sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Antes de você cochilar...

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Quero ouvir o som da sua voz balbuciar...
Palavras sinceras... Como uma carícia feita na cabeça
Um cafuné na alma para um sono bom chegar
Preciso que apague a luz dos seus olhos
Para tudo poder sair
E o medo não mais nos aconselhar
É a sua voz que precisa ninar o meu espírito
antes de você cochilar... Antes de você dormir
Conte coisas ainda não ditas sobre nós...
Quero ver você falar com doçura
Das escolhas que temos daqui pra frente
É confortante ouvir a musicalidade do som que sai da sua boca
Diga algo sobre aquilo que restou latente
E ainda nos permite dividir a mesma cama com candura
Sozinhos, aqui, enrolados nos lençois
Deitados depois de tanto ir e vir em nossos quereres...
Respirando melhor depois de sofrer
Depois de asfixiar os prazeres
Ficando mais leves depois de chorar
Por uma vida que não é como poderia ser...
Enquanto os seus olhos lutam contra o cansaço
E eu luto contra o meu amor
Deixa sair daí de dentro a nossa salvação
Com o seu timbre manso e grave que solfeja as palavras mais duras
Narre este enredo que não foi escrito por um só coração
E não somente uma cabeça deve esquecer...
Daqui a pouco a gente se perde no sono
A gente se entrega em abandono
Para no sonho poder se encontrar
Há coisas que a realidade mata
Mas o inconsciente revive e aperfeiçoa
Que a razão esquece e a gente sem arrependimento perdoa
Tem coisas que o sonho pode resussucitar
E a vida ideal pode finalmente prevalecer
Ainda que por uma noite que finda em poucas horas
Mas ao menos sonhando a gente não chora
A perda e a imcompreensão de um amor
Que não quis tentar avançar por etapas mais belas
Preferiu olhar o amor da janela
Sendo esse uma realidade fora de si
A qual não é preciso sentir por ela se por acaso não durar...
Ao menos nos sonhos podemos ser felizes
Mesmo diante da sua finitude e confusão
Lá da felicidade a gente não duvida, pois, no sonho não existe ilusão além da ilusão
Fala... Que te ouço como um menino que adora contos à noite
E que com ansiedade espera este momento mágico
Em alguns minutos a gente silencia
Logo vamos adormecer...
Essa nossa história amanhã pode não despertar
Pode ser que a deixemos dormindo
Sem barulho saiamos para não incomodar...
Mas agora eu preciso ouvir o som da sua voz
Falando desta forma que gosto tanto das coisas não ditas sobre nós
Preciso apenas disto antes de você cochilar...
Antes dos seus olhos se fecharem...
Antes do cansaço nos vencer...

Poema escrito numa dessas noites leves, onde jogar limpo ainda é a melhor saída para o caos encontrar uma ordem possível... Deitado em uma cama que ainda abriga muitas interrogações...
17 de SETEMBRO ás 07:35 da manhã...

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