sábado, 29 de dezembro de 2012

SORRISOS DE FOTOGRAFIA

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Tenho forjado sorrisos de fotografia
A tristeza dos olhos encolhida por detrás de óculos escuros
A água dos rios me lembra você
As paisagens tem o seu jeito
Qualquer viagem traz a sua essência
Você que me ensinou a voar
Te vejo nos pássaros
Na cachoeira que desliza pelas pedras
Te sinto na minha solidão
No beijo dado nas ruas
Nessa saudade que remexe minha memória
Procurando não sei o quê...
As fotografias não captam meu verdadeiro estado interior
Nem a estrada me distancia de você
Em todo lugar
Nas canções que me encontram nas ruas
Na noite que chega sem a sua companhia
Tenho forjado alegria
Para não afastar minhas ilusões
Nem mesmo desencorajar o meu amor
Falta você aqui comigo
Só serei uma fotografia sincera
Se comigo você sempre for...
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FLOR NO ASFALTO

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Será que essa flor sente alguma alegria em meio ao asfalto?
Será que sente saudade de algo?
Será que algum dia pensou em desistir de ser flor?
Será ela entende a sua beleza?
Será que já amou?
Será que se sentiu amada?
Será que uma flor sozinha na estrada tem perfume?
Será que essa flor do asfalto sonha?
Será sente felicidade com o vento?
Será que sente o tempo passar?
Será que algum dia foi deixada por outra flor?
Será que o asfalto é uma boa companhia?
Será que é vida a vida de uma flor sozinha?
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

É HORA DE PART.IR

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É chegada a hora de ir
Ou seria fugir...
No fundo as duas coisas apontam para o mesmo sentido
Foi bom o tempo que aqui estive
Com vocês, sem vocês, comigo e sem mim...
Mas dizem que a gente de uma forma ou de outra sempre volta
Seja como uma flor, um pássaro ou até mesmo na condição pior:
-Volta como gente!
Acho que todos os homens deveriam voltar como formigas
Para verem o mundo pela perspectiva menor
Dos que precisam vivar juntos
Criar defesas e forças absurdas
E um dia sem mais nem mesmo ser pisado
Sem nem mesmo ter feito nada pra ninguém
-Talvez como formigas houvesse maior chance para todos.
Falo da chance de ser realmente criatura da natureza
Com propósito e capacidade de ver o mundo grandioso como ele é.
Eu vou porque a minha carcaça
Isso que sou quando na vida me encontro triste
Precisa descansar...
Precisa do Deus que existe por aí
Na natureza das coisas
Não na dos homens, esse já sucumbiu há muito tempo
Dizem por aí que de uma forma ou de outra a gente sempre volta
Eu queria voltar não como ser
Mas como sentir
Quem sabe eu não volte como pensamento
E quem sabe eu fique
E nunca mais tenha que partir.


EWERTTON NUNES


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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

VEM BUSCAR A SAUDADE

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Ei! Você esqueceu toda saudade comigo
Não sei se darei conta dela sozinho
Por isso reparto na mesa com amigos
Essa saudade que está na casa toda
E até nas ruas transborda
Tenho dado de esmola pra mendigos
E até para as crianças nos semáforos
Já não tenho braços para carregar
Se quiser envio pelo correio
Se caber num e-mail posso enviar
Vou jogar um pouco no mar como oferenda
E para os pombos nas praças
Na estrada em viagem deixarei nas estações
Esquecer algum bocado nos poemas que escrevo
Já tentei jogar na privada do banheiro
Deixar escorrer com a água da chuveiro
Abandonar num terreno baldio
Já tentei de tudo...
Só não dá pra cuidar sozinho dessa saudade
Que incomoda e não deixa ninguém dormir
Os vizinhos tem reclamado o volume dos gritos
E dos passos noturnos no piso de madeira
Não é justo que tenha ficado sem nenhuma parte
Eu sei faz parte dessa partilha
Mas se tiver sentindo falta
Vem buscar essa saudade
Que por mais que eu distribua não para de parir
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OS PLANOS TODOS

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Não vista essas desculpas esfarrapadas
Que o armário está cheio de bons motivos de cetim
Apare essas culpas cabeludas e descuidadas
Faça essa raiva mal-feita que lhe cobre o rosto
Vê os planos todos que lavei na pia
E estendi para secar no desejo livre que sopra
Estão todos alvos de verdades alvejantes
Embrulha todo essa natureza estragada que a validade venceu
E eu vou ajudar a jogar na lixeira
Forra esse drama ao levantar
Abotoa essa vida para melhorar a aparência
Apaga a luz da saudade que deixou acesa
Economiza nostalgia que a conta está cara
Pinta esse amor de vermelho
Que a maresia já corroeu
Varre a ilusão antes de sair
Que a poeira do adeus sopra da praia
Assume os teus brancos apelos
Fecha a janela que tem paixão querendo roubar
Espreitando os descuidos, os vacilos
E não esqueça o coração que preparei pro almoço
Volte cedo, passe na padaria e traga sonhos
Que estou cansado de jantar desgostos

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

ENSAIO PARA UM ADEUS

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ENSAIO PARA UM ADEUS...

