Muitos passarão a vida sem viver o que nasceram para
viver... E muitos ao lado deles não saberão quem de fato eles são
Muitos só verão uma ilusão
Um representação de nós mesmos
Feita para não contrariar expectativas
Mas de que vale viver uma vida
Que não é de fato real?
Se para cada um você revela uma parte...
Onde estará o seu todo?
Será que estaria morto?
Ou estaria vivo gritando no calabouço que você criou para
ocultá-lo?
A vida não tem intervalos
O ato é único e precisa ser virtuoso
Se tem medo de causar desgostos
Desgostosa será a existência que terá que tragar
Em tempos onde as máscaras podem salvar vidas
Retirar máscaras de medo também significa salvação
O invisível deixa ainda mais incerto o tempo restante
Pode demorar anos
Ou o fim chegar nos próximos instantes
Então, até quando ficará preso sem visitas nesse espaço
ENTRE das coisas?
Em "isola-mente", uma reclusão não somente do
corpo, mas da mente, da essência, da natureza?
Uma pandemia só torna tudo mais urgente
Os diferentes sempre estiveram em isolamento
Invisíveis e presos à
falta de entendimento
Escravizados por uma pobreza cultural
O vírus da desaprovação social, esse nos entra no sangue
antes do nascimento
E também é letal...
Quando lançado ao vento
Escraviza o espírito
Silencia os sentimentos
Nos faz forjar afetos convenientes
Personagens e "falsos" relacionamentos
Os sintomas latejam no olhos
Marejantes de descontentamento
Somente você pode despertar sua imunidade
Beber uma dose da boa loucura
Não se importar com as inevitáveis perplexidades
Uma injeção caprichada de coragem nas veias...
Pode curar tudo aquilo que a falsa normalidade camufla
O melhor antídoto será sempre a verdade
A honestidade de se mostrar sem receio
Dançar desnudado sempre será julgado como devaneio
Então, apenas dance
Beije o oposto com ternura
Faça amor com iguais
Viva, seja, exista por inteiro
Não seja refém de equivocadas regras morais
Não se castre deixando morrer o seu eu verdadeiro
Quebre a imagem criada para transitar lá fora...
Vença o medo que te prende no espelho
A hora certa será sempre o agora
Escancare os armários
Quebre os rosários
Explore o território entre o belo e o feio
A delicia de não ser certo, nem errado
Homem ou mulher
Branco ou preto
Crie sua existência nesse espaço a que foi empurrado...
Grite: "alforriado"!
E fixe uma bandeira de FELICIDADE
Habitando com poder, o espaço do MEIO.
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