segunda-feira, 4 de abril de 2011

A POESIA ME ENCONTRA

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Eu não posso perder aquilo que me encontra




E que nunca saberei exatamente onde está




Não posso deixar de ter poesia




Se você me traz todo dia um novo encanto ao olhar




Desculpas as minhas palavras mais doloridas




Elas são um grito que a dor rebate para não sangrar sozinho


É que por vezes me fere a cabeça com golpes de pensamento


E despejo como carícias fortes o meu intenso amor


Mas nunca deixe a dúvida transformar os teus olhos


Nada além de amor existe quando os versos usam o meu corpo para falar


Os maiores sentimentos às vezes confundem as coisas


E passam a deferir peso quando o real desejo é tão somente acariciar


Por isso mesmo entenda que não perdi a poesia que insiste em me encontrar


Ela é a minha perdição...


Neste instante da minha alma, todas as páginas talhadas, possuem o teu nome O cheiro da tua pele...


A essência de todo o prazer e confusão que viver com você me inspira


Ainda que eu não tenha aprendido a controlar o poder que fala por minhas mãos


Tenha a plena certeza de que quando a poesia se for eu não hei de aqui ficar


Sinta em toda a esfera que me reveste como uma roupa reluzente de vida


Que você é o meu complexo e imperfeito ideal motivo de escrever diferentes nuances de felicidade


Mesmo quando essa felicidade ganha um agridoce sabor de desabafo


A minha poesia existe!


E se mostra feliz quando reafirma a capacidade que você possui de me fazer sonhar.

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