 

 

 

        Hoje sinto a necessidade de dizer um tanto de coisas que talvez não façam sentido no tempo que virá. Há quase três anos, mais precisamente três natais eu tive um encontro inesperado com alguém que tem a capacidade de motivar todos à sua volta para lutas que parecem perdidas... E é por isso mesmo que luto agora acreditando que esse é um bom momento para pôr em prática aquilo que é tão pregado.

        Nesse tempo fiz um vôo de autoconhecimento por sobre essa extensão daquilo que sou. Eu que sempre temi mergulhos em águas desconhecidas, deixei o amar me cobrir por inteiro. Eu de fato tinha medo do amor como tenho do mar, porque ambos podem nos inundar. Mas isso acontece com quem deseja que as coisas sejam iguais, leves, boas e seguras para sempre. Eu que sabia que fatalmente amaria demais, amei...

        Foi nesse encontro que eu conheci e reconheci pessoas muito especiais, com as quais eu aprendi a dividir momentos sempre renovados. Essas pessoas tentam mander a ordem das melhores coisas que nos traz a vida seguindo a palavra de Deus. Tão difícil palavra de seguir. Principalmente no que diz respeito ao amor verdadeiro ao próximo.

        Sei que fui abraçado por todos, porque sou de abraçar também. Quem vive para ser melhor todos os dias e luta para manter o mundo um lugar melhor também se reconhece e acaba por criar uma pequena aldeia. Infelizmente alguns chegam na  vida da gente e não possuem a coragem de permanecer... Eu que não sei quanto tempo terei todos os que aprendi amar ao alcance da minha visão, essa que é limitada e de território menor do que o do coração e da memória, ensaio a minha partida.

        Se os nossos desejos fossem o suficiente para nos fazer ficar, eu os teria pela vida toda, afinal, eu tenho fôlego e amor para ficar dessa forma ao lado de alguém. Porém, somos homens e para nós vida=escolhas. E quase sempre escolhemos a incerteza, a procura, a fuga, o abandono. Parece mais fácil jogar do que reconstruir. O que é irônico, uma vez que pensamos ser a paz, a felicidade, o amor a principal razão de existir. Gostaria que soubessem que acredito na capacidade de cada “sub-família” que compõe essa grande família. Eu creio no proósito do amor, da tolerância, do respeito, da reconstrução diária, do perdão e acima de tudo, acredito no exercício real da partilha.

        Faço um último pedido, exercitem o perdão com total desprendimento das memórias que nos magoaram, os erros precisam ir, se ficarem serão outro erro. Abracem ainda que a vontade seja contrária, um abraço salva! Mas quem sou eu pra ensinar a cristãos àquilo que lhes deve ser natrural? Nesse momento eu não posso deixar de dizer o que sinto que pode ser a salvação de tudo o que é realmente importante para nós mortais que vivemos em coletividade e temos que suportar uns aos outros.

As escolhas de outros muitas vezes não são as nossas e cabe aos outros que nos perdem nos resgatarem a tempo. Complexo? Acredito que não, nós seres falíveis nos entendemos em nossa complexidade.

         Deixo um simples apelo: nunca deixem de olhar verdadeiramente o outro, o próximo que está mais próximo de cada um de vocês. De reconhecer o quanto ele é bom, ainda que às vezes os tropeços aconteçam. E mesmo aquilo que chegar com textura incômoda traz amor, é real. No fim das contas amor é um punhado de coisas boas e ruins, leves e pesadas, mansas e revoltas. Não sei quanto tempo terei vocês ao alcance da minha visão, não sei se o resgate chegará a tempo... Nem sei se ele chegará. Para salvar é preciso humildade que às vezes a gente só tem em discursos e com desconhecidos. E independentemente de qualquer seja o destino nunca esqueçam que são as nossas escolhas que determinam o nosso amanhã e que todo dia a gente escolha nunca perder o que realmente importa para o resto do nosso tempo.

 

 

Ewertton Nunes (em despedida)
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QUEM SABE, UM SAMBA DE RESGATE

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Cortinas de solidão
Não deixam a luz entrar no quarto escuro do meu coração
Saudade é poeira de chuva "ventada" nos olhos
E faz lágrima correr
Fiz um samba sem SOL
E com DÓ de mim
LÁ se foi a alegria
Quando a gente canta só
É porque algo chegou ao fim

Ai! Sina triste de buscar o amor
Diga qual o caminho certo quem o encontrou
e mais do que chegar
Conte para um pobre sonhador
Como fazer para ele não nos deixar...

Por que o amor foi embora?
Não sei, escorreu por entre desculpas
Não sei o motivo
Desconheço a culpa
Acordou disposto a partir
Sem levar nem consideração
Vai lá entender a loucura dos que fogem
Quem vai julgar os insanos sem razão?

