Um cuidado quase que santificado, de altar mesmo
Há algo no amor que precisa ser Deus
Uma invenção do invisível que emprestamos para buscar a felicidade por aqui
Temos que construir a dois os mesmos temores do pecado
Única forma de se abrirem as portas do paraíso
É preciso que um certo abandono exista para que os mais gratificantes encontros venham a acontecer
Somente com cuidado se alcança a paz
Tenho carregado no centro do peito uma pedra branca
A que batizei de "Coração de Paloma"
Ungi nas águas do mar para que seja forte a vida toda
Uma forma de aproximar a PAZ do lugar onde ela deveria habitar infinitamente
E sacralizar , assim, a minha devoção a outro que não seja eu
Lembrando sempre que cuidar é ter a paz sempre ao alcance do coração
Por isso "desapresenta-se" um mundo profano
Que de nada serve às minhas mais beatas intenções de vida
Ao meu projeto de partilha para uma além possível
Não quero desembrulhar nenhum presente que não sirva às minhas mais íntimas necessidades
Ainda que eu pareça distante da culpa para os meus atos também humanos
Estou o tempo todo em prece para tirá-los de mim
Assim como quem confessa os seus erros
Quem busca a remissão, eu suplico cuidado
Com a mesma fé e verdade com a qual peço perdão
Desapresenta-me, então, os teus vícios passados
Que eu te santifico ainda mais como único senhor da minha maior salvação.
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