sábado, 7 de maio de 2011

DICLOFENACO PARA A ALMA.

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Há muitos incomoda o excesso
Eu reclamo silencioso a falta...
De onde tirar quando não se tem o suficiente?
Por esses dias mesmo existe um excesso de dor de dente
Uma dor noturna que é o prenúncio de nascimento
Toda vida nova é incômoda
Como esse derradeiro pedaço da minha boca que nasce
Procurando espaço
Me fazendo sentir a dor que a sua necessidade de ser não pode evitar
Eu não posso gritar... Eu respeito necessidades
Pois as tenho sem compreensão aos montes dentro de mim
Eu vou apenas remediando como posso as minhas e as dos outros
Para não impedir o que precisa ser
Apenas amenizar a parte que sobra para mim
Diclofenaco de potássio me traz uma ilusão de ausência
A dor existe, eu que não a sinto por algumas horas
Assim são as coisas mais crônicas dentro de mim
Mas essas parecem perfurar com as suas necessidades ainda mais além
Só que não para fora e sim para dentro
Não sei se essas dores são de nascimento ou de morte
Sei que preciso de um diclofenaco para a alma
Se alguém tiver algum remédio que cure dores da essência, por favor, me ceda...
Há em mim tanto excesso e falta ao mesmo tempo
Que não sei qual das duas coisas tento sanar primeiro.

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