quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CONGESTIONAMENTO DENTRO DE NÓS

| |




Se te congestiono



É por ainda não saber como me conduzir



Sou tomado por razões criadas pela minha vaidade



Regido por insanidades



Eu crio as minhas novas verdades



E as velhas eu jogo em qualquer lugar



E de tanto abandonar uma hora me perco



Estagnando o trânsito tranquilo do nosso sentimento maior



Fico parado num sinal vermelho de sangue



Que escorre vagarosamente dos olhos



Pra não me deixar enxergar nada mais



Querendo ver abrir o tempo desse amor que não corresponde a um tempo real



O tempo do amor é outro



E do amor em qualquer tempo se herda o desgosto



De desgastes que não nos levam muito à frente



Como numa viagem suspensa pela escolha errada de direção



Tudo que anda em velocidade



Uma hora acaba em um acidente



Onde a vítima pode ser um de nós dois



Alguém pode se ferir nessa desenfreada adrenalina de afetos



E toda violência quando não mata, esvazia...



E a gente vai desaprendendo como encher



Até que nada mais caiba dentro ou não pareça caber...



Nunca se está sozinho num congestionamento



Nada se interrompe isoladamente



Aos poucos vou aprendendo a dirigir por esse caminho



De toda sorte posso ao menos aprender a lidar melhor com a interrupção da paz



Vou escolhendo as melhores avenidas em mim



E respeitando os limites de velocidade das minhas emoções



Logo vou deixando na estrada qualquer descuido que possa nos acidentar.
NA VERDADE NÓS OS POETAS É QUEM MAIS ERRAMOS POR PENSAR QUE SABEMOS DEMAIS SOBRE AS COISAS DO CORAÇÃO.

0 comentários:

Ir arriba

Postar um comentário

Contador de visitas

Seguir

Inscreva-se

Coloque seu email aqui e receba as postagens desse blog:

Você vai receber um e-mail de confirmação

Nº de visitas

Contador de visitas
 
 

Diseñado por: Compartidísimo
Con imágenes de: Scrappingmar©

 
Ir Arriba