É o amor foi embora
Ele foi e não sabe voltar
Perder egoísmos enfraquece
Aquele que desaprendeu a resgatar
Reconhecer a importância
É pobreza para alguns
Melhor ser rico sem ignorância
a perder desejos em comum

Quem sabe um samba me resgate
E te faça voltar
O amor é cadência
É estrela ascendente
Que só cai se a gente deixar
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domingo, 23 de dezembro de 2012

DE REGISTROS E AGENDAS

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Eu que aprendi sobre os registros
Esqueci de registrar como é viver em ausências
Eu conheci agendas...
Esqueci de programar o dia de partir
Sinto falta das burocracias particulares
Dos mesmos bons hábitos que se repetem
Que deixam a vida com uma rotina especial
Eu que respirava com felicidade as palavras de ordem
E as idiossincrasias de uma natureza rústica
Vejo a sensação estranha de buscar outras alegrias
Eu que saboreava todos os direitos bradados por sua alma
Vejo-me privado do direito mais urgente que tenho
O de viver onde sinto felicidade
Como o podemos derramar um copo cheio de boa água
Vivendo num mundo onde há tanta sede
E muitos bebem lama
Tantos querendo um encontro especial para a vida inteira
E outros abandonando corações entregues a amores e verdades
Eu ainda preciso registrar muita coisa sem sentido
Para tentar compreender em que momento se acaba a procura humana
Em que instante se decide deixar de olhar somente para si
E enxergar a vida de outros querem nos dar
Logo todo mundo deve ter as respostas
Porque a existência nos dá ultimatos
E quase nunca dá tempo da gente agendar
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MÚSICA DE VENTO

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O vento que chega vindo do mar
Traz a brisa da saudade
De todo o amor naufragado
Que um dia nos navegou
Deixa o coração temperado
E a lembrança do gosto salgado
De uma vida que o mar levou

Leva mar, leva o amor...
Porque tempo é areia que já passou
Leva mar, leva a saudade
Leva meu coração
Leva tudo, leva embora
Deixa apenas a solidão

Quero música de vento
Feita com saudade e acordes de maresia
Ter da vida o deslumbramento
E a quietude que suaviza pelos dias
Quero a vida a soprar tudo
Para onde não se procure o amor
Ser lançado em contratempo
Para tirar beleza do sofrimento
E esquecer que a saudade me naufragou



(Uns versos para EVERSON- Ele que É o VERSO em forma de SON ) rs
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sábado, 22 de dezembro de 2012

ESTOU EM CASA

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E de repente a pele voltou a sentir o toque do vento
Até o calafrio era tranquilo e bom
E a vida tinha toda a minha atenção
Logo a poesia voltou
Atendeu a porta quando bati
O mar tomava o meu olhar com total liberdade
Esse corpo era seu sem restrições
Sem medos, sem fugas
Tão sem pretensões eu estava
Que as minhas mãos redescobriram o caminho de volta à palavra
E a surpresa era mansa
Que mágico é sentir a tarde vazia
E a noite com ausências não é tão má
De repente as escolhas me regressaram
E as bagagens que trouxe eram leves
O que nunca foi meu ficou onde quis
E eu que nunca pertenci àquele lugar
Diversas vezes expulso do "paraíso"
Estou em casa...
Sentindo uma dormência sutil na alma
Como quando a angústia passa
E a gente percebe que a morte
Fez parte de um sonho inquieto
Recorrente de todos os desejos que jogamos no inconsciente
E que a vida não possui competência para realizar
De repente a pele voltou a sentir o vento
E eu a me sentir dentro de mim
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REPOvoaR

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O mundo não chegou ao fim
Mas algo findou
No dia em que a sorte me deu uma bicicleta
O destino me tomou o amor
De um só vez perdas e ganhos
Alegrias e a retirada de sonhos
Por um lado ganho a liberdade
No outro lado perco a partilha
Volto ao IN
Enquanto o DIVIDUO vai embora
Afinal, onde o equilíbrio de fato acontece?
Se o mundo tivesse a mesma capacidade do homem
E num acesso súbito, realmente pussesse um ponto final
Talvez eu tivesse ganho a oportunidade de não perder coisas
Eu não teria ganho uma bicicleta
Nem perdido o amor
Mas espera... Eu perdi o amor?
Não. Ele de fato está aqui e permanecerá
O outro é que me perdeu
E se perdeu sem perceber
E eu sei que outro igual a mim nunca ganhará
Porque a sorte ela acontece como um milagre
Ou como um meteoro vindo para destruir tudo
Por outra perspectiva,
Se o fim não fosse uma realidade
Eu não teria a chance de ganhar outras que estão por vir...
É... O mundo não acabou
Mas eu sim
Mas não devo acabar
Porque assim é todo apocalipse
Primeiro tudo se destrói
Para em seguida recomeçar
Chegou o fim do meu mundo
Então é hora de me "REPO-voaR"
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

DITA

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A natureza humana dita
Às vezes bendita
Muitas vezes maldita
Irremediavelmente dita
Por isso mesmo desdita
É essa natureza a maestrina
Orquestrando o homem às suas sinas
E como uma mãe sem tolerância
Uma esposa desmedida
É a esravidão sem alforria
A dita natureza humana grita
E abaixamos nossas cabeças
Ela escreve a vida
E a gente segue a sua escrita


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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

