Gosto de gente que transpira humanidade
Que tem no corpo o suor das batalhas
Alimento-me do cheiro daqueles que não descansam
Os incansáveis é que me impulsionam
Nos olhos deles vejo correr o sangue que foi derramado
A dor que inconformada busca justiça...
O silêncio que não encontrou paz
Das veias que saltam por todo o corpo...
Reconheço meus irmãos de luta
E também os encontro nos discursos esvaziados das multidões
De repente palavras me resgatam e eu entendo: não estou só!
Por isso, gosto de gente que incomoda com o cheiro da sua rebeldia
Dos que não conseguem dormir tranquilos sabendo que a realidade está debaixo da cama
Do cheiro daqueles que transpiram humanidade...
Nasce uma nota de esperança
E às vezes uma só gota de perfume
É o suficiente para inspirar transformações
(Ewertton Nunes)
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