Quando um dia parece ideal para morrer
Alguma coisa está completa ou extremamente errada
Não sei se essa é uma carta de homicídio, suicídio ou duplo assassinato
Estou com uma arma na mão sem saber o que desejo de fato executar
A questão mais complexa não é atirar ou não
Isso é apenas o fim... O pior está no começo de tudo...
Quem paga generosidade com desprezo deve morrer
Quem zomba da entrega dos outros não pode voltar a sorrir
Será que assim nascem os psicopatas?
De tanto jogarem amor sem retorno?
O vazio vai ficando cada vez mais infértil...
Tudo vai ficando oco, louco, pouco e nada?
Eu tenho precisado de filmes, cinema, catarse
Algo que confronte fantasia e aguce a realidade latente
Eu tenho dor, eu sofro, eu não grito
Eu quero ferir, machucar, sangrar...
E se eu eliminasse todos aqueles a quem você lança a culpa?
Teria agora alguma desculpa para não tentar?
Eu acordo eu durmo aflito sem nada mais servir como consolação
Por isso hoje essa arma chega às minhas mãos como o melhor conselho
Não sei bem ao certo se essa é uma carta
Nem se sou eu um psicopata criado pelo vazio
O certo é que alguém precisa morrer...
Poema escrito com frieza e calculismo, um súbito de sanidade ou loucura... Quem sabe com a junção perfeita das duas coisas. Ainda existem a dor e a saudade, a última ainda mais forte do que a primeira...
02 de SETEMBRO de 2010 - 11:27
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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