LINHA DA VIDA Dizem que o nosso destino está em nossas mãos...
Que tudo está escrito nas linhas tracejadas
Como um pergaminho
Que contém segredos sobre as nossas existências
Mas que também aponta alternativas de resistências
Para suportarmos o que há de vir, antes do inevitável do tempo: a morte.
O que vejo na palma da minha mão são raízes...
Tão entranhadas na pele que não se pode ver o começo ou o verdadeiro fim...
Oh, grande enigma que se esconde nos meus poros...
Se toda pele é um finito oráculo
Onde se encontram as respostas?
E como fico eu... Que sinto que minha materia prima são os sonhos?
Estariam as respostas em linhas na superfície da Alma!
E não havendo superfície nela... Teria eu que mergulhar nas profundezas desse desconhecido que não se acessa sendo mortal?
Quando olho a minha mão, retorno à minha fragilidade e finitude humana
Eu vejo que são tão carnais os meus desejos de ser humano...
Mesmo havendo muito de divino neles
Não estou encontrando nessas linhas
As respostas para alguns dos meus anseios...
E por isso, receio...
Que muito do que hoje desejo
Nunca tenha sido destinado a mim
E que nunca terei verdadeiramente aquilo que procuro...
Antes que a linha da vida chegue ao fim
(Ewertton Nunes)