EU VI A LIBERDADE

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Eu vi a liberdade
E ela era de fato mulher
Mas não uma apenas
Era  a força de muitas mulheres reunidas
O encontro de várias histórias de sentença
De  particulares olhares sobre a vida
De belezas que afloravam
De felicidades que estavam adormecidas
A liberdade cantava, girava, dizia palavras que não eram suas
Mas que em sua boca se tornavam um desejo comum
A liberdade estava nas mãos e com ela se fizeram melodias
Ritmo e compasso no descompasso de destinos mediados pela justiça
A liberdade abraçou a esperança sem mágoas
Sem pensar no segundo seguinte
Porque a liberdade tem vida curta para alguns
E os pensamentos podem antecipar o fim
Por isso ela preferiu não pensar
E se entregou de forma desmedida
À poesia sem correntes
Sem cadeados, sem limites...
As celas ganharam flores
E o cárcere ganhou mais espaço
Ecos de vozes que cantaram unidas
Assim é a liberdade
A possibilidade mais fugaz que existe
É uma gota de açucar a suavizar
O gosto amargo de vidas contidas



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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ESSA VIOLÊNCIA É O DEUS DA HUMANIDADE

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Quando eu era criança aprendi a importância do temor
E de fato reconheço o medo, por mais controverso que pareça, como o marcapasso do caráter
Um dia simplesmente descobri Deus
Disseram-me que deveria temê-lo
Mas quando a gente é pequeno a gente simplesmente vai...
Sem questionar a verdade que vem dos outros
E eu segui me equilibrando entre o certo e o errado
Buscando ampliar virtudes e anular pecados
E foi isso que me segurou no mundo
Apesar de não compreender muito bem
A razão de sentir medo de algo que é bom
E fazer disso o condutor do meu destino
Eu já tinha em casa a experiência de temer a um pai real
Que não escolhi... Simplesmente acordei e ele estava lá
Depois me ensinaram que Deus é meu pai também
E isso me trazia a felicidade de uma paternidade sem violência
Esse sim eu escolhi, mas o temor a ele também me foi imposto
E eu o temi...
Hoje percebo que o homem é controlado pelo medo
E o papel que é do criador foi retirado
É a violência que segura o Homem
Por mais estranho que pareça
A violência é o Deus da humanidade
O homem perdeu o seu predador natural
E a capacidade de ser conduzido pelo bem
Então, o mal assumiu o controle
Em que "humana idade" Deus será libertado
E deixará de ser refém?
O homem predador de si logo chegará à extinção
E o que restará?
A essência do invisível... Deus
Que mesmo tendo perdido o controle de suas criaturas
Ainda possui nas mãos a arma mais poderosa que existe
Ele sim decide o fim de todos



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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PALAVRAS "MAL-DITAS"

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Aprendi a dizer "eu te amo" sem eco
Mas ainda não aprendi a pedir perdão sem culpa
Quando a gente perde a capacidade de cuidar
De quem nos é cuidador
De ferir sem receio
A pele que melhor abriga as nossas necessidades
A mão que antecipa a ajuda...
Há algo em nós que adormeceu
Ou seria uma súbita morte ainda não percebida?
Quando as palavras se tornam "mal-ditas"
E são lançadas sem a miníma piedade
Aí vem o silêncio em defesa
Para tentar refugiar o que ainda é sobrevivente
Quando passa o espanto primeiro
Dessa surpresa indesejada
É que a gente sai para enxergar os danos
Deixados por palavras torrentes
E pode melhor visualizar o caos
Deixado dentro dos pensamentos
Em algum lugar de nossa trajetória a gente perde
A grandeza de se arrepender
De voltar atrás nas nossas escolhas inconsequentes
Eu sempre falo da salvação através de coisas simples
Como um abraço ou um pedido de desculpa
Mas como pedir perdão
Sem que habite em nossos olhos
O sentimento redentor da culpa?
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

AVISOS

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Com os anos a gente aprende a decifrar nuvens
Quando crianças o que fazemos é projetar a inocência
Só o tempo materializa premonições
Pressentimentos sussuram ao ouvido
E ganhamos mais generosidade para ouví-los
Por proteção do invisível ou sorte
Vamos supreendendo a morte em suas artimanhas
Da mesma forma que somente a aflição valora a prece
Até quando a fatalidade seja o fim da brincadeira
E Deus o dono da bola desista de dividir sua atenção conosco
Hoje sinto o vento de chuva que se aproxima
A pele compreende que é hora de procurar abrigo
Por que  o clima muda de repente
E a fragilidade humana assume a sua soberania sobre nós
Ainda bem que a gente aprende desde cedo a olhar para o céu
A acreditar em sonhos
Somente assim a gente vai seguindo
Apesar dos avisos...



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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PARA TUDO...

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Para encanto ou desencanto

Canto...

No entanto chega o pranto

E o espanto de viver

Para deslumbramento ou lamento

Tento

E a vida me ensina

A não temer as desventuras
 
Que chegam com o anoitecer

Para ilusão ou solidão

Violão

E um dedilhado suave

Que possa ensurdecer a razão

Para melancolia ou utopia
 
A paz que abranda tempestades e vento forte

Para toda maldade ou saudade

A mesma dose de compaixão
 
De amor ou sorte
 
Para toda vida ou morte
 
Você
 
Para acalentar o que não quer adormecer
 
 
 
 
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E-MOTIVO

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De olhos e sorrisos
Das canções o motivo
No berço seu choro em dó maior
A música não espera
É flor de primavera que perfuma

Sem querer sufocar
Os mesmos olhos de menino
Que continuam sorrindo
Com o violão no colo a compor
Cantando pra não chorar
A alegria da vida
E fazendo samba
Com seus motivos de amor
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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FUGITIVA DE MIM

