Sou um Saltimbanco que ainda acredita, como uma criança, que é possível ter ilusões... Sou uma contradição louca entre o que mostro e o que sinto, muitas vezes não sabendo ao certo o que serei no dia seguinte quando despertar para mais um dia de "gente". Existe um pouco antes da minha retina algo que não me permite ver as coisas como elas se apresentam, é como se tudo ganhasse a dimensão fantástica das coisas possíveis.
Sei que sou mambembe, não desses que vão atrás de si pelo mundo, mas dos que interiormente fazem do seu mundo a maior jornada para chegar a algum entendimento de quem seja realmente... Vou de sonho em sonho em busca de sentido e razões para permanecer nesta finita viagem que não nos leva muito longe. Carrego uma mala pesada que herdei de ancestrais, nela guardo a arte! A única companheira fiel, com quem posso compartilhar paixões, insanidades, medos, dores indizíveis a qualquer mortal, o prazer, com quem posso dialogar livremente sobre o amor sem ser tachado de nada e principalmente a quem posso destinar a poesia renegada no mundo em que vivemos. Não tenho muitas coisas, mas o suficiente para tornar-me precioso... Vou tentando do meu jeito, ser leve e intenso, não por escolha, mas por sina. Daqui farei o meu canto de liberdade, pois só existe uma possibilidade de me ler de forma límpida, e acompanhar as mil viagens que faço por dentro... Não existe melhor "fotografia de mim" do que a tirada pelos meus pensamentos. Para todos aqueles que sentem que a vida não passa de um sonho inquieto, destes que nos aflige o peito e do qual é difícil regressar... Fica o convite sincero, para que possam junto com este humilde Saltimbanco Sonhador, um pouco de poesia.
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