quinta-feira, 19 de novembro de 2009

POR QUE NÂO ME FAÇO VIAGEM?

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Meu corpo reclama o cansaço sem rendição
Por dentro e por fora estou dolorido
Contraturas causadas pela luta infindável do cotidiano
Tenho nas pálpebras o peso da tentativa
Da cruel impotência que sentem os homens de razão
Desta insônia que por dias me deixa acordado quando penso na luz
Luz distante que mesmo esticando os dedos dos meus sonhos não consigo tocar
Não há dia sem inquietudes disfarçadas
Temo em breve render-me à minha fraqueza
Neste instante se aproximará a morte que em vida inutiliza
Enquanto isso sigo inventando coragem
Transplantando em outros os sonhos que para mim ainda batem de forma fraca
Sou transportando de realidade em realidade
Mas nunca à realidade necessária ao meu encantamento
Queria um pouco mais da insanidade dos que se vão sem pensar em nada
Por que simplesmente não me faço viagem?
Esqueço de mim perdido nas estações do mundo?
Talvez porque eu tenha medo de perceber a verdade da existência
Perceber que em nenhum lugar o meu corpo encontrará o descanso do merecimento
Chegar ao céu não é mais uma questão de mérito, mas de supercialidades...
Sei que posso simplesmente afogar-me em meus acúmulos
E nunca transbordar aquilo que me inunda
Não sei o que existe quando nos entregamos ao mar
Nem o que encontramos ao final de uma queda livre
Mas acredito que nenhuma dessas grandes ousadias sirva para aquietar a minha alma
Sinto que não existe nenhuma cama tranquila para os que não deixam um só dia de pensar.

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