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E a liberdade escapa por entre sorrisos esquecidos
Uma luz foge dos olhos quando a descrença está distraída
Por entre pequenas frestas de vida
A gente vai compreendendo que a liberdade não é uma dimensão infinita
Na verdade ela tem medidas muito precisas
Ela é suficiente
Estará sempre condicionada às nossas escolhas
Muito mais aos erros do que aos acertos em nossa trajetória
A liberdade é aquilo que podemos segurar entre dois dedos
Às vezes por um ínfimo segundo
Tempo suficiente para renovar o sentido de tudo
Um dia simplesmente  a gente tem um acidente no meio da história
E perde o maior direito que possui... Nosso corpo fica confinado
O nosso olhar perde o seu alcance
Eis que vai embora a natureza de ser livre
Talvez por termos deixado de perceber que esse é o maior valor
Triste condição humana do costume
Mas é preciso perder para compreender o sentido de uma oportunidade
Quando a invenção de uma nova realidade nos toca por um momento
A gente volta a pintar o rosto
Sentindo o sabor perigoso da felicidade
Numa brincadeira leve... De infâncias nunca vividas
Para reconhecer que algumas ilusões não podem nos condenar para a vida toda
A sentença é a própria falta de vida
De movimento...
De imagens a projetar para dentro
As escolhas erradas nos limitam a passar os dias reprisando memórias
Que às vezes se esgotam
Inclusive as emoções de nossas reminiscências
Também se aquietam em nós os pensamentos
Por isso a necessidade de tecer novos sonhos
Para sentir que algo ainda pode vagar por aí
Sem que os limites dos muros e das celas possam cercear
Sem cárceres vive o invisível
Não há algemas para as palavras
No instante da fantasia volto a ser belo, importante e maior...
Esse é o instante em que o sorriso deixa escapar uma esperança de liberdade
E ter esperança será sempre uma irrealidade libertadora
Por isso quero a liberdade sempre fugitiva de mim

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

FUI ALI...

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Tenho escrito pouco
Acho que a poesia tinha ido ali...
 Mas ela voltou
 Que bom que ela sempre volta
Afinal todo mundo tem seus dias de isolamento
O problema é o vazio que ela deixa
Uma sensação de falta de sentido
Como se algo muito importante tivesse desaparecido
E não soubesse onde foi deixado
Que bom sentir que minhas mãos ainda são instumento
Que meu olhar não ficou sem inquilina
Seja bem vinda poesia menina
Da proxima vez que for ali não se demore
Ou ao menos deixe um bilhete
Para que eu não me sinta abandonado
Não precisa dizer o destino
Nem quanto tempo será asua ausência
Diga somente:
"Fui ali... Um dia eu volto... Você sabe que eu volto... Por isso não me despedi."

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

GANGORRA

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A gente vai tentando se equilibrar
Nessa gangorra de sorte
Até que chegue a morte
A parte baixa dessa brincadeira
Há dias em que a alegria chega
Falo alegria e não felicidade
Porque felicidade é coisa séria e pesada
Noutro momento próximo nos vem a tristeza súbita
Dias de pouca tranquilidade
Como um assalto
Nos deixando a mesma sensação de perda e violência
O pior é quando nos atira a mão do amor
Aqui falo amor por ser uma condição crônica
Eu sinto muito mais a decepção
Quando o insulto vem de olhos íntimos
Quando aquele em quem repousa o meu coração
Veste-me com roupas que nunca usei
De certo que temos pecados
O pecado é a coluna vertebral do homem
O meu maior com certeza é o de tentar não machucar ninguém
Nem mesmo em minha vaidade
E me proteger pouco daqueles a quem dou muito valor
A realidade é que não concebo amor com armas nas mãos
Navalhas afiadas para cortar sutilmente as camadas menos calejadas da alma
Sou mais do exercício da carícia
Das palavras de construção...
Tão leves que possam se erguer sem pesar
Acredito na cumplicidade sem danos
E por toda a vida... Diariamente refeita para ser sempre recém chegada
Sei que por toda a vida serei o meu único expectador
Único desprovido de falsas impressões
Solitário conhecedor das minhas reais motivações
Enquanto vivo as tristezas de amores que não consiguirão nunca me enxergar
Acho que fatalmente acabarei me tornando todos os outros que encontram dentro de mim
E que eu não consigo encontrar...
O que eu sou de verdade
Deixarei unicamente para o meu deleite particular
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sábado, 4 de agosto de 2012

DE QUE É FEITA A SAUDADE?

