sábado, 6 de fevereiro de 2010

PERFUME

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Quando o vento traz a lembrança
Avassala a dor que um dia existiu
Reativa o som de um instante que suspenso foi significante
É a imagem revelando as fotografias que não expomos mais em porta-retratos
Pois a memória suporta tudo
Menos a idéia de que o fim pode chegar
Menos a idéia de que o vento pode mudar
Então vem o ar e traz o perfume
Avassalador costume do tempo
De mostrar que o passado existe para se lembrar

O cheiro do mundo vivido arrebatou-me o pensamento
Cada amor um aroma, que com humor, retoma o cheiro que a dor arrebata
Arrebata a dor cada fragrância que me toma
O arrebatador olor que me leva contigo é o tiro que me mata


Perfume de ciúme, de carência e decepção
O amor é tempo e costume
A vida é feita de momentos, de perfumes que adormecidos estão
O perfume ouve do vento a canção e dança suspenso sem destino
Um tempo depois é redescoberto e tudo a gente esquece...
Reencontra todo o amor com o mesmo desatino
A pele guarda a história, o acúmulo de todos os abraços..
A essência de todos os beijos...
O cheiro de todos os encontros deixados para trás

Perfume mede a dor de um instante vivido
É o equilíbrio entre o que se foi e o que restou
Mediador de conflitos e ressentimentos
A dor mede se foi valoroso o que para trás ficou

Perfume é costume, é desejo, felicidade
O beijo também é perfume de paixão e saudade
Há aromas que dão sentido a tristeza
Alguns perfumes são volúpia e frescor
Perfume é desengano, é medo que passou
A vida é feita de essências
Todo amor é perfume
Todo perfume é costume
Todo perfume é amor

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