quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CONTO (inacabado)

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Ela havia saído de uma cirurgia complicada, não que a sua rotina fosse diferente... O que aconteceu neste caso em especial, é que entre tantas complicações que ela tinha todos os dias, algumas se tornavam mais crônicas quando envolviam as pessoas que ela amava.
Naquela madrugada havia operado a própria mãe, mas sem tanto êxito. Desta vez a notícia de morte não precisaria ser dada a terceiros, quando chegasse a hora, em silêncio ela remediaria a sua própria dor. A confirmação da metástase era dura até para uma profissional tão vivida, que já viu o câncer levar tantas pessoas esperançosas embora.
-Nenhum ser humano merece morrer... Na verdade nenhum ser humano deveria saber que não existe mais salvação.
Essa crença que a levou até a faculdade de medicina a motivava na luta pela possibilidade de prolongar um pouco mais a permanência das pessoas em vida. O problema era a percepção de que ela era uma exceção na sociedade, e que infelizmente, existem por aí tumores que são descobertos, assim, de repente. E a constatação disso pode mudar tudo.
Enquanto fazia o trajeto para casa, tinha a cabeça tomada por estas e outras elocubrações filosóficas sobre a existência. O que ia totalmente de encontro à ciência que ditava as suas horas.

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