
Papel, sou eu assim branco e vazio a esperar tua mãoTocando o silêncio dessa solidãoQue precisa de poesia para libertar...E o céu, é tão pequeno em sua imensidãoPara caber toda ausência que meu coraçãoNão passa um só dia sem desaguar...Eu sei, que tudo um dia vai desaparecerQue as coisas quando nascem tendem a morrerE apenas um poema pode eternizar...Eu vou voar com suas asas sem me fatigarSem nunca encontrar um ninho para descansarSou realidade branca para preencherNão vou temer nenhuma dor que me aparecerAquilo que é vazio vai me preencherDessas palavras que nunca vão me abandonar...Então, ponho asas nessa poesia que me escolheu.E sigo esse caminho que não é só meuQuem tem o verso como sina...