
Fui fazer uma nova visita ao marEle estava revolto...Como se algo tivesse tirado a calmaria que encantaTentei suavizá-lo com as minhas mãosPequenas mãos tentando tocar o intocável...Modificar a imensidãoOs ventos eram o desabafo do mar Que puxava com agressividade toda a areiaComo quem machuca a própria pele com suas unhas E empurrava as ondas que traziam instabilidade aos meus passosNaquele dia, eu era cúmplice do marCompreendia plenamente as suas contrações involuntáriasA inquestionável diferença entre as nossas naturezasE as despretensiosas semelhanças entre nós doisQueria ser como ele...É que o mar é ancestralAprendeu a ir e vir, a se equilibrar, a invadir...Eu sou recém chegado e não demoro...