sexta-feira, 8 de outubro de 2010

POEMA "In SÔNIA"

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Este é um poema noturno

Feito numa dessas noites longas que se prolongam pela vida inteira



Versos que vagam pelas horas... Pelas buscas... Pelo silêncio da madurgada

Um poema para dentro de Sônia


Para além daquilo que ela consegue enxergar em si...


In Sônia é possível ver preciosidades que estão seguras na escuridão


Naufragadas pelas tempestades humanas


No passeio bucólico pelas lembranças de uma vida suspensa


Do lado, com o olhar atento, o cão guarda amorosamente a prisioneira do medo



Unica companhia segura e fiel em tempos de reclusão



A luz solitária do computador projeta sobre a face a feição agridoce de viver virtualmente



Uma vez que viver no real tornou-se arriscado demais



Embora a máquina não consiga computar a dor que a solidão impõe aos que não conseguem descansar

Viver "In Sônia" é adentrar na essência mais delicada de uma alma que se aprisionou fora do sono



E vaga acordada sem retornar ao corpo



Estar In Sônia é como conseguir ver a flor vivendo noturnamente



Solitária flor da noite que percorre a fantasia sem sair do seu jardim



E contemplar os segredos que aparecem quando a lua está mais elevada



Dormir é perigoso... As horas que passamos entregues ao inconsciente podem trazer danos irreversíveis



Sempre pensei que Sônia fosse um nome derivado dos sonhos



Mas agora sei que Sônia possui um significado perfeito



Percebi que um nome escolhe a quem deseja reinar



In Sônia não vem da impossibilidade de dormir mas de acordar...



Uma insone condição que mantém Sônia out...



Fora do que sonha ou sonhou um dia quando se permitia



A madura menina de brilho no olhar abafado nao entende que o tempo só passou fora dela...



Out Sônia...



Soturna busca pelo nada que nos coloca cada vez mais fundo, escondido...



Para encontrar tesouros é preciso ir nas profundezas



Mergulhados em despojamento e verdade



Assim megulho nas noites de In Sônia...



Companheiros pelas horas... Pelas palavras... Pela nostalgia... Pela procura...



E vou para dentro, para o profundo, com a lanterna da amizade na mão


Até encontrar a chave que abre o baú dos sonhos mais valiosos de Sônia

Imagino que lá esteja a flor rara que ela prendeu

Nos privando de ser contaminados com a sua beleza fundamental

Sempre In... Para que despertando esses tesouros adormecidos

E ela possa retornar à superfície

Aparecida para si e para fora

Out Sônia!

Partindo do oceano do medo, deitada leve sobre um barquinho seguro

Enquanto a noite vai e a sua alma tranquila consegue novamente dormir .


Poema feito para Sônia, uma amiga especial, à moda antiga, compatível ao DNA da minha alma. A flor rara que está trancafiada dentro de um baú no oceano do medo... Mas que precisa ser resgatada para que todos a sua volta se favoreçam da beleza que se esconde dentro de poucos homens.

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