domingo, 10 de fevereiro de 2019

Ventre

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Hoje retorno ao ventre da minha mãe 
Onde a vida era líquida
E o silêncio era a própria existência 
Hoje retorno ao ventre da minha mãe 
Imerso no vazio que preenche 
Na ausência que ocupa todos os espaços...
Hoje retorno ao ventre da minha mãe 
Para um tempo antes do tempo
Onde eu não era senão memória... 
Sem pretensões... Sem excessos
Hoje retorno ao ventre da minha mãe 
Em reconexão com o invisível 
Com as partes de um todo que se fazia incompleto, porém, perfeito.
Hoje retorno ao ventre de minha mãe 
Até o momento de estar pronto para mais uma jornada 
Retorno porque sempre chega a hora de voltar ao berço 
De ser acalentado pelas coisas que realmente importam
E como é bom regressar...
Deus, como é TRANS FIGURA DOR
Transfigurar as dores que foram inventadas lá fora...
Diluí-las no líquido do ventre materno 
Deitado no fundo desse lugar de trocas fundamentais...
Sinto o sublime que acolhe 
Que não exclui...
A essência mais pura... 
Hoje retorno ao ventre da minha mãe
Porque lá toco a verdadeira ideia de natureza 
E reabasteço o meu fôlego de poesia
(Ewertton Nunes) 




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