sexta-feira, 3 de setembro de 2010

VIVENDO NAS "RETICÊNCIAS" (...)

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A pior coisa que podemos nos permitir é viver nas reticências
Calar aquilo que por dentro é uma vontade sem mensuração
Viver com o silêncio das coisas não ditas nos impõe a coexistência com um universo de fantasmas Eu estou preso nas reticências, num cotidiano de uma história inacabada
Preso na possibilidade daquilo que poderia ser, mas não quer ser meu
Por isso, venha a se tornar para sempre mais uma suspensão
Acordo todos os dias com as reticências
Tento construir uma jornada nova para os meus pensamentos
Mas as horas permanecem repletas de silêncio e calar torna-se a minha única afirmação
Sou posto diante de lacunas que preencho com as minhas mais agoniantes verdades
O pior é quando nos impõem as reticências
E deixam a subjetividade a nosso critério e capacidade de ler aquilo que não queriamos
Tenho terminado o meu dia com inúmeras reticências
Respostas que talvez eu nunca terei, nunca consiga decifrar
Eu não sou afeito a colocar pontos que determinem o final das coisas
Não apago fotos, nem rasgo cartas
Tudo vira anexo, recorte, arquivo e mais reticências
As vírgulas ainda são uma possibilidade
E mostram o quanto sou flexível a tentativas de complementação
Sei dar espaço para que o ar trasfigure aquilo que eu gostaria de dizer
Tenho engolido muitos desejos, vontades, necessidades
Pode parecer a mesma coisa, mas somente quem sente a gradação das horas vai entender o que digo
Escolhi as reticências na esperança de que apareça uma leitura compatível com as dezenas de mensagens ocultas no meu coração
E agora estou preso a elas
A noite o sono surge com as reticências de um dia que não concluiu as suas metas fundamentais
As que dizem respeito ao amor e as suas prioridades
Sei que não permanecerei muito tempo preso em três pontinhos que me deixam estático
Enquanto estiver nas reticências é sinal que continuo tentando salvar algo
Porém, quando perceber que não existem mais as reticências
É porque eu já consegui matar a história que tanto me deixou preso no tempo e espaço
com um definitivo ponto final.

Poema escrito a partir das palavras de Alessandra Teófilo, depois de uma noite imprescidível para elevar a minha autoestima. Pensamentos escritos ainda com o sabor do vinho tinto suave, do SUSHI e de outras coisas que me fazem tão bem ao paladar e ao espirito.
Ainda existe saudade e muito pouco de dor... Este é o indício de que logo eu estarei livre daquilo que eu queria tanto, mas que não faz nenhuma questão de ser meu.
04 de SETEMBRO de 2010 / 01:05

Um comentário:

  1. Cada vez mais acredito nos encontros
    Re-encontros,ainda mais regados a vinho,onde as reticências são deixadas de lado e transformam-se saudavelmente em positivas exclamações
    Maravilhoso sê-los(LU,CAUÊ,EU,VC e BB)!!!

    ResponderExcluir

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