sábado, 21 de novembro de 2009

RETRATAÇÃO

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Preciso aqui passar a mão sobre o espelho embaçado dos meus pensamentos
Se vierem em um momento póstumo retirar a poeira que cobre meus versos...
E quando lá a leitura se assemelhar a observação de uma criança a brincar...
Gostaria que entendessem as motivações do meu rabiscar trêmulo
Se as páginas de poesias são como a fotografia 3x4 de todo poeta
Então será preciso que me analisem um pouco além
Joguei no álbum dos meus dias apenas a pior imagem captada
O meu esboço é muito mais como um acidente fatal
Uma tragédia humana do que um resgate onde há esperanças
Despejei descrenças que possivelmente suscitarão repulsa
A minha vontade de morrer é forjada
Tenho a sensação instintiva de que se há vida do outro lado é aqui que encontrarei a maturidade para vivê-la
Sou no externo a ponta inversa do que transponho
Em jornais embrulho dentro de mim as frágeis sensações
Recaídas débeis de instantes inesperados
Aqui sou a aparente leveza necessária, vivo seguro no mundo irreal...
Sou um sorrir constante e um olhar neutro que divaga tolices também
Entendi que toda labareda só deve queimar as nossas mãos
Então sou facilitador da vida que me foi dada
Não quero aqui justificar nada
Apenas expor que esta alma irrequieta não é apenas feita de pesar

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