Quanto tempo terei para encontrar tudo o que me invade?
Tenho pensado hodiernamente sobre encontros
A cada dia tento não me perder de mim
Penso sobre o tempo que desmedido me inunda
Perdido em desencontros estou seguindo...
Sinto a necessidade vital de destruir o relógio da existência
A areia do meu destino não pode dissolver-se sem que antes haja contentamento
Não pode esvair-se antes que eu construa algum sentido de encontra-me aqui
Quero os versos perfeitos que me manterão imortal
Preciso deixar elevada a nostalgia para que outros a resgatem
Compor a canção marcante que invade o ouvido por toda a vida sem fatigar
Realizar a cena perfeita que congele a minha imagem na memória de alguém
Dançar a coreografia que perpetue a beleza no olhar
Desejo a satisfatória sensação de vida cumprida
E um alguém que não me deixe dúvidas sobre a existência eterna do amor
A quem me entregue abandonando a descrença que me deixa no chão
Alguns encontros não avisam quando vão esbarrar em nós
Outros podem inclusive já ter acontecido
Sei que marquei um novo encontro com a possível felicidade
Estava suspenso o meu coração
Aquele rosto encantado como numa fotografia de viagem
Tenho encontro marcado com a força de um momento tão sublime
O recorte de uma história que durou uma noite e uma manhã
Um sabor hortelá que até hoje adoça a minha boca e a vida inteira
Sei que juntos podemos transfigurarmos na rotina mais deliciosa dos sentimentos
Antes de marcamos o encontro nesta vida o destino marcou por nós o encantamento
Acredito em tudo que resiste aos dias e as ilusões
O nosso momento derrubou todos os encontros seguintes
Encontra-me então neste vão momento de instantes que logo cessam
E ajuda-me a fazer do teu corpo e do teu espírito a minha liberdade maior
Para que no encontro com o fim de tudo
Eu tenha a certeza de ter tocado, ainda que de leve, a eternidade do meu pensamento
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