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De que é feita a saudade?
Certamente de um pedaço de cada sentimento humano
Uma mão cheia de nostalgia
E uma pitada suave de felicidade
Os sabores que não sentimentos se dissolveram na mistura
Mas eles estão presentes...
Paixão e amor são o toque agridoce
Que amenizam a acidez da dor
Por isso saudade tem tantos sabores
Depende da medida de cada ingrediente
E isso será sempre muito particular
Cada um tempera a sua alma com aquilo que mais lhe falta
Saudade é o único alimento que vai bem quente ou frio

(Poema para as minhas amigas, tão saudosas em tempos de frio)

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

VERTIGEM

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Que vulto é esse que passa luminoso em meio à vertigem?
É Um milagre que escorregou de algum lugar impossível
E surpreendeu nossas frágeis crenças na vida
Sempre acreditei em milagres duvidando todos os dias
Ainda não tenho certezas
Mas a luz é bonita...
Tranquiliza a dor na cabeça trazida pela vastidão branca
É um milagre? Então me traz certezas


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quarta-feira, 20 de junho de 2012

A SORTE É ESSE ACIDENTE

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A vida é cheia de acidentes
Não há existência sem a violência do inesperado
Acidentes surgem para mudar a forma como os dias se movimentam
Em alguns escorre sangue
Outros recebem o nome de sorte
E ganham uma cor diferenciada
A sorte é esse acidente que modifica todas as crenças 
É quando o imprevisível nos causa um assombro doce
O contrário disso é a fatalidade
O assalto repentino que paralisa
O atropelamento imprevisto numa avenida congestionada
A colisão que nos surpreende na curva
A sorte, esse acidente com textura de dádiva...
É também uma certeza que nos acordará no meio da noite
De outra forma não faria sentido estar em alerta às desventuras
Acredito na compensação de todo mal
Ainda é preciso perceber quando sorte se traveste de acidente
A sorte também pode ser vermelha
Nem tudo o que nos põe no chão passa por cima de nós...
É preciso aceitar que o acaso está na vida para mudar alguma coisa
Talvez as escolhas que sem impacto não faríamos
Acidente e sorte dividem a identidade
E nos abordam nas ruas vazias do nosso esquecimento
Por descuido ou fatalidade seremos atingidos
Será sorte...
Um Acidente...
O acidente é essa sorte...
A sorte é o menos dolorido dos acidentes
Ainda bem que um espaço de seis letras distancia Sorte e Morte



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terça-feira, 19 de junho de 2012

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

RELEXÕES SOBRE A HUMANIDADE

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Todo dia a gente tenta chegar mais perto daquilo que deveria viver ao nosso lado A sociedade vai inventando formas de legitimar aquilo que ela anulou De resgatar aquilo que ela execrou O homem nas mãos da boa vontade do homem É irônico que tanta necessidade se origine si Tantos dependentes da boa vontade de poucos Ninguém de fato tem interesse em prioridades Como recuperar uma humanidade que se viciou? O menos aterrador de tudo que vemos É a percepção de que tanto caos gerou resistentes Indivíduos que mesmo vislumbrando a imutável condição dessa esfera Permanecem levantando diariamente a difundir seus sonhos Passará o tempo e pouco será de fato modificado Mas enquanto a barbárie preponderar Dessa geração nada espontânea emergirão os fortes A única garantia que temos de que vozes ainda surpreenderão Em meio ao silêncio que oprime será ouvido um grito Alguns nascem para ser a fortaleza de muitos E poucos morrerão que de fato tenham construído algo justo Mas enquanto os pequenos aglomerados dos que lutam existirem Muitos não poderão fingir que corre tranquila a civilização Terão que fazer, mesmo que seja de conta, que se importam E se a importância não for de fato um valor Haverão de nascer outros com a mesma necessidade... A de tornar verdadeiramente livre todo homem.
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sexta-feira, 13 de abril de 2012

O MAIS COMPLICADO

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De tão simples o mais complicado
Não bastasse o amor em mim tatuado
Arrancou-me a pele
Cicatriz profunda
Rasgou meu vestido
Sinto-me imunda

Quebrou meu espelho
Pra eu não me enxergar
Marcou em mim teu nome pra eu sempre lembrar
Trancou-me a alma
Lá dentro de mim
E deixou uma culpa que não sei fingir

Ferida a ferro
Coração em brasa
Retirou-me os sonhos
Destruiu a casa
E deixou-me viva
Não restou mais nada

Que vingança dura
Covarde e cruel
Não tem um só dia que não deseje o céu
Não tem uma manhã que eu queira acordar
Todo momento me pego a chorar

Presa em mim não saio na porta
Olhar meu corpo já não sou capaz
Sou coisa morta que não regenera mais
Quem sou eu? E essa dor aguda?
Quanto mais eu grito mais vou ficando muda

Quem sou se não tenho amor por mim?
Onde fui afinal se ainda permaneço aqui?
Cicatriz moral que não me deixar olhar
Queimadura que arde e nunca vai curar
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DOLORIR

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Dolorir é colorir com suas mãos a dor
Fazer florir em terreno que secou
Criar janelas para a luz entrar

Dolorir é inventar sempre novas razões
Se permitir deitar em emoções
E flutuar... Flutuar...

Dolorir é deixar partir o que passou
Sem nem por isso esquecer o que marcou
É por um vestido verde e dançar
Sentindo o corpo acreditar que por ir...

