segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"TUOEAME"

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De repente comecei a não mais sentir tesão em ouvir um “eu te amo”
Deve ser mais uma das imagens de felicidade que desabam do meu castelo de fotografias
Percorrendo a história de um novo romance
Sinto como se tivesse lendo apenas um capítulo destinado a mim
Mas quando eu começo a folhear em retrocesso as páginas que me antecedem
São tantos os nomes, fotografias tiradas, lugares percorridos, cartas escritas, e-mail`s trocados, jantares saboreados... Um passado repetido no presente.
E foram tantas as vezes em que se disse “eu te amo” a ouvidos que não os meus.
A repetição de uma vida que em nada serve para mim
Eu queria inventar a minha própria maneira de dizer o que sinto
Um expressão que não tivesse nunca sido destinada aos ouvidos de mais ninguém
Uma melodia de palavras que chegasse virgem, intocada por outras bocas
É estranho eu pensar que penso isso
Logo eu que sempre construí um percurso tendo o amor como “linha-guia”
Que tal se agora brincássemos de não fazer nada que já tenha sido feito por outros?
Se buscássemos isoladamente fazer o outro ser sempre o único
Se tatuássemos uma estrela do mar como aliança?
Que tal se a partir de agora disséssemos “TUOEAME”?
Ao menos desconstruiríamos o que virou instituição
E nos permitiríamos não seguir fórmulas e rituais que nos retiram a originalidade de viver

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