quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

COLO DE MÃE

| |



Tenho a respiração forte
De quem aspira o mundo com dificuldade
Mas o prende firme antes de expirar
Quando o silêncio é o soberano da noite, eu ressono
E isso que saí, é o tanto de vida que circula para dentro e para fora de mim
Nunca foi fácil respirar
Mas eu luto firmemente por cada inspiração que possa buscar
Inspiração move física e espiritualmente a natureza do homem
A minha natureza depende dessa força dividida
Agora eu tenho mais dificuldade em puxar muita coisa para o meu corpo
Sinto que o verso vela o meu sono
Atento ao meu ofegante peito
A poesia é o ventre onde fico em gestação
É o meu primeiro berço
Toda vez que sou parido para enfrentar a vida
Sinto o ar das provações agredirem o meu pulmão expandido
E eu choro assim...
Choro porque um dia havia desaprendido como se chorava
Sempre tive o "peito de pombo"
Enlarguecido por esse desejo que tragar tudo com voracidade
Roubando respirações de outros
E as deixando presas
Muitas vezes nem sei se o meu ar é realmente meu
Não consigo nem mesmo entender se conseguiria respirar sendo de outra maneira
Mas a realidade é que tenho a respiração pesada
E apesar da grande capacidade de aspirar sonhos
Tenho ossos pesados demais para voar

0 comentários:

Ir arriba

Postar um comentário

Contador de visitas

Seguir

Inscreva-se

Coloque seu email aqui e receba as postagens desse blog:

Você vai receber um e-mail de confirmação

Nº de visitas

Contador de visitas
 
 

Diseñado por: Compartidísimo
Con imágenes de: Scrappingmar©

 
Ir Arriba