terça-feira, 24 de novembro de 2009

NO ÚLTIMO SEGUNDO...

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O próximo segundo chega rápido
Quero uma hora diferenciada
Que as flores não exalem a tristeza incondizente ao meu riso
Não se distanciem do meu corpo
Por favor, cheguem mais próximo...
Permitam que ouça, ainda que não acreditem que possa,todas as críticas de uma vida que não habita mais em lugar conhecido
Sentimentos ultrapassam algodões e pele oca
A energia que sempre busquei é invisível
Por isso compartilhem comigo as opiniões secretas de mim
Joguem em ondas de silêncio as vontades nunca ditas
Sempre fui bom ouvidor do bem e do mal
Revelem na retina as fotografias de momentos passageiros ou duradouros
Não se forcem a lacrimejar
Lágrimas só lavam nossas próprias almas
Sei que a memória dura o tempo do olhar...
Então eternizem o instante com sinceridade
Joguem para o alto e com força as energias de sensações que causei
Façam-me ver mesmo com os olhos fechados a poesia do humano que deixei para trás
Preciso ver em vocês razões para morrer leve como sempre vivi
O próximo momento se impõe à vontade
Mas posso, eu agora, antecipar o meu desejo quando o último segundo me soprar para o desconhecido...

2 comentários:

  1. "A memória dura o tempo do olhar"...
    A arte é efêmera...
    Os momentos, todos, tão singulares que o tédio às vezes chega a ser vergonhoso, hahaha..
    Ah pêndulo doce e azedo do exitir...

    Um beijo, Ewertton!
    Cicatrizes.

    ResponderExcluir
  2. Olha a minha doce e intensa mulher comentando aí... Sei que essa inquietação perante a finitude ada vida não é somente minha, não é? Sei que o gosto que nos vem a boca quando pensamos na morte é o mesmo. SAUDADE!

    ResponderExcluir

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