domingo, 6 de fevereiro de 2011

LAVAR LOUÇAS

| |




Dentre as várias comparações que posso fazer da vida



Há uma prática que sempre mereceu em mim uma reflexão maior



"LAVAR LOUÇAS"



Ainda aprendendo sobre a vida


Na fase de construção de alguns valores


Senti que limpar o que está sujo não é nada mais do que uma violência necessária


E é preciso fazer isso imediatamente depois de se sujar...


Comece lavando os pratos e logo a vida estará limpa


Houve um tempo que eu acumulava


Usava um após o outro... E o que era um em pouco tempo já era caos


Assim descobri a coragem para manter sempre limpo o que me dá prazer...


O depois é uma mentira que a gente acredita por preguiça


E transfere quem sabe para as mãos de outros


Ninguém deve lavar o que sujamos...


Nem tão pouco ficar limitado por nossa incapacidade de manter a ordem das coisas


A dois este é um exercíco tão difícil quanto a partilha do cotidiano


Quando os pratos ficam sobre a pia...


Se eles se aglomeram sem que alguém tenha a coragem de lavar


Logo não haverá nada mais limpo, puro, branco...


Quando se consegue um estado constante de cuidado


E o zelo se torna uma partilha que abandona o egoísmo


Ultrapassando a nossa falta de coragem habitual para lidar com as missões do dia a dia


A vida a dois será sempre como um escorredor de pratos


Quando não se "escorre a dor", o que seca não tem mais valia



Sempre secar o que nos lava para depois se ter novamente satisfação


Cada um lava o seu prato assim como quem lava sozinho a sua culpa

Se a culpa é sempre passada adiante ou se amontoa


Nossos sentimentos são louças frageis e escorregadias...

Quando não se dá verdadeira atenção ao seu manuseio eles podem escorregar das mãos

E se fazer pedaços que não mais servem para compor nenhuma mesa

Logo é inevitável nunca deixar de olhar para eles quando os estamos lavando

Pois muitas vezes achamos que temos habilidades suficientes

E que a rotina nos dá destreza para nunca errar...

Nesse momento já estamos cometendo o maior erro

O que comemos nunca é igual e o que se lava nunca será também

E existem as panelas...

Quando se foge das panelas por receio da sujeira maior

Pode chegar uma hora que água e sabão não dão mais conta

E aquilo que era tão simples como uma lavagem de louça

Não deixa mais nada brilhar





MEU AMOR NÃO É NADA PESSOAL... ADORO LAVAR A LOUÇA kkkkkkkkkkk

0 comentários:

Ir arriba

Postar um comentário

Contador de visitas

Seguir

Inscreva-se

Coloque seu email aqui e receba as postagens desse blog:

Você vai receber um e-mail de confirmação

Nº de visitas

Contador de visitas
 
 

Diseñado por: Compartidísimo
Con imágenes de: Scrappingmar©

 
Ir Arriba