quarta-feira, 23 de novembro de 2011

VOZES ANCESTRAIS

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Não consigo parar de pensar...
Devoro minhas unhas por não conseguir devorar cada pensamento
Sinto-me preso numa "esquisofrenia" que não me enlouquece
Mas tranquiliza a realidade
Ter o coração de poeta é ter alma assombrada
Ouvir vozes que pedem o tempo todo para ganhar escrita
E o pior são as nossas várias vozes falando ao mesmo tempo
Ininterruptamente fazendo apelos de liberdade
Que poucos olhos lerão com gentileza
Ou ouvirão com fraternidade
Por vezes essas vozes me despertam a noite
E não se aquietam enquanto eu não lhes dou espaço para ser
Ando pelas ruas e me ouço o tempo todo dizendo, por dentro, coisas que não sei de onde surgem
O mais estranho é saber que existem lugares em mim que nunca saberei chegar
Vozes ancestrais que são minhas, sempre foram... Perduraram até agora
Essa coisa que é tão minha sente necessidade de ser de todo mundo
Trago dentro de mim fantasmas que apelam por atenção
Existe nas coisas invisíveis que me movem
As vozes de todas as minhas pessoas que habitam em algum lugar da minha cabeça.

(EWERTTON NUNES)

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