Ir onde o medo nunca deixou
O infinito pequeno ficou
Para quem resolveu pintar
Mudar a cor de cada ausência de tom
Por em cada palavra um som para ouvir... Ouvir

Dororir... É diexar a dor partir para nunca mais voltar.
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terça-feira, 10 de abril de 2012

LA DOLOR

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Doloriu minha alma
Manchou meu corpo com vermelhos sentimentos
Que não querem limpar
Debaixo do chuveiro sinto escorrerem os sonhos
São da cor do sangue que não pára de jorrar

Tenho a pele branca
Que deixou de ser pura
Até mesmo a doce textura passou a arranhar
Sinto uma dor fina
Como se a menina que sou deixasse de ser
Eu era pequena e queria brincar
Hoje não sei mais...
Acabaram os sonhos
E a boneca antes querida quando me olha nos olhos
Insiste em me julgar

Onde está a cor de tudo
E essa voz que me deixa surdo
Por que não se cala para eu dormir?
Onde estão as tintas
Pra eu pintar um novo mundo
Onde eu possa sorrir?

Por entre as pernas o manto
a dor e o pranto
Um medo imenso de amar
A menina não brinca, não canta, não almeja
Não tem luz, não tem vida, não tem mais o desejo do altar

Doloriu
Todos os sonhos escorrem de mim como um rio...

...........................................

Doloriu mi alma
Sucia de mi cuerpo con los sentimientos rojos
¿Quién no desea limpiar
Ejecutar los sueños sensación de ducha
Son el color de la sangre a derramar

Tengo la piel blanca
Esto ya no es puro
Incluso la textura dulce, empezó a rascarse
Me siento un dolor delgada
Como la chica que ya no estoy siendo
Yo era joven y quería jugar
No más sueños
Y la muñeca vive juzgarme

¿Dónde está el color de todos
Y esa voz que me hace sordos
¿Por qué no cerraron a dormir?
¿Dónde están las tintas
Así que puede pintar el nuevo mundo
¿Dónde puedo sonreír?

Para el manto entre las piernas
el dolor y el luto
El miedo a una gran cantidad de amar
La niña no juega, no canta, no aspira
No hay luz,no hay vida, ya no tiene el deseo del altar

Doloriu
Todos los sueños agotado como un río ...
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segunda-feira, 2 de abril de 2012

"TOCA-ME..."

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LETRA DA MÚSICA "TOCA-ME..."
Autor: Ewertton Nunes

Me pega forte com carícias de mulher
Estranha sorte que me acha onde estiver
Doce silêncio que me acorda de manhã
Deixando a boca com frescor de hortelã

Triste vazio se derrama ao preencher
Cama molhada por dois corpos com prazer
Dor insensata que me teima em incomodar
Amor tranquilo que me fere sem sangrar

Eu perco o sono por pensar em não te ter
Mas abandono se não faz por merecer
Quero poesia, eu não quero agressão
Eu quero toque já cansei de empurrão

Dançar na rua com a chuva a me banhar
Deitar molhada sem ninguém pra reclamar
Dormir tranquila sem medo de viver
Amar mim mais do que amo a você
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“TUDO O QUE MAIS QUERO”

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LETRA DA MÚSICA “TUDO O QUE MAIS QUERO”
AUTOR: Ewertton Nunes

Não sei onde vou parar
Nem sei como vou chegar
Eu ando pelo mundo devagar
Porque a pressa não tem onde morar

REFRÃO:
E vou seguindo assim
Sem perder aquilo que eu vivi
Então, o que devo cantar?
Se tudo o que mais quero é ficar/sonhar

De tudo o que tenho a dizer
Metade do que digo faz doer
No corpo ferido a ilusão
No peito o que restou de um coração
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"Não tem só fragilidades meu coração"

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LETRA DA MÚSICA: "Não tem só fragilidades meu coração"
AUTOR: Ewertton Nunes

Essa foi a última vez
Que tocou o meu corpo com pesar
Não compreende o quanto eu te dei
Vai embora, eu não quero mais chorar

Não sou capaz de ficar ao lado de alguém
Que nos meus olhos não consegue enxergar
Se eu transbordo o que nunca falei
E o meu corpo não pára de gritar

REFRÃO:
Sou mulher, não sou uma invenção
Não tem só fragilidades meu coração
Eu tenho vida que não cessa de buscar
Lugar tranquilo onde possa morar
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"Eu só quero voz"

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LETRA DA MÚSICA : "Eu só quero voz"
AUTORIA: Ewertton Nunes

Tuas mãos pesadas no meu corpo fraco
Cheio de ematomas, cheio de cansaços
Àspero de gritos
De choro abafado
Louco de desejos nunca saciados
Teus limites toscos e nunca alcançados
Teus receios secos, rotos e quebrados
Me impedem a vida
Diminuem o quarto
Retiram o sono
Desgastam meus passos
Mancham-me a pele com tapas ingratos
Violam o sexo por mim não buscado
Fazem-me silêncio amplo e prolongado
Tiram-me o amor sempre cobiçado
Deixam-me trancada
Deixam-me vazia
Fazem empobrecer essa melodia
Cessam-me as forças
Viro apatia...
E os planos todos eu lavo na pia...
Porque tudo em mim é melancolia e só...
Tristeza e só... Na garganta um nó...
É nada, é mudo, é isso, escuro...
Eu só quero voz... Eu só quero voz
Pra dizer que não quero mais sofrer
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sábado, 21 de janeiro de 2012

