um decolar em vôos rasantes

A passar mais tempo morando na lua do que em casa

Distante de qualquer jugamento ou invasão ao meu estado de fantasia permanente


Acordei triste por ver crescer o que há de terreno em mim

E passei a calçar pesadas sandálias de maturidade

De uma lucidez que não entendi ainda para que serve

Quando a incompreensão se torna tamanha

Eu simplesmente durmo...

Por vezes um sonho agoniado

Impossível de lembrar a sua existência incerteza de ainda poder sonhar...

Agora sinto a perplexidade da surpresa de boas visitas

Regressam os cavalos alados

Ainda tão belos e dóceis como a lembrança que deixaram

Os mesmos que debandaram quando cresci

Tão rápido que nem pude ver para qual direção

É bom sentir que algo nosso volta...

Que um dia regressa...

Nos fazendo sentir a indiscritível leveza de ser pequeno e inocente novamente

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