O instante seguinte é um acidente
Que às vezes nos arrasta ao primeiro descuido
Levando-nos para longe ou perto de nós mesmos
Por isso, entendi que vida é o momento presente
Futuro é sonho, distopia...
É virtualidade
É tempo e espaço não alcançado
Território não conquistado
É árvore que pode nunca florescer
Hoje eu ligo o pisca alerta
E deixo o trânsito das coisas
Atravessarem o meu corpo
Mas eu não me congestiono
Eu simplesmente abandono a infelicidade
É verdade, os pensamentos buzinam
Os palpites desbaratinam... Eu simplesmente tapo os ouvidos e escuto o coração
Nesse tráfego de desejos que correm nos pensamentos, nas veias...
Nesse tráfego de desejos que correm nos pensamentos, nas veias...
Resolvi que eu não quero correr
Eu quero parar e viver agora
Meu relógio só tem essa hora, esse minuto e segundo
E NO MEU TEMPO...E eu e minha Felicidade somos os primeiros
De mãos dadas também seremos os derradeiros
Eu entendi: o meu devir acontece na mobilidade interna
Eu entendi: o meu devir acontece na mobilidade interna
Nasce no "eu" paradoxal que decidi ser
O instante seguinte é um acidente
É um risco eminente
É um risco eminente
Que pode nos matar ou nos ensinar a (sobre)viver
(EWERTTON NUNES)
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