A CORDA

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Essa sensação que te acorda
É a corda da ausência sendo puxada pelo inconsciente dos seus desejos
Já acordei com esse sentimento por vários dias
Uma textura de ausência, como que uma premonição, um assombro...
Ausência de vida é mais do que saudade
É falta... E falta é algo crônico
Não é uma coisa retirável
É imposta por alguma coisa que nunca reconheceremos de fato
O que te despertou essa manhã
Foi essa intuição de que algo precisava ser diferente
Na verdade, a sensação de que algo precisa voltar a existir nos seus dias
De verdade o seu fantasma tem nome e motivo
Seu coração retornou como nos contos de fada
O beijo que faz os olhos se abrirem foi dado
E você está amanhecendo para rememorar o que te fez adormecer
Essa sensação de susto é a mesma sensação de um beijo roubado
O mesmo espanto que faz o corpo perder sua sanidade
Aquele beijo fez retornar as sensações que você estava querendo esquecer
Beijo cura amnésias
O beijo é o desfibrilador mais potente para uma vida que parecia não mais pulsar
Essa sensação você sabe o que é...
Logo a sua memória te fará lembrar



Inspirado numa conversa com Dayanne Alves
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

PENSAMENTOS AMARRADOS

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A gente vai abandonando o que insiste em escorrer das mãos
A vida é líquida... Nossas dores é que podem solidificá-la
Há que tentar sentir o frescor que a vida deixa...
Quando o vento bate em nossas mãos molhadas

......




Eu voltei para retomar alguma coisa... O quê? Ainda não sei...

......

Como não acreditar na superação dos que nasceram para fazer o mundo melhor?
Difícil seria acreditar nos que não dão um passo à frente para melhorar aquilo que são, e mesmo assim eu acredito.

.......



Ontem vi elefantes nas nuvens, por isso elas estavam pesadas
Hoje o sol estava sobre a minha cama, eu simplesmente fui um pouco mais para o lado
Amanhã não será mais o mesmo dia e isso não altera tanto assim as coisas

......

O nosso corpo sempre anuncia a falta de algo que precisa
A sede é a falta de água, a fome de comida
A saudade é a falta do amor
E todas essas faltas podem ser supridas basta querer
Logo, fome, sede e saudade são necessidades urgentes
Precisamos saciá-las. Apresse-se!

......



Muitas vezes é físico o mal que causamos a nós mesmos
Todo egoísmo fica preso em nós E egoísmo é noscivo...
A cura para isso será sempre a tentativa real de mudar.

.......


Brócolis
Sushi
saudade
coca-zero
yakisoba
saudade
rolinho romeu e julieta
saudade
camarão ao alho e óleo
Tudo o que como tem o mesmo gosto de saudade.
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INESPERADO

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De repente o dia inesperado chega
A gente entende que nos assalta a vida
Daí a gente perde com violência
E essa violência de perder o que conquistamos com muito esforço...
Paralisa a nossa coragem de enfrentar as ruas
Mas um dia de repente o por-do-sol está lá
E a gente se assusta com a beleza que retorna aos nossos olhos
Ninguém gostaria de perder o que escolheu para a vida
Mas a vida não nos dá tantas escolhas
Ela traz a ilusão de que a governamos
Porém, chega a hora da injustiça
Essa que nunca será superada
Porque viver é exatamente estar sempre querendo ser justo
Principalmente com a sua solitária felicidade
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COLO DE MÃE

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Tenho a respiração forte
De quem aspira o mundo com dificuldade
Mas o prende firme antes de expirar
Quando o silêncio é o soberano da noite, eu ressono
E isso que saí, é o tanto de vida que circula para dentro e para fora de mim
Nunca foi fácil respirar
Mas eu luto firmemente por cada inspiração que possa buscar
Inspiração move física e espiritualmente a natureza do homem
A minha natureza depende dessa força dividida
Agora eu tenho mais dificuldade em puxar muita coisa para o meu corpo
Sinto que o verso vela o meu sono
Atento ao meu ofegante peito
A poesia é o ventre onde fico em gestação
É o meu primeiro berço
Toda vez que sou parido para enfrentar a vida
Sinto o ar das provações agredirem o meu pulmão expandido
E eu choro assim...
Choro porque um dia havia desaprendido como se chorava
Sempre tive o "peito de pombo"
Enlarguecido por esse desejo que tragar tudo com voracidade
Roubando respirações de outros
E as deixando presas
Muitas vezes nem sei se o meu ar é realmente meu
Não consigo nem mesmo entender se conseguiria respirar sendo de outra maneira
Mas a realidade é que tenho a respiração pesada
E apesar da grande capacidade de aspirar sonhos
Tenho ossos pesados demais para voar
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IMATERIAL

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Perdi a capacidade de condenar as ações humanas
Essa sensação de entender as razões do mundo seria uma dádiva?
Julgo muito mais a mim e me condeno muito mais
Ganhei do universo uma generosidade estranha
Sinto a estranheza do mundo perante essa qualidade adquirida
O que é controle para muitos está descontrolado
Aquilo que parece falta de juízo é na verdade o juízo maior
Talvez seja difícil entenderem os motivos pelos quais vivo a querer mudar tudo
Mas um dia perceberão que a vida precisa de valores como esses
Perdidos na transição do imaterial para a matéria
Não por acaso os homens que permaneceram na história do mundo
São dotados de virtudes incompreendidas
Mas eles permaneceram
Se eu permanecer de alguma forma, é porque sempre estive certo.
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